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Narração por Gael. 

Era o fim do tempo ter esse Hugo sentando na mesa com a gente. Só não falei nada porque não queria causar nenhum tipo de briga, mas eu notei que a Luna não gostou nada, mas estava disfarçando. Eu não sei disfarçar minha cara de cu. Pedimos uma primeira rodada de chopp junto com alguns petiscos, enquanto a Luna ficou apenas no suco de acerola. O Hugo logo se enturmou com o pessoal ali. O Caio até ficou mais felizinho depois que esse Hugo apareceu. Ninguém merece viu. 

Lipe: Disfarça essa cara mano. –Ele cochichou no meu ouvido, ele estava sentado de um lado e a Luna do meu outro. 
Gael: Não sou obrigado a nada. –Respondi e dei um gole no meu chopp. 
Hugo: Sua irmã mudou ein cara. Está bonita. –Ele cutucou o Caio falando e os dois riram. 
Caio: Mudou mesmo. – Ele analisou a Luna que deu um gole no seu suco e fingiu nem que o comentário fosse com ela. 
Gael: Aham, muito bonita mesmo. –Passei meu braço em volta do ombro da Luna. O Hugo me deu uma olhada desafiadora disfarçada e voltou a atenção para o Caio. Papo vai papo vai, as horas estavam passando, até que estava curtindo o ambiente.

Resolvi ignorar a presença desse Hugo, se não iria voar no pescoço dele. Toda hora ele jogava uma piadinha pra Luna ou ficava a olhando. Eu já estava fechando minha mão de raiva, mas o Lipe toda hora segurava na minha mão e me fazia abri-la. 

Ainda bem que por volta das meia-noite resolvemos voltar pra casa, já que amanhã teríamos faculdade, o Caio e o Hugo teriam que trabalhar. Deixei a Luna e o Caio em casa, o Bruno levou a Íris e o Lipe. 

Caio: Valeu ai cunhado. 
Gael: Valeu. Boa noite -Ri, ele bateu no meu ombro e saiu do carro. 
Luna: Acho que agora ele já está gostando mais de você. 
Gael: Assim espero né. Na boa, agora deixa eu te falar, se não fosse seu irmão ali eu iria voar naquele Hugo, sério mesmo.
Luna: Se você socasse ele ali mesmo eu não iria ligar, garoto idiota. –Ela rolou os olhos. 
Gael: Sério mesmo Luna, se esse moleque te jogar mais uma piada eu vou arrebentar ele, papo reto. Não vou respeitar nem que ele é amigo do seu irmão. 
Luna: Eu já estava querendo ir embora, só não te chamei pra me trazer em casa pra não ficar climão. 
Gael: Agora vem cá me dá meu beijo. –Ri e a puxei para um beijo bem gostoso. Segurei na sua coxa e a apertei enquanto a beijava. Coloquei a outra mão na nuca dela e intensifiquei o beijo. A Luna colocou a mão por dentro da minha camisa e arranhou minha barriga. 
Luna: Queria ir pra sua casa. –Ela falou entre o beijo. 
Gael: Também queria que fosse. –Mordi seus lábios. Já estava ficando bastante empolgado com aquele beijo, quando ouvi batidas na janela. Parei o beijo e vi que era o meu sogro. 
Luna: Meu pai, tchau amor. –Ela me deu um selinho e saiu do carro. Sai logo em seguida. 
João: Amanhã você tem aula mocinha. 
Luna: Claro pai. –A Luna sorriu sem graça e beijou a bochecha do pai dela. 
João: Boa noite, Gael. 
Gael: Boa noite. –Sorri. A Luna me mandou um beijinho e antes de entrar com seu pai sorriu safada. Essa morena é doidinha. Entrei no meu carro e fui para a minha casa dirigindo bem rápido. Depois de já de banho tomado e deitado na cama, enviei mensagem para a minha gordelícia. Ficamos conversando por um bom tempo, até ela pegar no sono. 

No dia seguinte, acordei com o meu cel tocando no despertador. Levantei da cama, ouvi que o chuveiro estava ligado, então fiquei enrolando um pouco mais na cama. Depois levantei, separei minha roupa, peguei uma cueca e a minha toalha. Fui para o banheiro, tomei um banho, fiz minhas higienes matinais, coloquei minha cueca, coloquei a toalha pra secar na área de serviço e fui para o meu quarto. Coloquei a roupa pra ir faculdade, arrumei minha mochila, passei perfume, coloquei meu boné e relógio. Sai do meu quarto e encontrei com o Felipe calçando seu tênis na sala. 

