Capítulo 15 - A herança do ciúmes é a pizza

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Sam

Se algum dia alguém me dissesse que eu estaria a mais de uma hora num lugar cujas músicas que tocavam eram os pagodes de raça negra, belo e sorriso maroto eu diria que essa pessoa era maluca.

Sam Sarocha Anantrakul, acostumada a frequentar as badaladas noites de Milão, Roma, Barcelona e Paris de maneira alguma estaria num evento como esse, a não ser que toda lógica de sua vida fosse subvertida.

E não, não era como se eu estivesse totalmente longe dessa Sam, mas o fato era que enquanto eu não tivesse um plano melhor parecia uma boa alternativa me inserir naquela vida.

Pois até me fazia... bem? A companhia do xexelento era agradável. Ele tinha abraços quentinhos e sabia conversar, além de que seu cafuné era realmente terapêutico. Assim, eu o fazia de pequeno escravo e em troca o ajudava a roubar sorvete escondido depois do jantar. Tinha dias que fazíamos isso sem sua mãe saber.

E por falar em sua mãe eu já não a achava tão insuportável. Ainda era um problema? Era, mas era um problema de coxas grossas e uma bunda que parecia muito gostosa de apertar. E eu queria muito fazer aquilo.

Conforme o tempo passava e não podia era como se o desejo de fazer aumentasse cada vez mais e o pior era perceber que em alguma medida ele estava correspondendo.

A maneira como ela me olhava de volta era um indicativo fodido. Aquela menininha cheia de princípios, toda certinha e responsável parecia mesmo quase inclinada a ser selvagem em minha cama.

E com sinceridade? Não sei se poderia negar se ela viesse. Parecia muito prazeroso tentar domar aquela ferinha com a minha língua. Seria tão sutil que ela nem ia se opor por muito tempo, eu a tomaria nos braços, beijaria sua boca e quando menos esperasse a colocaria se quatro.

Nessa posição a chuparia de uma forma profunda, onde minha língua captaria da maciez do seu clítoris até dentro da sua boceta que eu garantiria que estaria molhada para mim. Depois disso entraria com meus dedos e meteria nela com ímpeto até que chegasse ao orgasmo.

- É o suficiente seus comilões? A Tee já começou a cantar e eu quero ser a próxima do karaokê - Falou e sem aguardar minha resposta ela se levantou para começar a cantar com a sua amiga.

Era uma música de Belo, um cantor que eu achava particularmente muito brega, mas que era o favorito da Mon, aparentemente.

- Coloca perfume Tee - Ela mandou e a amiga fez que não.

- Essa é muito ruim, Mon. Eu quero tua boca - A amiga insistiu por outra letra, mas eu tinha certeza que independentemente da escolhida as duas seriam terríveis.

Não me levem a mal, mas eu realmente não gostava daquele ritmo. Era como se não me transmitisse muita coisa. As letras eram meio piegas, sempre romantiquinhas e com uma batida muito lenta. Não sei qual era a função daquilo, mas imaginasse que fosse para dar sono. Sob hipótese alguma na minha vida eu gastaria dinheiro na minha vida ou deliberadamente escutaria aquele artista.

Não chegando a um consenso o karaokê teve fim antes do início. Era até melhor, porque somente a tentativa de alguns versinhos fizeram Mon passar muita vergonha. Por sorte ela era milionária, porque se dependesse do seu talento com a música ia morrer de fome. Melhor seria continuar dando comida na minha boca, em definitivo ela fazia isso muito bem...

***

Íamos as lojas todos os dias. Em primeiro, devido aos nossos atritos chegávamos em veículos separados, mas conforme o nosso convívio melhorou em toda manhã tomávamos nosso café e depois seguíamos para o trabalho.

Mon era sempre a mais esforçada. Queria estar em todas as reuniões, em todos os lançamentos e gostava de conversar ativamente com o time de vendedores. Se houvesse um problema ela estava lá.

A família que eu herdei (Versão Freenbecky)Where stories live. Discover now