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Narração por Luna. 

Eu estava nervosa sobre ter ficado com o Gael. Mais que tudo queria um conselho, uma luz que viesse do Lipe. Não sei se eu estou iludida, me apeguei a presença do Gael, mas não me pareceu apenas um beijo. Eu passei a semana tentando evitar todo tipo de clima que rolava entre nós dois, cada momento que ficávamos sozinhos ou até mesmo durante o jantar ou almoço que nós pegávamos com os olhares fixos um no outro.
 
—Luna, só deixa rolar! –O Lipe disse e tomou uma colher do seu açaí-. Se vocês ficarem outras vezes bem, se não ficarem bem também. A Maia não tem que decidi com quem você fica ou com quem o Gael fica. É claro que ele vai ficar divido perto disso, o Gael é doido, nunca dá pra saber o que ele quer ou o que se passa na mente dele. 
—Agora chega do assunto Gael. Vamos focar em outra coisa. 
—Ok! –Ele riu e começou a me contar da semana dele, das saídas, das garotas que ficou e das merdas que fez. 

A tarde com o Lipe foi maravilhosa. Depois de tomar açaí fomos ao cinema e pegamos uma sessão. 
Umas 19 horas fomos pra minha casa e quando entramos a Déia estava com meu pai na sala assistindo TV. 

—Olá! Chegamos. –Falei entrando e joguei minha bolsa no sofá. 
—E ai tio. –O Lipe apertou a mão do meu pai-. Oi tia Andréia. –Ele deu um beijo no rosto da Déia. 
—Oi Lipe. –Meu pai sorriu. 
—Oi meu anjo, está sumido. –Ela falou. 
—Um pouco. –Ele sorriu. 
—Vocês saíram? –Meu pai perguntou. 
—É, fomos dar uma volta no shopping. –Respondi. 
—Não vive sem mim. –O Felipe me zoou. 
—Para de ser idiota. –Rolei os olhos e fui para o meu quarto. O Lipe veio atrás de mim. 
Assim que entramos, joguei minha bolsa em cima da cama e sentei na mesma.
—Ei, você quer ir a uma festa no rancho mais tarde? –Ele perguntou. 
—Ah não, Lipe. Essas festas não fazem meu estilo. –Respondi. 
—Ah para, Luna. Estamos de férias, pelo menos uma festa. Logo vamos ter que trabalhar duro e não vamos ter tempo mais pra nada. E você vai se arrepender. 
—Sei que não vou me arrepender. –Falei decidida. 
—Então ta, eu vou embora porque tenho que me arrumar. –Ele disse. 
—Tudo bem, vou te levar na porta. 
Saímos do meu quarto, descemos às escadas. 
—Já vai? –Meu pai perguntou. 
—Já sim, vou sair. Pena que a Luna não quer ir também. –O Lipe fez um drama básico e eu rolei os olhos. 
—Ah Luna vai sim, uma festa sempre faz bem. –A Déia disse sorrindo. 
—Vai filha, sair um pouco. –Meu pai insistiu. 
—Ah eu não gosto. –Dei de ombros. 
—Você vai se divertir e não precisa voltar tão tarde. Eu te trago em casa. –O Lipe falou. 
—Vai Luna, larga de ser boba, sair um pouco não faz mal. –A Déia falou. Eles insistiram tanto que eu acabei cedendo. 
—Está bom! Eu vou! –Falei por fim. 
—Vai ser muito bom. –O Lipe pulou em cima de mim. 
—Ih sai Lipe. –Ri. 
—Venho te buscar às 21 horas. –Ele disse. 
—Ok. –O levei até o portão, ele subiu em sua moto e foi embora. 

Entrei em casa e fui para o meu quarto. Já que eu tinha que escolher uma roupa pra poder ir à essa festa. Ouvi batidas na porta. 