Gael: E ai mano. 
Lipe: E ai viado! –Ele riu- Porra e ontem? Pensei que ia presenciar um UFC lá.
Gael: Porra nem fala, se não é você lá mano teria quebrado a cara daquele filho da puta. 
Bruno: E ai minhas putas, o gostoso acordou. –Ele ainda estava de cueca, só tinha tomado banho e se jogou no sofá. 
Lipe: Procurando o gostoso. 
Bruno: Chupa minha pica otário. 
Gael: Nossa mano. –Rolei os olhos. 
Bruno: Caralho mano, estão falando do Hugo? Porra só o Caio não percebeu daquele cara dando em cima da Luna? Na moral se eu fosse tu Gael já chegava arrebentando o moleque. 
Gael: Vontade não faltou. –Ri e me joguei no sofá pra esperar a lerdeza do Felipe-. Ele é ex da Luna. 
Bruno: Caralho sério? Pra mim você era o primeiro namorado dela. 
Gael: Quem dera né mano! –Ri. 

Logo o Bruno saiu da sala e foi se arrumar. Eu e o Lipe esperamos ele, então fomos pra faculdade. Paramos no caminho pra tomar café da manhã e então seguimos caminho. 

O Bruno já foi logo para a aula, o Lipe também foi e eu fui pra minha. 
Falei com alguns parceiros, eles até me chamaram pra dar uma saída e depois ir pra aula. Mas eu sabia que isso não era pra mim, não pela Luna, mas pela minha mãe que sempre fez de tudo para me dar o melhor e eu estava jogando tudo fora por bobeira minha. 

Fui pra aula, dei uma estudada, mas sou difícil de prestar atenção na aula. Toda hora também parava um pra me chamar na conversa, ai fica difícil. 

A semana seguiu bem corrida, na verdade, esse período os professores chegaram tacando fogo em tudo e foda-se. Essa semana mal vi a cara da Maia, tentei nem me aproximar dela e deixá-la bem quietinha no canto dela. 
Sexta-feira, eu fui para o cinema com a Luna de noite. Sábado, então meu sogro resolveu fazer um churrasco lá de noite. Ele mandou eu levar, o Bruno e o Lipe, a Luna acabou chamando até a Íris.

Me arrumei, os meninos já estavam prontos, passamos pra pegar a Íris e fomos pra casa da Luna. Ao chegarmos haviam dois carros parados na porta, um da minha mãe e outro que eu nunca nem havia visto. Fui e toquei a campanhia. 

Íris: Aquele menino que estava lá no pub está ai. 
Bruno: O Hugo? Como você sabe? 
Íris: É o carro dele ué, eu o vi entrando nele no dia do Pub. 
Gael: Meu ovo. –Rolei os olhos e o João veio atender o portão. 
João: Entrem ai, pessoal está lá dentro. –Ele sorriu, cumprimentou geral e fomos para o deck. 
Sara: Titios! –Ela saiu correndo na minha direção e dos meninos. Ela deu vários beijos em nós três. 
Gael: Olha só! Só eu sou seu tio. –Fiz drama. 
Sara: Te amo mais. –Ela riu e me deu mais beijos. Levei meu olhar até o restante do povo no deck já com a Sarinha no meu colo. Falei com o pessoal, mas o Hugo e nem a Luna estavam ali. 
Gael: Sogrão! –O chamei rindo, o João que estava na churrasqueira me olhou rindo. 
João: Fala moleque. 
Gael: Cadê a Luna? 
João: Lá dentro na sala. Depois pega cerveja lá para você e seus amigos. 
Gael: Valeu, pego sim. –Coloquei a Sarinha no chão e entrei na casa. Não vi a Luna pelo menos ali na área da sala, então fui pra cozinha, peguei as cervejas, os copos e levei para o deck. Tentei nem pensar na questão ciúmes, já que o Caio também não estava por ali. 
Lipe: Cadê a Luna mano? 
Gael: Isso que eu quero saber. –Dei de ombros, abri a cerveja e distribui para os três. Coloquei no meu copo e comecei a beber. 
Mirella: Oi gente. –Ela apareceu sorrindo e foi até o Lipe, deu um beijo no rosto dele. 

Não era que eu não aprovava o relacionamento dos dois, mas a Mirella sempre se joga tão rápido nos relacionamentos. Acabou de sair de um casamento e já está de rolinho com o Lipe. Confio nele, mas nela não. Uma pessoa que não consegue ficar sozinha, sempre sofre nos relacionamentos, chego até desconfiar se ela realmente já gostou de alguém. 

Mas estava preocupado mesmo era com a Luna. Ela poderia está se arrumando ou fazendo qualquer coisa, mas não confiava ficar no mesmo ambiente com o Hugo por perto.

MIL RAZÕES (F!)Where stories live. Discover now