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Narração por Gael. 

Falsa, mentirosa, hipócrita, egoísta! Dizia que me amava, mas se divertia com outro. Eu me recusava a se sentir mal por causa da piranha da Luna! A cena dela entrando naquela sala com o Eduardo não me saiu da cabeça. A turma inteira havia saído, só os dois ficaram para trás, até parece que eu nunca fiz isso pra dar uns pegas nas putas da faculdade em uma sala vazia! Mas a questão é: EU ERA SOLTEIRO! E não dizia “eu te amo” pra ninguém. E já era a segunda vez que todo mundo saia e só eles ficavam pra trás. 

Me consumi de tanto ódio e fui embora puto da vida. Aquela vagabunda morreu pra mim! 
Passei a noite na casa da minha vó, eu contei tudo pra ela o que havia acontecido e ela havia me dado o melhor conselho de todos: “Não se rebaixa ao nível dela, termina e segue sua vida. Você acabou de perder uma amiga. Não precisa ficar se machucando mais”. E eu não iria ficar mais machucado e ferido. Eu amava muito a Luna, muito mesmo! A ponto de amá-la mais que a mim. 

No dia seguinte, acordei bem tarde, almocei na minha vó e fui pra casa. Cheguei em casa, só estava o Bruno deitado no sofá. 

Bruno: E ai mano, estava aonde? 
Gael: Dormi na minha vó. 
Bruno: Lipe ligou ai procurando saber de você, ele está lá na Luna. 
Gael: Quero que se foda. –Fui para o meu quarto, tirei minha roupa e fui tomar um banho.

Fui com a toalha enrolada na cintura para o meu quarto, coloquei uma roupa qualquer, peguei meu notebook e deitei na cama. Com o meu cel ruim, só assim mesmo pra entrar pelo menos no Facebook.

Apaguei todas as minhas fotos com a Luna, sentindo raiva de todo aquele sentimento que ela me fez sentir. Ela me fez acreditar que eu tinha espaço para amar. Abri o chat dela e enviei uma mensagem. 

“Não precisa vir aqui pegar nada, eu envio para você através do Felipe. Obrigado por cada momento falso que você me proporcionou. Você poderia ter escolhido um lugar menos óbvio para ficar com o Dudu, existe motel sabe? Melhor que ser mais uma cachorra de sala de aula. Mas beleza mesmo Luna, não quero mais papo com você, nosso namoro acabou. Se é que ele existiu pra você” —Gael.

E em seguida a bloqueei do Facebook. Fechei o notebook e levantei da cama. Peguei uma mochila vazia, coloquei umas roupas e peguei a mochila com as coisas da faculdade. Peguei as chaves do meu carro, meu notebook e sai do meu quarto. 

Sai de casa e quando estava saindo do meu prédio, a Luna chegava de moto com o Felipe. Acelerei e fui embora assim mesmo. Fui para a casa da minha vó e ela me deixou ficar lá de boa. Liguei pra minha mãe do telefone de lá. 

Início da Ligação 
“Filho! Onde você está?” —Andréia. 
“Eu estou na casa da minha vó. Vou passar uns dias aqui” —Gael. 
“Filho o que aconteceu?” —Andréia. 
“Não aconteceu nada, não diz pra ninguém onde eu estou” —Gael. 
“Gael, o que você fez?” —Andréia. 
“Eu apenas tentei ser melhor e em troca tomei um par de chifres” —Gael. 
“Filho...” —Andréia. 
Fim da Ligação 

Antes que ela dissesse mais alguma coisa, eu desliguei. Não queria mais saber de ninguém, só queria me desligar desse povo e me reconstruir. Minha vó fez um monte de coisa pra eu comer e ficou me mimando o dia inteiro. Me deu vários conselhos, disse que era pra eu ficar calmo e que Deus tira da nossa vida tudo o que não serve para gente. Ainda bem mesmo que ele tirou a Luna da minha vida bem a tempo, imagina se eu realizo todos os planos que eu fiz na minha mente pra nós dois? 

E de noite o coração pesou, mas pesou muito mesmo. A raiva que eu sentia da Luna se transformou em mágoa.
Sábado chegou, com eu sabia de uma festa que iria rolar, claro que eu fui. Sou solteiro e não vou ficar em casa sofrendo por piranha! A festa seria na casa da Raíssa, desde que ela entrou na faculdade todo final de semana ela dava uma festa. E agora eu iria desfrutar de uma delas. 

Cheguei à festa e um monte de gente veio me cumprimentar. E eu queria mesmo era a dona da festa. Andei pela festa até achar a Raíssa. Que ao me ver sorriu toda safada e veio a minha direção. 

