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Narração por Gael. 

O que foi isso com a Luna? Eu juro que quando vi o pai dela estava a chamando. Eu perdi totalmente o controle de mim e estava entregue àquela garota. Ela me dominou e me possuiu, me levou a querer tomá-la de todas as formas. Já no meu carro, antes da partida, eu olhei pra ela sorrindo e ela estava toda vermelha de vergonha. 

—Eu acho que o seu pai não desconfiou de nada. –Falei. 
—O que aconteceu depois que eu entrei para o banheiro? –A Luna perguntou. 
—Ele não ia entrar no quarto, eu acho que ele achou que você ainda estivesse fora. Eu me acalmei, pensei em um monte de coisa broxante e sai do quarto. Estava suando frio, quase não me aguentando. E então eu fui atrás dele no corredor, disse que você estava no banho e pronto. Ficamos conversando. 
—Ai que alívio. –Ela suspirou aliviada-. Imagina se meu pai pega a gente? O que eu iria falar pra ele? 
—Ele iria me matar não é mesmo? -Virei pra ela. 
—Nem sua cara de fofo iria adiantar. –Ela sorriu, colocou a mão no meu rosto e me deu um beijo de leve. 
—Mas você é muito gostosa, não da pra resistir. –Passei a mão pelas coxas dela e as apertei. 
—Para de ser safado e vamos pra praia. Se comporta. –Ela me deu mais um beijo, eu me ajeitei e dei partida no carro. 

Chegamos bem rapido na praia, quando cheguei liguei para o Lipe e rapidamente os encontrei. 
Chegando lá só estava os meninos e a Íris, o que me deixou preocupado. Já que meu histórico de fodas na praia com a Íris não é curto e ela pode se insinuar um pouco e acabar da Luna não gostar.

—Que demora vocês dois. –O Bruno falou rindo. A cara da Luna já entrega qualquer coisa porque ela fica tímida. 
—Quase 1 hora pra Luna colocar um bíquini e continuar com cara de cu. –O Lipe disse e ela bateu nele com sua bolsa. 
—Para de ser cretino. 
—Parem de mexer com a menina. –A Íris a defendeu-. Dois palhaços. –A Luna estendeu sua canga e eu sentei nela antes que ela sentasse. 
—Muito abusado. –Ela disse. 
—Eu posso. –Falei. Ela começou a tirar sua roupa e na minha cabeça veio logo essa mulher toda nua na minha frente. Ai eu preciso me segurar meu pai eterno. 
—Nem disfarça. –O Lipe falou e me deu um tapa na cabeça. 
—Sou cego? –Perguntei. 
—Você constrange as pessoas, indiscreto. –A Íris. 
—Todos pela causa da Luna. Isso agora é Organização de Advogadas da Luna? –Falei. 
—E ela nem está prestando atenção. –O Bruno notou e ai eu prestei mesmo atenção. 
Ela estava olhando em direção alguma coisa, viajando no mundo da Lua. 
—Terra chamando Luna. –A Íris a chamou. 
—LUNA! –Chamos os quatro. 
—Ai gente que horror. –A Luna se assustou e olhou pra gente. 
—Essa cara é de quem viu boy gostoso, quero ver também. –A Íris falou. 
—Só pensa em piroca, cansa não? –O Lipe a zoou. 
—Meu bem eu penso em muitas coisas, principalmente que envolve boy. Adoro. –A Íris falou e eu ri. Safada mesmo viu. 
—Não é nada que vale a pena pra você, vai por mim. –A Luna falou e sentou do meu lado. 

Pelo jeito que ela ficou era algo sério e eu fiquei curioso pra saber.
Os três ficaram conversando e falando besteira. Então chamei a Luna pra entrar na água comigo e ela veio. 

A água estava uma pedra de gelo e a Luna nem ai. Se jogou no mar e foi. Eu fiquei que nem uma velha fresca pra poder entrar na água. Alcancei a Luna e a peguei pela cintura. 

—Quem foi que roubou seu olhar aquela hora? –Perguntei de boa. 
—Não era nada demais. –Ela respondeu. 
—Luna. –A olhei sério-. Sabe que pra mim você não esconde nada, nem mesmo sua perseguida. –Ela me deu um tapa a eu cai na risada. 
—Nem com coisa séria você consegue parar né? –Ela riu e eu mordi sua bochecha. 
—Eu sou um homem sério, já disse. Mas me diz, quem era. 
—O Hugo. –Ela disse sem jeito. 
—Depois daquele comentário na sua foto, ele te procurou? 
—Não. Eu o bloqueei. Eu só não quero que ele venha falar comigo. 
—Ele ainda mexe contigo não é mesmo? 
—Não é questão de mexer, é a história que vem com o nome dele ou quando ele aparece. E sei não Gael, eu só não quero que ele volte a interferir na minha vida. 
—Ele não vai. –Falei e a puxei pra mim. Dei um beijo em sua testa e ficamos abraçados por um bom tempo. Não era momento Gael e Luna, era o momento dela. Dela voltar a se sentir confortável com o ambiente e esquecer do otário do Hugo. 
Mais tarde saímos da água e o pessoal havia comprado caipirinha. 
—Eu quero bando de cuzão. –Falei. 
—Toma aqui. –A Íris me olhou sedutoramente e me ofereceu sua caipirinha, espremendo os seios. Ainda bem que a Luna estava já deitada tomando sol. Eu cocei a cabeça e fiquei todo sem graça.
—Vou lá comprar, relaxa. –Peguei dinheiro na minha carteira e fui até um quiosque. Comprei uma caipinha e ainda uma água de coco. Voltei pra perto do pessoal, cutuquei a Luna e dei a água pra ela. Me joguei entrei o Bruno e o Lipe e comecei a beber. 
—Festinha hoje? –A Íris chamou. 
—Depois da festa de ontem? Maluco. –O Bruno falou. 
—O que rolou ontem? –O Lipe perguntou. 
—Treta mano, te contei não? Vou contar agora porque eu adoro fofoca. –O Bruno falou engraçado e nós rimos. O Bruno contou para o Lipe e para Íris toda a treta da Maia. 
—Ai gente, nada a ver essa coisa da Maia viu? Se a Luna não quer, ela não quer. Poxa a Maia é minha amiga, mas já está passando do ponto. Eu sei de várias meninas que ela tem rolo e porque ela não vai atrás de uma delas? A Luna fica com quem ela quiser, sarra em quem quiser e pronto. Sarrar não mata ninguém oxi, já sarrei até nos irmãos dela e ela de bobeira chorando por sarrada. Tenha misericórdia. –A Íris falou e a Luna riu de chegar de se engasgar com a água de coco. 
—Vai morrer não viu. –Falei rindo-. Tem muito que sarrar ainda. –Ela tossiu mais ainda ficando completamente vermelha. 
—Para de zoar ela seu escroto. –O Lipe falou rindo. 
—Na hora de sarrar no Gael não ficou vermelha. –O Bruno zoou. 
—Em minha defesa. –A Luna começou a ficar normal e olhou pra gente-. Sarrar é bom mesmo gente, eu hein. –Ela riu. 
—Isso mesmo. Adoro essa mana. –Ela e a Íris bateram as mãos. Oi? Quando foi que as duas ficaram “amiguinhas” assim? 

A tarde na praia foi boa, zoamos e bebemos muito. Pelo visto não teve mais imprevisto com aquele Hugo. Era bom ver a Luna mais solta, conversando e rindo com as pessoas. Era bom saber que ela estava saindo do casulo dela.

MIL RAZÕES (F!)Where stories live. Discover now