Capítulo 31

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ligação on:

- Quando eu te mandar mensagem, você liga pra ele. Ok?
- Ok mas eu seguro ele por quanto tempo?
- O máximo possível, você só pode desligar quando eu pedir ou se não vai fuder com tudo.
- Tá bom, eu dou um jeito. Essa merda vai me render alguma coisa.
- Talvez.

Ligação off.

Charlotte on
Sábado 12h56
Grécia

Com algumas horas de um vôo tranquilo, nós decolamos na cidade francesa e em seguida pousamos no Aeroporto Internacional de Santorini. Em solo, os mesmos procedimentos da vez anterior foram repetidos. Outro motorista particular a nossa espera do lado de fora do avião que com certa agilidade, colocou nossas bagagens no veículo e deu partida em direção ao local de nossa hospedagem.

Durante o trajeto, quase não dava para ver a costa marítima pelo caminho mas em compensação a cidade grega inteira parecia belíssima com quase todas as construções em gesso branco. Os hotéis principalmente formavam um amontoado de habitações e edifícios, todos brancos e juntos um do outro em degraus. Como uma escada desregulada e ao mesmo tempo, harmoniosa e belíssima.

O clima era abafado de uma maneira suportável e que contrastava com um céu azul e fortes raios de sol, que não tinham nenhuma nuvem para os impedir de atingir diretamente as águas cristalinas e convidativas da cidade. Depressa, a sensação de calor do lugar me fez amarrar a jaqueta de jeans na cintura e prender o cabelo em um rabo de cavalo alto. Deixando a minha nuca livre. E quando eu digo livre, é com o caminho livre para um rápido beijo de Thomas ser colocado ali, arrepiando minha pele, enquanto estávamos juntos no banco de trás do carro.

Assim que o motorista nos deixou no hotel, alguns funcionários se prontificaram em pegar nossas malas e levá-las ao quarto, durante o tempo que eu e Tom fazíamos o check-in na recepção.

- As identidades, por favor. - O senhor atrás do balcão solicitou para finalizar a confirmação da nossa estada no lugar.

E assim nós fizemos, Thomas pegou a carteira no bolso da calça jeans e entregou o seu documento, e mesmo que eu tenha levado certo tempo até achar meu RG dentro da bolsa, logo tudo foi conferido e resolvido rapidamente. 

- Suite presidencial 3. - Ele entregou as chaves do quarto. - Bem vindos a Santorini! 

- Subimos por aquele elevador mesmo? - Holland perguntou por fim.

- Sim, o último da esquerda. 

- Obrigada...

Entrelacei minha mão com a mão fria dele, e no momento que íamos em direção ao elevador para finalmente aproveitar o lugar, o celular de Thomas tocou.

- Eu preciso atender, é da empresa. 

- Não vai perguntar se eu me importo?

- Eu sei que você não se importa... - Ironizou - Agora me espera aqui, pode demorar.

Eu revirei os olhos em quase 360° enquanto assistia ele se afastar de mim, e ir pra um local mais vazio e silencioso do ambiente atender a ligação. 

Então sem mais opções, resolvi ficar por ali mesmo, naquele espaço onde a todo momento chegavam mais pessoas, famílias ou casais, com um sorriso animado no rosto, um brilho nos olhos que me contagiava. Eu sempre fui de reparar muito no olhar das pessoas e de alguma forma, dependendo de como eles eram, acabavam influenciando meu estado de espírito. Não absolutamente mas de um jeito ou de outro, meu fascínio pelo olhar das pessoas sempre interferia em mim. Ou muitas vezes, me ajudava a decifrar o humor daquele alguém; inclusive é dessa forma que eu tenho descoberto alguns detalhes sobre o Thomas. Aquelas pupilas castanhas, sempre dizem o que ele esconde em palavras. Enfim, ver aqueles indivíduos entrando tão felizes, me deixava, em parte, com o coração aquecido. Com a sensação confortável de paz ou satisfação. 

Maybe | Tom Holland Où les histoires vivent. Découvrez maintenant