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Narração por Gael. 

Eu não acreditei no momento que cheguei no rancho e vi a Luna. Eu não havia falado com ela, mas também ela saiu com o Lipe, então nem vi vantagem em chamá-la pra conversar se não fosse me dar atenção no momento. 

A Maia já foi logo abraçando ela, mas aquele sorriso que ela deu quando eu cheguei era meu e não dela. 

Lipe: Tive que arrastar a Luna né, chega de ficar em casa. 
Bruno: Ah então é essa a famosa Luna? –Ele riu. 
Luna: Sou eu mesmo. –Ela sorriu e eles se cumprimentaram. 
Bruno: Prazer, Bruno. 
Íris: Ninguém me apresentou a você também. Sou a Íris. –Elas duas trocaram dois beijinhos. 
Luna: Prazer. –Elas trocaram sorrisos. 
Gael: Fica ai abraçando os outros e esquece de mim. –Cruzei os braços e fiz charme. 
Luna: Ah idiota! Claro que não. –Ela veio sorrindo e me abraçou. 
Lipe & Bruno: HMMMMMM. 
Gael: Ignora esses babacas –Falei pra ela. 
Luna: Eu sei. –Ela riu e nos soltamos. Quando olhei pra Maia ela me olhava com uma cara vísivel de desgosto. 
Íris: Bora entrar que eu estou doida pra beber. –Ela disse quebrando o clima que ficou ali. 
Bruno: Bora porra! –Ele saiu arrastando a Íris e fomos atrás. Eu também estava doido pra me jogar nessa festa e arrastar a Luna para um canto pra ficar com ela. 

O Lipe estava com os nossos ingressos e deu na entrada. Coloquei a pulseirinha que recebi no pulso. Quando chegamos estava o mundo lá dentro. 

Luna: Você comprou meu ingresso? –Ela falou alto por conta do som. 
Lipe: Comprei. 
Luna: Depois acerto contigo. 
Lipe: Beleza.

Encontrei com vários amigos meus, cumprimentei a todos, alguns falaram com os meninos e as meninas. Mal chegamos e já havia vários urubus cercando a Luna. 
O Bruno e Íris foram buscar bebida pra gente. 

Maia: Que milagre você em uma festa. –Ela falou pra Luna. 
Luna: O Lipe, meu pai e a Déia me convenceram de vir. –Ela riu. 
Maia: Quem é Déia? 
Luna: A mãe do Gael, ela namora meu pai, esqueceu? 
Maia: Verdade. –Ela disse acendendo um cigarro, bateu uma vontade de fumar, mas me segurei. 
Xxx: Gaelzinho. –A menina veio com os braços estendidos e com um copo de bebida na mão. Nos abraçamos, forcei a minha mente pra lembrar dessa loira. 
Gael: Oi gata. –Sorri. 
Maia: Maju. –Ela falou no meu ouvido. 
Maju: Pensei que você não fosse vir, sumiu. 
Gael: Passei uns dias fora, Maju. 
Maju: Depois me procura pra gente conversar melhor. 
Gael: Com certeza. –Sorri, ela sorriu safada e saiu. 
Olhei pra Luna, mas ela parecia nem ter notado a presença da Maju, já que ela estava dançando com o Lipe. 
Maia: Você tem que começar a lembrar o nome delas, nem sempre estou aqui pra te salvar. 
Gael: Eu só gravo o nome do meu prato preferido que é buceta. –Rimos. 
Maia: Idiota. –O Bruno e a Íris chegaram com copos de bebida pra gente. Eles distribuiram e a Íris ofereceu pra Luna. 
Luna: Eu não bebo. 
Íris: Um copo não mata. 
Luna: No meu caso mata, porque eu nunca bebi. –Ela riu. 
Maia: Deixa a menina, Íris. 
Íris: Não confio em quem não bebe. –Ela deu um gole grande em sua bebida e virou o copo que seria da Luna no dela. Dei um golada na minha bebida e estava forte pra caralho.

