26º Capítulo

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Antes de vos deixar ler o capítulo eu quero agradecer a todas estas pessoas que seguiram a minha história e deixaram comentários que me incenticaram a continuar. Obrigada! (DESCULPEM SE ME ESQUECI DE ALGUÉM!!!!!!)

@HaroldIsMyBatman; @Sun_Shine_Today; @HazzMarshmallow; @LaaPayne; @KatHoranPotato; @xCrazyxHoranx; @HelenaDamas; @arolinahilario; @akaxnarry; @EduardaAnd; @xtearsoftheriver

@carlacups <<-- Especial obrigada para ti! <3

Boa leitura ;) (VOTEEEMMM QUE EU ESTOU A PERDER VOTOS!!!)

A minha mão continua seguramente presa à face de Harry, que me olha com uma expressão indecifrável e olhos negros. Devia sentir medo, mas o álcool bloqueia essa emoção, e, por isso, não me mexo.

Finalmente ele pega na minha mão, colocando-a em cima da mesa, e longe da sua pele macia. Uma corrente elétrica atravessa todo o meu corpo assim que ele o faz. Vejo o seu maxilar tenso sob as luzes escuras do bar e os olhos a navegar pelo espaço, evitando os meus.

Suspiro e uma enorme vontade de falar cobre-me, como uma onda.

“Eu não sei como lidar com isto tudo,” confesso captando a atenção de Harry, que, agora, olha para mim com o sobrolho franzido. “Confessaram-me um crime e eu estou parada. Devia ir à polícia. Em vez disso, decidi ir a um bar!” rio-me da minha própria passividade e estupidez, enquanto Harold não muda de expressão. “Os meus pais escondem algo grave de mim, que faz uma tensão horrível instalar-se em casa” nem sei porque estou a partilhar - Oh espera! Eu estou bêbada. “Anda um assassino à solta na vila e eu tenho medo de ser a próxima…”

“Não tens de te preocupar com Mr.Clarks. Eu é que me preocupo com ele.” Interrompe o meu confidente, que experimenta uma expressão séria e calma, como um verdadeiro psicólogo.

“Primeiro, ele contou tudo a mim! Eu li o livro! Por isso eu tenho de me preocupar!” reclamo e ele fecha os olhos, impedindo-me de ver as suas íris verdes. “Segundo, pára de falar com enigmas!” elevo o tom de voz, levando as mãos à cabeça, para massajar o couro cabeludo. “Porquê?” ele mostra confusão. “Porque és tão enigmático?” Nem pareces real, às vezes.” Desabafo, provocando um erguer de sobrancelhas em Harry. Subitamente, quero sorrir e os meus lábios esticam-se. “Como te chamavam quando eras pequeno? Qual era a tua alcunha? Posso tratar-te por Haz? Eu gosto de Haz!” falo como uma criança entusiasmada, batendo palmas. O jovem de cabelo aos caracóis fica ainda mais desorientado com toda a minha mudança repentina de humor, substituindo uma expressão de surpresa por um massajar de olhos, com os seus longos dedos. “Qual é a tua comida favorita? E o teu chocolate favorito?” Harry suspira “Anda lá! Responde!” imploro, transformando-me numa criança fascinada com a obra à sua frente. Todavia, a alegria desvanece-se ao lembrar-me da seguinte pergunta: “Onde estão os teus pais?”

“Chega!” grita, batendo com o punho cerrado no tampo da mesa e eu encolho-me na cadeira. Sinto as lágrimas chegarem aos limites dos olhos, ameaçando cair, só de olhar para o seu rosto severo, autoritário e, certamente, assustador. Contudo, algo me impede de ficar calada e essa força, que antes estava adormecida, ergue-se dentro de mim, soltando palavras:

“Quem és tu para me olhar com esses olhos, como se quisesses matar-me aqui e agora? Eu sou a única que te quer descobrir! Sou a única que não foge mesmo que tenhas dado a entender que queres que me afaste!” grito, levantando-me do lugar e aponto-lhe o dedo indicador, acusando-o. “Tu não podes ficar sozinho para sempre! Porra! Mas tu afastas todos com essa atitude. Porque ages assim? Porque não me abres a porta, posso estar a morrer a alguém a matar-me e tu és demasiado orgulhoso para me deixar entrar! És um imbecil! Odeio-te!” forço as cordas vocais uma última vez, com estas últimas palavras falsas e vazias, e fico a ofegar depois do meu discurso demorado.

Glass Masterpiece || h.sWhere stories live. Discover now