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Narração por Luna. 

Eu me abri com o Gael como jamais havia me aberto com qualquer pessoa que já tenha se aproximado de mim. Nem o Lipe e nem a Maia. Me senti segura em contar isso para ele, mesmo o conhecendo tão pouquinho. Ficamos conversando madrugada a dentro, tiramos uma foto e postamos. Ficou mega linda. 

No dia seguinte levantei tarde. Eu e o Gael fomos dormir já eram quase 6 horas da manhã. Meu pai e a Déia foram para a praia sozinhos. Já eram 14 horas quando eu resolvi descer pra comer alguma coisa. O Gael estava jogado no sofá da sala vendo TV. 

—Boa tarde coisa feia. –Falei e dei um beijo na testa dele. 
—Boa cu. Estou com fome. 
—E por que não foi comer? –Perguntei. 
—Porque eu fiquei com vergonha. 
—Oxe, então por que não foi a rua? 
—Preguiça. –Ele riu. 
—Vai cagar ein Gael. –Rolei os olhos e fui pra cozinha. 
Preparei um almoço rápido e simples pra mim e pra ele. Almoçamos juntos na sala e depois ele lavou a louça. 
Mais tarde meu pai chegou com a Déia, eu e o Gael estávamos jogados no chão da sala com o ventilador na nossa cara. 
—Levanta pra cuspir vocês dois. –A Déia disse rindo. 
—Que preguiça infinita. –Meu pai falou. 
—Estou cansada. –Falei e ri. 
—Cansada de que? Ficou deitada o dia todo. –O Gael falou e riu. 
—Também né, ficaram fazendo bagunça na sala até tarde. –A Déia disse. 
—Então, vamos sair todos pra jantar? –Meu pai convidou. 
—Oba, vamos! –Falei me animando já. 
—Só pensa em comer, eu hein. –O Gael implicou comigo. 
—Não enche. –Fiz bico. 
Meu pai e a Déia foram para o segundo andar. Ainda estava cedo para gente ir ao restaurante, então fiquei na sala enrolando com o Gael. 
—Depois que a gente jantar vamos sair. –Ele disse.
—Sair pra onde? –Perguntei. 
—Qualquer lugar, mas não vamos ficar de vela para o seu pai e a minha mãe a noite toda. 
—Se hoje você ficar olhando pra rabo de piranha eu vou arrancar seus olhos. 
—Que ciumenta. –Ele rolou pra cima de mim me sufocando. 
—Sai de cima de mim! Você é pesado. –Tentei empurrá-lo, mas ele ficou me prendendo e rindo. 
—Só solto se você me chamar de gostoso. –Ele disse rindo. 
—Jamais vou falar isso. –Rolei os olhos e tentei escapar dele. 
—Anda logo Lunazita delícia. –Ele mordeu meu braço de leve. 
—Ai seu ogro, cai fora. –Ele estava pressionando mais meu corpo-. Gostoso, maravilhoso, tesudo. Agora sai de cima de mim. –Ele gargalhou alto. 
—Agora fala com uma voz bem manhosa “spank me, daddy”. 
—Isso já é abuso, Gael! Sai agora de cima de mim. –Ele riu e saiu de cima de mim. 
—Poxa queria saber como é sua voz de manha. –Ele fez cara de triste. 
—Vai cagar. –Virei de lado pra ver TV. 
Mas como ele é chato e não me deixa quieta, me agarrou por trás e ficou dando mordidas em mim. 
—Está carente é? Saudades das suas piranhas? –Falei. 
—Carente eu estou mesmo, mas não tem como sentir saudade de alguém que eu mal sei o nome. –Ele falou perto do meu ouvido. Essa voz grossa dele deve ser uma delícia sussurrando no pé do ouvido na hora do sexo. Que isso Luna? Que pensamento é esse sua safada? 
—Pois fique sabendo que eu não sou capaz de suprir sua carência. 

Ele ficou quietinho depois disso e ficamos assistindo TV juntos, com ele ainda me abraçando.
Umas 19:30 eu subi para o meu quarto, abri minha mala e deixei minha roupa separada. Fui ao banheiro, tomei um banho de 15 minutos, sequei-me, coloquei minhas peças íntimas, escovei os dentes, passei hidratante e desodorante. Sai do banheiro, coloquei minha roupa, fiz uma make simples e bonita pra noite, deixei meu cabelo solto e ao natural, apenas o ajeitei com o pente. Terminei de me arrumar já eram 20:10 e bateram na porta. 
 