Raíssa: Não acredito que você veio! –Ela comemorou e me abraçou forte. 
Gael: Claro que eu vim, achou que eu iria perder essa. –Mantive ela colada no meu corpo, mas a pegava pela cintura. 
Raíssa: Veio sozinho ou trouxe a namorada? 
Gael: Sabe que namorada da caô né? Estou solteiro. –Ri. 
Raíssa: Hmm então tem Gaelzito pras gatinhas? 
Gael: Pra você amor. 
Raíssa: Assim que eu gosto. –Ela riu safada e me tascou um beijo. Retribui na mesma hora. Eu iria tacar o foda-se e levar essa puta pra cama. 

A festa rolou foda pra caralho, mas manti a minha promessa que não fumaria e nem beberia. Apesar da vontade ser boa. Mas eu e a Raíssa perdemos umas 3 horas de festa só fudendo no quarto dela. De madrugada quando a festa acabou, ajudei a Raíssa arrumar as coisas da casa mais ou menos e depois a levei pra casa da minha vó pra gente dormir juntos. 

Fudemos o restinho da madrugada, mas também não fui, porque ela estava bêbada. Mas deu para o gasto.

Acordei sentindo um puta de um tapa nas costas bem ardido. Pulei da cama, puxei a coberta pra tampar o meu pinto e foda-se a Raíssa pelada na cama. Olhei pra Luna chorando e com os olhos cheios de ódio. 

Gael: QUE PORRA É ESSA LUNA? SAI DAQUI CARALHO! 
Luna: É ASSIM QUE VOCÊ FALA COMIGO? COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE FAZER ISSO COMIGO SEU CACHORRO? COMO GUSTAVO?! –Ela gritava histérica e a Raíssa acordou meio tonta. 
Raíssa: Gente o que está acontecendo? 
Luna: SAI DAQUI SUA VAGABUNDA! SAI AGORA. –A Luna puxou a Raíssa pelos cabelos da cama e a arrastou para fora do quarto. Deu tempo só de catar minha cueca e ir atrás delas.

A Raíssa pedia pra Luna parar, mas a Luna a empurrou portão a fora e o fechou. Ela virou e me olhou brava com o rosto completamente vermelho. 

Luna: Eu odeio você! Odeio! –Ela disse chorando desesperada. 
Gael: Me odeia? Porra como você chega assim na casa da minha vó desse jeito? Caralho Luna se enxerga porra! Papel rídiculo, arrumando barraco, escroto! Você me meteu maior galha e quer falar de romance agora? –Falei enquanto saia na rua e puxava a Raíssa que chorava nua na rua-. Cata tuas coisas Raíssa e se veste! –Ela saiu correndo pra dentro da casa. 
Luna: EU NÃO TE TRAI! GAEL PELO AMOR DE DEUS, O EDUARDO ME AGARROU E ME LEVOU PRA AQUELA SALA. ME ESCUTA CARALHO! E AO INVÉS DE VOCÊ VIR RESOLVER COMIGO, VOCÊ PEDIU PRA SUA MÃE MENTIR PRA MIM E COLOCOU ESSA VAGABUNDA NA SUA CAMA. 
Gael: ESTÁ BOM LUNA, AGORA CAI FORA DAQUI! –Falei com raiva, a peguei pelo braço e a levei para fora dali. 
Luna: Estou caindo fora mesmo, maior erro da minha vida foi ter namorado você! –Ela cuspiu as palavras na minha cara, deu as costas e foi para o seu carro.

Bati o portão com força e voltei pra dentro da casa. Fui para o quarto, a Raíssa se vestia. 

Raíssa: Se eu soubesse que ela apareceria assim eu nem teria vindo pra cá. –Ela falou se vestindo com raiva. 
Gael: Ah cala a boca, Raíssa, você veio porque quis. –Me joguei na cama puto e ela foi embora. Que ódio! Ainda bem que minha vó não viu essa porra.

A discussão revirou na minha mente e a cada segundo que se passava com mais raiva eu ficava da Luna. 

Tomei um banho, arrumei a cama, peguei minhas coisas e fui para o apartamento. Depois dava um jeito de ligar pra minha vó avisando que fui embora. 

Quando cheguei no apartamento, o Felipe já me olhou com uma cara de puto, mas não disse nada. Acho bom ele não dizer nada mesmo não, não me meto no relacionamento dele com a minha irmã e ele não vai se meter no meu com a Luna.

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Vou deixar vcs na curiosidade de saber o resto do que aconteceu hehehe. Mais tarde eu volto bjssssss

MIL RAZÕES (F!)Where stories live. Discover now