Último capítulo.

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Charlotte on

Tudo acabou, afinal. Tragicamente bem.
O preço que Sofia precisou pagar, foi o custo de sua vida.

Não posso mentir, me senti culpada nos primeiros momentos mas quando minha ficha foi caindo, meu peito foi se aliviando.

Um ponto final naquela tortura foi colocado e agora minha vida podia seguir. Nossas vidas. Minha e dele.

Juntos.

Prefiro acreditar que, as coisas acontecem como devem acontecer. E se tudo isso nos ocorreu, foi por uma razão.

Talvez, toda essa história agonizante tenha vindo a tona, pra deixar claro, nítido e óbvio, como precisamos um do outro.

Nossa ligação não falhou nem nos piores dias, nem quando tudo parecia ter acabado. Eu sempre o senti, por toda parte, por todo meu ser. O tempo todo.

E aqui estávamos agora, finalmente juntos.

Finalmente a sós.

Tom, primeiramente, destrancou a porta do apartamento e em seguida me deu espaço para entrar antes dele.

Estar de volta era bom. Era ótimo. Mas também era... Estranhamente perigoso, estritamente excitante. Ou talvez, fosse eu quem estivesse perigosamente ansiosa e excitada.

O fato de estar a sós com ele, depois de tanto tempo, estremecia meus pensamentos e causava uma fisgada no meu ventre. De fato, eu sabia o que eu queria, além de ele por inteiro.

De costas, posso escutá-lo fechar porta. Nos deixando, oficialmente, trancados e sozinhos.

- Bem vinda de volta, Charlotte. - Ele murmura caminhando atrás de mim.

Ergo meus olhos, e procuro sua imagem por cima dos meus ombros. Sua voz ecoou pela sala inteira, e atingiu meus ouvidos como um sopro refrescante.

Minha necessidade dele aumentava a cada segundo, que mais se pareciam eternidades.

Viro-me de frente para Tom, e ele me encara aguardando silenciosamente pela mesma coisa que eu. Suas mãos estão no bolso da calça, e sua cabeça ligeiramente inclinada para o lado enquanto ele me analìsa, com um olhar intrínseco. Seus olhos ardem na minha direção e eu sinto que posso descrever quase todos os seus pensamentos condenáveis.

Porém, eu quero tornar realidade, cada pensamento que se passa pela cabeça dele naquele instante. E eu sei que posso.

Ele morde o lábio me olhando nos olhos. Ele perfeitamente os umidece com a língua e depois os maltrata com os dentes. Lentamente, ele puxa a carne de sua boca até soltá-la novamente. Tudo isso, mirando o mais fundo dos meus olhos.

Aquilo excedia os limites que eu poderia aguentar.

(Leia ouvindo "Comfortable - Lauv" se desejar.)

Acabo cedendo a aquela batalha de autocontrole e vou de encontro a ele. Movo minhas pernas rapidamente e logo me atiro contra seu peito. Nossos corpos se chocam e ele sem hesitar, me prende com os dois braços e genuinamente me devora em um beijo forte.

- Porra, como eu senti saudade de você. - Ele murmura entrecortando o beijo - Saudade dessa boca...

Uma mão segue em meu cabelo apertando minha nuca, a outra me percorre a coluna até a cintura e segue avançando, segue a curva de meu traseiro. A mão flexiona sobre a minha bunda e aperta gentilmente.

- Eu sou louco pelo seu beijo.

Ele me aperta contra os seus quadris, eu sinto sua ereção, que empurra delicadamente contra meu corpo.

Maybe | Tom Holland Where stories live. Discover now