27º Capítulo

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Penso que me esqueci de pessoas! hahaha bem aqui vão mais dedicações: @LarryPrincess99 @LarryShipStylinson_ @TwixWife @DanielaIrwinStyles @LittleDeath11 @icant_change @Norma_Jackson @IAmJustBeautifulMe

Alexandria Moore*

Acordo com uma enorme dor de cabeça que me perfura os templos e levo a mão a testa. A visão está desfocada, mas, pelo cheiro, percebo que estou em casa, no meu quarto. Como vim aqui parar?

Com o passar dos segundos, as memórias da noite passada reconstituem-se, até ao momento em que gritei com Harry. Depois disso, um fosso negro e no fundo, tudo o que aconteceu a seguir.

Ao meu lado, está um copo de água e um comprimido que tomo sem hesitar. Tudo para acabar com a dor de cabeça. Repreendo-me mentalmente por ter bebido tanto.

A minha cabeça dói de tal modo que me impede de pensar. Levanto-me e a minha cabeça parece demasiado pesada, destorcendo a realidade, e caio em cima da cama. Um grunhido é libertado pela minha garganta, em frustração.

“Não te devias ter posto naquele estado ontem” digo, desta vez, em voz alta.

De repente, abre-se a porta e os meus olhos, antes postos no chão, erguem-se para ver a minha mãe a aproximar-se, encontrando as suas íris cor de avelã.

“O rapaz que te trouxe era bastante giro.” Diz a minha mãe, ao sentar-se ao meu lado. Junto as sobrancelhas em resposta. “Não sabia que o Styles tinha crescido tanto.” Conclui.

E então algumas peças juntam-se e deduzo que após ter gritado com ele, o rapaz trouxe-me a casa. Mas ele falou com a minha mãe? Ele deitou-me na cama? Como tudo aconteceu?

Ofereço um leve sorriso à minha mãe, que esconde todo o embaraço e confusão, tal como os pormenores da noite passada.

“Não passes muito tempo com ele, Alexandria.” Avisa, agora séria e eu reviro os olhos em aborrecimento. Se apenas pudesse levantar-me e ir embora… “Tu sabes o que dizem sobre ele e a família… Eles não são boas pessoas…” e estas últimas palavras ativam em mim alguma energia que me faz levantar.

“Eu não quero saber do que dizem!” grito e a minha mãe salta ligeiramente, espantada coma minha reação. “A vossa vida é viver do que dizem, mas eu não quero saber. Eu quero ver pelos meus próprios olhos! Eu acho-o interessante e giro, por isso vou sair com ele! Estou a cagar para o que dizem!” termino e saio do quarto. Vou apressada até a casa de banho, onde me tranco, deixando a minha mãe boquiaberta.

Nunca na minha vida, em 18 anos, falei de tal modo com a minha mãe. Ela deve estar triste, surpreendida e, talvez até, desiludida, mas eu não quero saber. Estou cansada de muita coisa e parece que, finalmente, encontrei coragem para falar e desafiar os meus limites.

Com esta conclusão, entro no chuveiro, onde fico durante os próximos 10 minutos – o maior luxo a que me autorizo.

Assim que ponho os pés molhados no tapete da casa de banho, ouço alguém bater a porta.

“Querida, vou sair.” Informa numa voz triste.

“Onde vais?” pergunto, tentando parecer desinteressada. Apenas parecer, já que não percebo onde poderá ela querer ir, de manhã cedo, estando desempregada. Com este pensamento, segue-se o seguinte: “Se eu não voltar a trabalhar na livraria, como iremos pagar as contas?”

“Tenho de tratar de uma coisas…” abano a cabeça, tentando interiorizar o que diz. Mas que coisas?

Suspiro e desisto de lhe perguntar, pensando que já fora embora, enquanto eu procurava forças para reagir, no meio dos meus pensamentos confusos e que emergem todos ao mesmo tempo. Desde que apareceu Harry que tudo se confundiu.

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