Fomos ficando mais soltos, tiramos até algumas fotos, começamos a dançar e conversar um pouco. Queria chegar na Luna sem chamar atenção da Maia. Estava dançando e bebendo, quando notei a Luna conversando com um cara. Na verdade ele já estava bêbado e tentando um beijo. Vi que a Maia iria resolver, mas eu me meti e fui na frente dela fingindo que não percebi. 

Gael: Algum problema aqui mermão? –Puxei a Luna pela cintura e encarei o cara. 
Xxx: Sua mina mano? Ela é muito gostosa. –Ela não aguentava nem falar. 
Gael: Vaza filho da puta antes que eu te arrebente. –Puxei a Luna e fomos para o outro lado junto com o pessoal. 
Lipe: Assim a Luna não vai pegar ninguém. –Ele riu me provocando e eu ri. 
Gael: Quem decide com quem ela fica sou eu. 
Luna: Desde quando meu bem? Minha boca não tem dono. 
Gael: É mesmo? –Arqueei as sobrancelhas. 
Luna: Fica esperto. –Ela riu e foi dançar junto com a Maia e a Íris. 
Lipe: Se você não se adiantar, vai chegar um nela e ela vai ficar. 
Gael: Até parece. –Rolei os olhos. 
Bruno: O cachorrão ta se segurando pra não pegar mulher, mas também não chega na mina. 
Gael: Me deixa oh! –Rolei os olhos e fiquei olhando ela dançar, toda gostosa.

Começou a tocar funk e ela acompanhou as meninas, nem sabia que ela levava jeito. Ai mesmo que os caras começaram a chegar nela. O Bruno e o Lipe haviam sumido atrás de mulher. Acendi um cigarro e vinham várias cachorras pra falar comigo, mas as dispensei. 
Terminei minha bebida, enchi meu copo com cerveja e a Maia veio até a mim. 

Maia: O que você acha de eu pedir pra ficar com a Luna? 
Gael: Ela não vai aceitar. –Respondi direto. 
Maia: Mas por que não? 
Gael: Porque ela é hétero e deixou isso bem claro pra você mil vezes. 
Maia: Vai ficar na ignorância mesmo é? 
Gael: Não é ignorância, é apenas a verdade. –Ela saiu brava e foi até a Luna, ela a chamou e a Luna saiu junto com ela.
Sobrou só a Íris e ela veio na minha direção dançando pra me seduzir. 
Íris: Vai ficar a noite inteira parado? –Ela falou no meu ouvido e alisou minha barriga. Eu estava sem camisa já. 
Gael: Não tem muita coisa que me agrade aqui. 
Íris: E eu sou uma das coisas que está te agradando? 
Gael: Sinceramente? Não. –Beijei a bochecha dela e sai andando. A Íris é cachorra e daqui a pouco está comendo na minha mãeo de novo, ela não liga da forma como eu a trato, então está de boa. 

Encontrei com um pessoal da faculdade, fiquei bebendo e curtindo com eles. Mas minha cabeça mesmo não saia da Luna, mas que porra viu? Eu to numa puta festa, com várias gostosas, mas nenhuma delas estão me agradando a ponto de chegar nelas pra ficar ou levar pra fuder. É só a Luna que não sai da minha cabeça e agora mesmo ela está em algum canto com a louca da Maia. 
Encontrei com o Lipe e o Bruno no meio do povão e os parei. 

Lipe: Mano, cadê a Luna? 
Gael: Sumiu com a Maia. 
Bruno: Ixi, alguém perdeu. –Ele riu e eu olhei com cara de cu. 
Gael: Seu cu otário, eu não perco nunca. 
Lipe: Eu vou dar uma volta pra procurar ela. 
Gael: Quando achá-la a leva para o estacionamento perto do meu carro. 
Lipe: E eu vou saber onde você deixou seu carro? 
Bruno: Eu sei né viado, bora ajudar o parça tirar o bv 
Gael: Vão se fuder. –Rolei os olhos e eles saíram pelo povo. 

Foi um custo pra poder conseguir sair dessa rancho. Ele era imenso e mesmo assim estava lotado de gente. 
Cheguei ao estacionamento, achei meu carro e fiquei parado encostado nele, mexendo no meu celular.

MIL RAZÕES (F!)Where stories live. Discover now