Capítulo 09 - A única coisa que não se herda

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Sam

Para aquele dia tudo o que eu queria era acordar com Mon ao meu lado, beijar sua pele no primeiro horário da manhã e dentro dela ter meu primeiro café da manhã. O segundo poderiam ser pães e frutas.

Depois disso poderia tomar um sol na piscina com Giovanna, conversaríamos sobre Roma e eu diria que não via a hora de voltar para lá, muito embora não soubesse quando poderia.

Eu não queria voltar ao Brasil e muito menos ao Rio de Janeiro, mas de repente aquele calor desgraçado e aquelas pessoas que falavam onze palavrões a cada dez palavras pareciam fazer parte do lugar mais afável do mundo.

Era o costume ou era ela? Difícil dizer quando ela beijava minhas costas com tanto cuidado, subindo pela espinha até chegar a minha nuca, arrepiando toda minha estrutura com o poder incomparável que ela levava em seus lábios macios.

— Bom dia — Mon falou no meu ouvido e depois deu uma risadinha toda carinhosa, me virando para ela e subindo por cima do meu corpo para um abraço tão meigo que fiquei até sem jeito.

Não, estar nua não me deixava tímida. Ver Mon daquela maneira tampouco, mas que demonstrasse com tanta segurança que me tinha como algo a ser protegido no mundo me deixasse vermelha como poucas coisas na vida.

— Bom dia — Falei querendo sair e ela me segurou mantendo aquele momento delicioso a qual eu tinha dúvidas se merecia. Eu sabia do que era aquele abraço.

— Feliz aniversário — Ela disse me olhando nos olhos como se eu fosse um grande presente diante dos seus olhos, aquela velha história de que a aniversariante era eu, mas ela que estava ganhando algo muito bom.

— Obrigada — Eu falei e Mon me deu um selinho demorado cheio de carinho, fazendo menção de levantar, mas eu a segurei no mesmo lugar — Sem presente? Não era você que gostava? — Questionei usando seus argumentos a meu favor.

— E o que você quer de presente? — Ela questionou me abraçando com seus braços em volta do meu pescoço. Seu rosto estava amassado de sono, seus fios de cabelo totalmente bagunçados e ela não usava nenhuma maquiagem, mas era linda como o inferno diante dos meus olhos. A mais linda.

— Você. Cinco minutos. Aqui — Falei envolvendo sua cintura e olhando os olhos negros em um deleite que só se percebia igual em seu sorriso. Ela desfrutava tanto estar em meus braços quanto eu de estar nos dela.

— E para o que dá cinco minutos? — Ela disse e para não perder nenhum momento comecei a realizar meus itens da lista de um bom dia comum: Rolei nosso corpo na cama e com Mon por baixo a virei de bruços. Ela, por certo, rindo como uma desenganada da minha falta de tato, mas só até receber minha língua em sua boceta.

Separei seus lábios pequenos devagar e depois de uma breve carícia com a ponta dos dedos entrei em Mon com a ânsia de quem tomava sua bebida favorita no momento maus crítico de sua sede.

Sorvi da lubrificação que não demorou nem um pouco para se apresentar em minha boca, melando meus lábios e me fazendo espalhar pelo clítoris a qual passei a sugar com o devido fascínio.

Eu era alucinada pelo corpo de Mon e não havia uma única parte da minha boca que omitisse isso, portanto, passar de minha língua penetrando-a para meus lábios pressionando o conjunto de nervos e soltando dentro da boca era um movimento perfeitamente natural.

Bater contra sua bunda no processo também, afinal, quanto mais ela gemia mais eu tinha certeza de que deveria. Se ela era tão safada era porque apreciava aquilo tanto quanto eu. Sua bunda, sua boceta, ela por inteiro consentia e correspondia.

Conforme eu aumentava a frequência de seus tapas mais ela rebolava contra minha língua e me auxiliava naquele frenético movimento de subir, sugar, descer e penetrar a qual eu realizava com uma oscilação que, modéstia à parte, beirava a maestria.

A família que eu herdei (Versão Freenbecky)Where stories live. Discover now