Capítulo 10

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( recomendo que ouça lendo esse capítulo "Rainberry - Zayn" )

Por uma fração de segundos, eu perdi a capacidade de respirar. As palavras saíram da boca dele, atingiram meu psicológico e fizeram minhas pernas bambearem. Te-lo tão perto atrás de mim, com o corpo literalmente encaixado ao meu, era a mesma sensação de uma descarga elétrica me atravessar. Meu corpo reagia a todo vapor, e naqueles segundos em que fiquei calada, meus neurônios queimavam tentando descobrir o que exatamente eu responderia. Mas aquilo era quase uma competição então, em hipótese alguma eu deixaria ele perceber minha tensão sexual. A postura seria mantida, Pelo menos por fora.

- Oi Thomas. - Eu respondi olhando pra trás por cima do ombro e dando um sorriso carregado de maldade. Em um movimento rápido ele segurou no cós do meu shorts e me virou de frente pra ele.

- Eu falei que seria um problema você me enlouquecer desse jeito. - Ele disse com nossos rostos praticamente colocados.

- Eu não acho que seja um problema. - Terminei de falar e desviei meu olhar pra boca dele.

- É no mínimo maldade me provocar assim.

- Eu não fazia idéia que você tava aqui. - Abaixei a cabeça rindo fraco.

- Fazia sim. - Ele segurou meu queixo e levantou meu rosto em direção ao dele. - Eu sei o quanto você é esperta, você reconheceu o harrison não foi?! - Thomas falava malicioso e confiante.

- É, eu imaginei que você estava aqui. Só não me importei muito. - Menti.

- Não? Eu posso jurar que vi lá de cima, você sair correndo depois de reconhecer o harrison. - Apontou com a cabeça pro camarote e soltou um riso nasal de quem sabia que estava me vencendo.

- Por acaso você estava me observando? É feio secar as pessoas.

- Digamos que você chama minha atenção. - Ele apertou mais minha cintura contra seu corpo.

- Então por que demorou tanto pra vir até mim?

- Charlotte você faz perguntas demais. - Afirmou colocando o dedo indicador sobre meus lábios com o propósito de me calar. -Você é tão linda...

Ele levou a mão que estava em meu queixo, até o pescoço e encaixou os dedos no meu cabelo, puxando meu rosto pra mais perto até acabar com o espaço entre nós, colando nossas bocas. Sua língua pediu passagem e sem hesitar eu dei. Caminhei minhas mãos que até então estavam paradas em seu peito, para sua nuca, acariciando levemente causando-lhe um leve arrepio. Tom deslizava sua mão firme pelo meu quadril, e sempre que eu tentava mudar os movimentos dele, ele puxava meu cabelo pra trás, como se me controlasse, como se quissese me mostrar que estava no controle da situação. E como tudo que ele faz me desmonta, eu logo me rendi.

A língua de Tom tomou conta da minha boca com movimentos sábios, rápidos e ardentes e eu correspondia a mesma altura. Buscando tocar o máximo que eu podia daquele corpo naquele momento, desci uma mão até a barra da camiseta preta que ele usava e a levantei o suficiente pra minha mão tocar a pele de seu abdômen, sentindo cada músculo marcado e fazendo carinho com a unha, o que fez ele soltar um suspiro.

- Não dá, Charlotte, eu não aguento. Vem vamos sair daqui agora. - Ele disse enquanto me soltava e segurava minha mão, me levando em direção a saída do lugar.

- Eu preciso avisar meus amigos.

- A mensagem por telefone existe com qual propósito mesmo?

- Ok me convenceu. - Disse, ele só respondeu com uma piscada e continuou andando.

Saímos do pub, ele caminhava rápido pela calçada, sem soltar minha mão, quase me puxando. Não olhava pros lados e nem pra mim que estava um pouco atrás dele. Thomas apenas dava passos rapidos e ritmados em direção ao carro. Quando avistou o mesmo, tirou a chave do bolso e com um click destravou as portas. Abriu a porta pra mim sem falar nada, me esperou entrar, atravessou correndo pela frente do veículo e também entrou no carro.

Maybe | Tom Holland Where stories live. Discover now