—Entra! –Disse e a Déia entrou. 
—Minha linda, vamos? –Ela chamou. 
—Claro. A roupa está boa? –Parei em pé na frente dela. 
—Está linda como sempre. –Ela sorriu. 
—Você também está muito linda. –Sorri pra ela. A Déia é realmente uma mulher linda. 
—Ok, então vamos. –Peguei minha bolsa e desci com a Déia. 

Meu pai e o Gael já nos esperava na rua. Entramos no carro e fomos para o restaurante que ficava uns 10 minutos da nossa casa. 

Chegamos ao restaurante, fomos recepcionados pelo gerente do local e ele nos levou a uma mesa. Eu e o Gael ficamos de frente para a Déia e o meu pai. 
O jantar correu super tranquilo, conversamos, rimos e eles beberam, enquanto eu fiquei no suco. 

—Vou pedir a conta. –Meu pai disse e o Gael me cutucou. Lembrei que iríamos sair. 
—Pede você. –Cochichei pra ele e o cutuquei. 
—Você. –Ele cochichou de volta e me deu um chute debaixo da mesa. O olhei feio e a Déia nos olhou rindo. 
—Pai, então eu e o Gael ficamos de dar uma saída... –Comecei a falar meio sem graça. 
—Pra onde vocês vão? –Meu pai perguntou nos olhando intrigado. 
—Só dar uma volta pela cidade, não tem nada pra fazer. –Falei. 
—Ah deixa as crianças se divertirem, João. –A Déia suavizou pra gente e piscou pra mim. Dei uma risada. 
—Ok, vamos, Luna. Antes que eles mudem de ideia. –O Gael disse e saímos da mesa. Passei pra dar um beijo no meu pai e na Déia.
—Vou deixar a chave da porta dos fundos dentro do vaso de planta perto do portão. –Meu pai disse. 
—Ok, valeu. –Eu e o Gael saímos do restaurante quase correndo. Não entendi a nossa empolgação já que só iriamos andar pela cidade mesmo. 
—Beleza, bora. –Ele me pegou pelo braço, atravessamos a rua e fomos andar pelo calçadão. A noite estava estrelada, as ruas estavam cheias e estava um clima muito bom. 
—A cara do meu pai era de que a gente iria aprontar. –Falei rindo. 
—Eu sempre estou aprontando. –Ele riu. 
—Verdade, você só apronta. E ainda me leva para o mal caminho. 
—Eu cuidei direitinho de você. –Ele fez uma voz de pena e eu dei um soquinho em seu braço. 
—Para de ser dramático eu hein. 
—Eu sou dramático? Vou te mostrar o dramático. –Ele me pegou no colo e saiu correndo comigo pela rua feito um doido. 
—PARA GUSTAVOOOO! –Nada fazia esse doido de pedra parar. Meu coração batia acelerado, fechei os olhos e só dava socos pra fazer esse ogro parar. –Ele chegou à praia e caiu comigo na areia-. Seu demente. –Dei socos nele e ele dava altas gargalhadas. 
—Você fica brava muito fácil. –Ele falou ofegante. 
—É porque você é doido. –Levantei e limpei areia, ele ficou me olhando deitado na areia. 
—Vai aonde? –Ele perguntou. 
—Vamos sentar mais pra frente. 
—Ok. –Ele se levantou e fomos sentar mais próximos do mar, um pouco mais acima de onde a onda não batia. Ele sentou do meu lado e a Lua estava tão linda que chega dava inveja. 
—Luna. –Ele me chamou. 
—Diz. –Olhei pra ele sorrindo. 
—Quer saber da minha família? 
—Quero. –Me virei um pouco pra ele e esperei ele começar a falar. 
Eu não queria que fosse nada forçado, mas eu queria muito saber da família dele.

"De todos os cupins, baratas, pernilongos, gafanhotos, pulgas, abelhas, moscas, ratos, formigas.. Você foi a praga mais legal que eu já conheci 😏💕 " — Com Gustavo Garcia

👍❤😁 Felipe Mitchell, Vitor Lopes, Maia Brum e outras 321 pessoas curtiram isso.

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