Capítulo 24

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3 dias depois
Domingo
Dia da convenção.

3 dias, 72 horas, 4,320 minutos, 259,200 segundos que não nos falamos, e durante esse tempo todo eu pensei inúmeras vezes na noite de hoje e em você.

Pra falar a verdade eu só pensei nisso. É errado resumir três dias da minha vida pensando em coisas que no final, são apenas sobre você. A Liz disse que a ansiedade estava estampada na minha cara e que todas as vezes que eu abria a boca, era pra falar sobre alguma coisa relacionada a noite de hoje. E como em todas as vezes, ela está certa, 30% do meu corpo é receio e os outros 69% são ansiedade, e esse 1% talvez seja apenas saudade de estar com você.

Escolhi meu melhor vestido vermelho sem me importar com o tempo frio, era curto, justo e decotado. Escolhi meus melhores saltos pretos, eram finos e com alguns spikes. Algumas jóias douradas e delicadas. O cabelo demasiadamente escovado em ondas perfeitas e a maquiagem escura.

Tudo pensado e delicadamente calculado pra impressionar uma pessoa mais que específica. Erro meu diria minha melhor amiga, mas eu gosto da sensação que ter ele me observando me causa, talvez eu quissese isso para essa noite.

 Erro meu diria minha melhor amiga, mas eu gosto da sensação que ter ele me observando me causa, talvez eu quissese isso para essa noite

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As horas passaram correndo durante o dia e logo a noite veio, quando eu me dei conta já estava no carro com Lucas. Com a expressão chocada e literalmente de boca aberta, ele me elogiou algumas várias vezes usando gírias pra intensificar esses mesmos comentários, coisas como " Loirinha 'cê tá sensacional' " e outras mais que até me deixaram com um pouquinho de vergonha, mas nada comparado ao nervosismo que eu senti o trajeto todo até o lugar.

Borboletas no estômago não pareciam fazer nem cócegas perto da sensação que eu tinha. Cada minuto elevava minha agonia.

Eu não poderia me definir mais tensa.

Minha barriga estava vazia, acabou que eu me preocupei tanto em me arrumar que esqueci que um ser humano normal precisa de alimento e água pra ficar de pé.

Lucas tentou puxar assunto o caminho todo enquanto eu me esquivava, ele pareceu perceber meu incômodo e me ofereceu uma bala de menta, açúcar deveria me ajudar então eu aceitei, e em seguida bebi longos goles de água de uma garrafa que eu encotrei no porta luvas do carro dele.

Aliás, andar no carro com qualquer outra pessoa, não tinha o mesmo efeito, nem a mesma emoção que andar com Tom. A música no rádio não chamava minha atenção, nem era contagiante. A velocidade não era a mesma, e nem os olhares que as vezes Lucas me dava, não se pareciam com os de Thomas. Era frustrante dividir aquele momento com um homem que não era ele, o que me fazia suspirar decepcionada.

( Leia ouvindo "Witchcraft - Frank Sinatra" ou algum outro Jazz em replay até o fim do capítulo)

Chegamos ao local. Era grande, iluminado, cheio de pessoas perfeitamente vestidas com roupas formais, flashes e fotógrafos por todas as partes. Música clássica e muito jazz tocando, vozes e risadas, barulhos de taças fazendo brindes e de champanhe completando os copos. O aroma era uma mistura sútil de todos os perfumes caros ali, o que era agradável e quase imperceptível.

Maybe | Tom Holland Where stories live. Discover now