Capítulo 41

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XL

No meio de tudo isso, não é culpa de ninguém

(Uncharted by Sara Bareilles)

~*~

1 de julho de 1979

O café da manhã no dia seguinte foi silencioso na casa dos Pettigrew. Com Peter ainda longe, resolvendo todo o fiasco em Hogsmeade, Hermione encontrou sua mãe preparando o café da manhã para os dois, tensa. Anya abraçou Hermione com força quando ela entrou, obviamente com medo do que acontecera ontem e aliviada ao mesmo tempo que sua filha estava bem.

— Estou bem, mãe, — ela assegurou, acariciando seus ricos cachos castanhos dourados com um pequeno sorriso. — E você? — Ela se afastou levemente para olhar para sua mãe, olhos azuis vagando ao redor em busca de ferimentos que Madame Pomfrey pode ter perdido ontem.

— Estou bem, querida, — Anya repetiu. Hermione notou que havia lágrimas se formando nos olhos de sua mãe enquanto a bruxa mais velha colocava um cacho atrás da orelha. — Que maneira horrível de se formar, — ela disse, direcionando Hermione para uma das cadeiras para sentá-la. — Meu coração está com aquela pobre, pobre família.

Seu sorriso caiu quando ela olhou para a nova edição do Profeta Diário. Salpicada na primeira página estava a imagem da Marca Negra pairando ameaçadoramente sobre Hogsmeade. Explosões de lojas próximas e a chuva de destroços decoraram a pitoresca cidadezinha. Foi desconcertante de ver porque Hogsmeade ficava fora dos terrenos de Hogwarts, um lugar supostamente seguro para todos. Hermione ainda não tinha lido o artigo inteiro, mas ela foi capaz de reconhecer a consternação, desconfiança e decepção de pais aterrorizados, perguntando como, em nome de Merlin, os Comensais da Morte foram capazes de se infiltrar em Hogsmeade. Havia uma pequena foto de Dumbledore ao lado da foto, piscando solenemente para a câmera, seus lábios tensos com a gravidade.

Felizmente, o Profeta Diário não mostrou a morte de Elias Somerhalder, o grifinório do sétimo ano que foi a única pessoa que morreu durante o ataque a Hogsmeade. A memória dos gritos angustiados de sua mãe ecoou nos ouvidos de Hermione e ela foi incapaz de suprimir um arrepio de horror.

Seus olhos lacrimejaram quando ela olhou para a Marca Negra mais uma vez, aparentemente zombando dela no auge da Primeira Guerra Bruxa.

— Ninguém deveria morrer, — ela sussurrou, seus dedos roçando a Marca Negra, antes de fechar as mãos em um punho apertado. — Ninguém vai morrer mais.

Anya estendeu a mão para desenhar círculos suaves nos nós dos dedos até que Hermione desenrolou o punho.

— Obrigada, mãe, — ela murmurou, extraindo o máximo de conforto que podia da mulher que não fazia nada além de amá-la.

— Nada disso agora, — Anya decidiu, agarrando o jornal e escondendo-o de vista. — Devemos tomar o café da manhã!

Hermione sorriu levemente e se levantou do banquinho em que estava sentada, apenas para correr para o outro lado para que pudesse se sentar ao lado de Anya.

— Peter ainda não disse se ele vai voltar para casa esta noite? — Anya perguntou, já colocando ovos mexidos, tiras de bacon e pão no prato de Hermione.

Ela balançou a cabeça tristemente.

— Eu não tenho notícias dele desde que ele saiu para seus deveres de auror ontem, — ela respondeu. Quando Anya franziu a testa de preocupação, Hermione deu um tapinha em sua mão de modo tranquilizador. — Tenho certeza que ele vai ficar bem, mãe. Peter sempre volta para casa.

Hero of The Story - TraduçãoWhere stories live. Discover now