—Luna. –Meu pai chamou 
—Oi pai, entra. –Respondi. Meu pai entrou e ele tinha dinhero nas mãos. 
—Toma aqui pra você poder sair. –Ele me deu duzentos reais.
—Pra quê isso tudo? Eu só vou em uma festinha. –Falei. 
—Pra alguma emergência e você passa a semana. 
—Tudo bem né. –Peguei o dinheiro, dei um beijo no seu rosto-. Obrigado. 
—Eu vou sair com a Andréia ok? Provavelmente irei dormir na casa dela. 
—Tudo bem. Se divirta. –Sorri. 
—Você também. –Ele saiu do meu quarto. Coloquei o dinheiro em cima da cômoda. 

Fiquei um tempo escolhendo minha roupa, fiz um pouco de hora mexendo no celular e fui tomar banho. 
Depois do banho, passei desodorante, hidratante, escovei os dentes, coloquei minhas peças íntimas e sai do banheiro. Coloquei a minha roupa, fiz uma make simples, passei chapinha no meu cabelo, coloquei uns acessórios e passei perfume. 

Mandei mensagem para o Lipe e em 10 minutos chegou a minha casa. Peguei meu cel, o dinheiro e sai de casa. 

—Ui que linda. –Ele falou ao me ver. Fui até e dei um beijo na sua bochecha. 
—Obrigado, você está gato também. –Sorri. 
—Sobe ai. –Ele disse e ligou a moto. 
—De saia? –Ri. 
—E o que tem? Anda. Só tomar cuidado pra não aparecer a calcinha na hora de descer. 
—E se eu estiver sem? –Brinquei e ele me olhou rindo incrédulo. 
—Oi? Cadê a Luna? Não acredito nisso, ai meu Deus. –Rimos juntos e eu subi na moto. 
—Para de ser bobo. –Ele deu partida na moto e eu segurei na sua cintura.
 
Ainda bem que coloquei a jaqueta, porque se não iria morrer de frio. Ele pegou pista pra poder chegar ao rancho. 
Ao chegar, já estava cheio de carro, pessoas andando pra lá e pra cá, motos, mais gente chegando. Uma loucura total e tocando música eletrônica.

Lipe: Seja bem-vinda à putaria. –Ele riu me agarrando por trás. Paramos um pouco antes do portão que entrava para a festa. Ali estava improvisado um estacionamento, já que a área era grande. Quero ver os desastres que vão acontecer com esse povo saindo bêbado de carro daqui. 
Luna: Eu vou ficar bem na minha. –Ri-. Não vamos entrar? –Olhei pra trás e vi que ele mexia no celular. 
Lipe: Deixa eu saber se o pessoal já chegou ou ainda vai chegar. 
Luna: Pessoal quem? 
Lipe: Seu namorado, o Bruno, a Íris e a Maia. 
Luna: O Gael não é meu namorado. –Rolei os olhos e parei de frente para ele. 
Lipe: E quem está falando de Gael? –Ele riu e olhou pra mim-. Você que vestiu a carapuça. –Olhei com cara de cu pra ele. 
Luna: Idiota. 
Lipe: Fica bravinha não. 
Luna: Não quero saber. –Fiz bico e ele apertou. 
Lipe: Ai eles chegaram. –O Lipe olhou pra trás e eu olhei o carro do Gael entrar. Eu estava nervosa. Não nos falamos desde que nos beijamos, na verdade ele nem mandou a mensagem que disse que mandaria.

Mas só de saber que a Maia veio junto, já fiquei apreensiva, porque poderia rolar um estresse básico ou não. Eles foram estacionar o carro e eu fiquei conversando com o Lipe. Não demorou muito os meninos e as meninas vieram até a gente. Essa Íris eu conhecia apenas de vista, na verdade fiquei sabendo do nome dela agora. 

O Gael me olhou surpreso, mas tentou disfarçar, mas aquele sorriso dele não deu pra disfarçar nada. E eu não consegui deixar de sorrir pra ele também, eu estava morrendo de vergonha. 

Xxx: E ai chegamos. –Disse um menino. 
Maia: Oi. –Ela trocou dois beijinhos com o Lipe e veio me abraçar-. Saudades princesa. 
Luna: Saudades.

MIL RAZÕES (F!)Where stories live. Discover now