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Narração por Luna. 

A festa estava maravilhosa e eu sentia que o Gael não tirava os olhos de mim. Eu dançava junto com as meninas e eu queria mesmo era provocar o Gael, fazer ele me desejar, o instigá-lo pra chegar até a mim. 

A Maia queria falar comigo, mas enrolou pra caramba. Porque toda hora passava um conhecido dela e ela ficava conversando. Até dá uma puxada em beck ela deu. E então me arrastou para fora do tumulto, perto da varanda da casa que havia no rancho. Encostei na parede e ela se aproximou de mim. 

Luna: Diz. 
Maia: Você está muito linda essa noite –Ela falou no meu ouvido e colocou suas mãos na minha cintura. Já senti o perigo nisso. 
Luna: Obrigado, você também. –Respondi. 
Maia: Me dá uma chance essa noite? –Ela parou o rosto próximo do meu e nos olhamos. Eu fiquei sem reação, já que ela me pressionou na parede. Ela me deu alguns selinhos e então a afastei de mim. 
Luna: Maia, desculpa, mas não é isso que eu quero. Somos só amigas ok? –Disse nervosa e sai andando. 

Estava meio perdida, como iria achar o povo nessa muvuca? Sai andando, olhando para todos os lados e no meio daquela confusão toda eu consegui enxergar a cabeça do Lipe. Sai andando rápido até ele. Puxei o cós de sua calça, já que ele estava sem camisa. 

Luna: Lipe vem cá. –Ele olhou pra trás. 
Lipe: Caralho, to um tempão já te procurando. Bruno! –Ele gritou e o Bruno veio até a gente. 
Luna: Estava com a Maia. 
Bruno: E cadê ela? 
Luna: Ficou lá pra trás. –Dei de ombros. 
Lipe: Depois você me conta, mas vamos lá que eu tenho uma treta pra você. 
Luna: Que treta? 
Bruno: Coisa boa, Luna.
Luna: É merda, certeza. 
Lipe: É o que você quer. –Ele me olhou e eu fiquei sem graça na hora sabendo que se tratava do Gael. 

Eles me levaram com muito sacrifício para fora do rancho. O Bruno puxou o caminho entre os carros. O Gael estava encostado em seu carro e de costas pra gente. 

Bruno: Vai lá. –Ele falou no meu ouvido. 
Luna: Tchau meninos. –Falei baixinho pra eles e eles foram. 
Cheguei de fininho até o Gael e dei um beijo em sua bochecha. 
Gael: Ai que susto. –Ele riu ao me ver. Ele bloqueou a tela do seu cel e guardou no bolso. 
Luna: Fiquei sabendo que o senhor solicitou a minha presença aqui. Estou atrasada? 
Gael: Muito atrasada. –Ele me pegou firme pela cintura e eu fiquei sem reação. 
Luna: E não vai brigar comigo né? 
Gael: Eu deveria, mas eu quero outra coisa. –Sua boca se aproximou da minha, coloquei as mãos no seu rosto e nos beijamos intensamente.

Foi ainda melhor do que o beijo que demos no meu portão, tirando o fato que agora ele está com gosto de bebida na boca, mas e daí? 
Ele apertava minha cintura contra o seu corpo, deixando-me completamente entregue às mãos dele. Sua língua explorava minha boca, enquanto nossos lábios se tocavam avidamente. Ele desceu uma das mãos até a minha bunda e a apertou com vontade. Soltei um suspiro entre o beijo e ele sorriu. 
Meu celular começou a tocar, deve ser meu pai com certeza. Parei o beijo. 

Gael: Que foi? 
Luna: Deve ser meu pai me ligando. –Falei e tirei meu cel do bolso, vi que era a Maia. 
Gael: A atende. 
Luna: Melhor não, ela meio que tentou ficar comigo. 
Gael: Atende. –Ele falou com uma cara nada boa e eu atendi. 
O Gael soltou minha cintura e eu me afastei um pouco dele.
Início da Ligação 
Luna: Oi Maia. –Falei alto, estava um som horrivel. 
Maia: Aonde você está, Luna? 
Luna: Na festa ué. 
Maia: Em que canto? E com quem? 
Luna: Maia, menos né? 
Maia: Menos nada! Você saiu feito uma doida. Eu não sou bicho não. 
Luna: Eu sei que não é, mas eu estou a fim de ficar sozinha agora. 
Maia: Sozinha em uma festa? Eu não sou otária! Você está com o Gael não é? 
Luna: Gael? Eu sei lá de Gael. 
Maia: Eu estou perto da casa, vem pra cá. 
Luna: Vou ver. 
Fim da Ligação 

Luna: Cara que saco! –Bufei e rolei os olhos. 
Gael: Ela está bêbada, ignora. 
Luna: Não me interessa. Se ela não sabe beber fica igual a mim, sóbria! 
Gael: Calma estressadinha. –Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. 
Luna: Nem vem, Gael. Estou bolada agora. 
Gael: Desbola então. –Ele me pegou pela cintura e trocamos alguns selinhos antes de iniciar mais um beijo.

A cada investida que ele dava no beijo me deixava sem fôlego e com vontade de ter mais do Gael. Ele me virou e me colocou sentada em cima do capô do carro. Paramos o beijo, mas os nossos lábios ainda estavam próximos. Nossas testas estava coladas e então ele sorriu. 

Gael: Cadê o meu sorriso lindo? –Eu não pude deixar de sorrir e fiquei mega tímida-. Adoro seu sorriso.
Luna: Mesmo? 
Gael: Mesmo. –Trocamos alguns selinhos. 
Luna: Acho melhor voltarmos para a festa. Antes que a doida da Maia desconfie, não quero que vocês briguem. 
Gael: É, vamos. –Ele me pegou no colo e me colocou no chão-. Saia curta ein. 
Luna: Está reparando demais. –Sai andando e ele veio atrás de mim. 
Entramos na festa novamente e fomos juntos procurar pelo pessoal. 
Luna: Eu tenho que ir pra perto da casa, a Maia disse que estava lá. 
Gael: Você vai pra lá pra poder brigar. 
Luna: Não né, mas vou tentar acalmar a fera. 
Gael: Agora é impossível, deixa isso quieto por agora enquanto ela ta chapada. 
O Bruno apareceu com o Lipe e eles se juntaram. 
Lipe: Que rápido vocês dois. –Minha cara foi no chão. 
Bruno: Esperava pelo menos 1 hora. 
Gael: Enfiem a língua no cu. -O Gael pegou na minha cintura de lado. 
Lipe: Estamos indo pra onde? 
Gael: Maia. 
Bruno: E você vai junto com ela? Com essa sua cara de suspeito que vocês dois têm? 
Luna: É a única cara que eu tenho. 
Lipe: Cadê seu batom bebê? 
Luna: Está em casa. –Ri. 
Gael: Quer saber? Eu vou pegar mais cerveja, foda-se Maia e o choramingo da noite dela. 
Bruno: Foda-se mesmo, deixa ela pra lá. 

Entrei na onda dos meninos e nos jogamos na festa. Começamos a dançar e eles bebiam. Dancei junto com o Gael, ele pegava na minha cintura por trás e roçava em mim. Era uma maravilha e eu estava amando isso. E eu achando que ficar em casa procurando série na NETFLIX seria melhor. 

Mas como tudo que é gostoso, uma hora acaba. A Maia apareceu bem no momento que eu dançava funk junto com o Gael. O Lipe havia saido com uma menina há um tempinho atrás. 
O Bruno parou até de beber quando a Maia chegou.

~

Alguém dá um chá de vamo parar
pra Maia 😂

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