É você, 𝓜𝓪𝓻𝓲𝓪 𝓛𝓮𝓽í𝓬𝓲𝓪

Capítulo 163

Rei

Horas antes

Gusmão: Cês brigaram? - ele me olhou jogando a bolinha de papel que tava na mesa.

Rei: Não, eu só fiquei puto por pouca coisa e acabei sendo um babaca - ajeitei o boné - Agora não sei se ela tá puta comigo e se vai querer conversar - bufei.

Farpa: Acho que deve ir falar com ela, ficar de birra é um bagulho feião, moleque que faz essas parada - balancei a cabeça olhando pro chão.

Kj: Aí, eu vou vazar - chamou nossa atenção - Levar a Tina pra aula de fresco - levantou fazendo careta - Não sei como ela gosta de balé, tinha que fazer judô, caratê, capoeira..

Terra: Cara, ela é uma menina, tá ligado né? - rimos.

Kj: Tô, tô ligado - fez cara feia - Mas ela é toda bruta com uns barulhos, aí me vem querer fazer essas coisa delicada, alguém vai descer?

Farpa: Eu vou, tu vai ficar? - olhou pro Terra que tava no canto dele fumando.

Kj: Cadê meu radin?

Terra: Vou - levantou - Tá ali na gaveta, gala seca - bateu no ombro do Kj.

Fiquei olhando eles se xingarem e ri, o Gusmão mudou de lugar sentando no banco de couro e colocou as pernas na mesa do tio Denis. O Kj pegou o radinho dele e arma ajeitando na cintura, Terra se deitou no sofá todo largado e o Farpa levantou pra ir embora.

Os cara saíram e ficamos, eu, Gusmão e o Terra. Peguei meu caderninho pra fazer meus bagulho e uma caneta, fui corrigindo os cálculo errado do Moreira e ajeitando tudo pra fazer os pagamentos dos vapor.

Gusmão: Sabe se a Letícia vai pro aniversário da vó dela? - levantei a cabeça olhando pra ele e balancei os ombros.

Rei: Acho que vai, sei lá.

Gusmão: Melissa quer saber, vou falar que sim e tu faz ela ir - eu ri.

Rei: Me envolve não.

Gusmão: Já foi - coçou a nuca.

Terra: Falem baixo que quero dormir - resmungou de olhos fechados.

Eu ia responder com uma piada sem graça mas fui interrompido por gritos do lado de fora.

Sai com eles e tinha alguns do vapores correndo de um lado pro outro.

Terra: O que tá rolando?

Lb: O Samuel tacou fogo na casa dele, com a filha lá dentro - disse agoniada procurando a chave da moto nos bolsos - Moreira disse pra ir pra lá.

Cocei a cabeça e suspirei pegando minha chave e meu celular, corri até minha moto com o Terra que subiu junto e olhei o Gusmão já saindo na frente com o Pp na garupa.

Assim que cheguei já vi o fogo alto e os cara tentando arrombar a porta de aço, o que era quase impossível porque é daquelas que nem bala resolve.

Fui até o tio Denis correndo e parei passando a mão no rosto.

Rei: Eu vou pular lá dentro - falei olhando pro muro alto.