Capítulo 12

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Thomas on

Hoje de manhã antes de sair, eu sentei ao lado dela na cama por alguns minutos e fiquei observando-a com os olhos fechados, tão em paz, tão calma e tão serena. A pele dela se arrepiou quando eu toquei seu braço em um gesto de carinho, logo eu achei melhor colocar minha camiseta nela pra que ela não sentisse frio e decidi escrever um bilhete um tanto quanto sucinto pra ela não acordar totalmente perdida; espero que ela não pense que eu fui grosso, essa não era a intenção, eu só não estou totalmente feliz com essa situação pra ser romântico. Com um beijo na testa me despedi dela e a deixei no quarto, avisei a Marta que estava acompanhado e solicitei que ela preparasse um café. Não dei detalhes, não acho necessário que ela saiba quem era minha companhia.

Eu assumo, a Charlotte me pegou de surpresa em um momento que eu não queria absolutamente nada com ninguém e fez com que eu a desejasse mais que tudo.

Mas eu não sei se fiz a coisa certa. Não sei o que ela pensa de mim, ela ao menos disse se era recíproco quando eu admiti estar gostando dela. Não sei se devia ter feito aquilo com ela, eu sei que não foi nem um terço do que eu quero realmente fazer, mas de qualquer forma, eu sinceramente não sei o que fazer a seguir.

A realidade é que eu estou inseguro. De todas as poucas mulheres que eu verdadeiramente me relacionei, ela foi a única que me deixou assim, eu posso não demostrar mas ela me prende. A forma como ela entra no meu jogo, que ela me permite e ao mesmo tempo me contrai. O jeito que ela é linda e fica mais linda ainda quando esta segura de si, ela é esperta. Quando ela fica tímida e as maçãs do rosto coram e quando está excitada fica com os olhos mais esverdeados. E tudo isso me prende nela, mas eu tenho medo de dar tudo errado, como na última vez. Aliás eu tenho mais medo ainda dos meus sentimentos arrebatadores pela Sofia não estarem completamente encerrados e mortos dentro de mim. Porque se eu não me curar da pessoa errada, posso sangrar em cima da pessoa certa.

Eu me retraí, dentro de mim eu posso sentir meus sentimentos em colisão, travando uma batalha entre admitir ou não que eu estou apaixonado por ela. Eu poderia falar e assumir as consequências disso mas o fato dela não falar sobre os sentimentos dela, tira toda minha coragem. Charlotte me fazia parecer um adolescente inseguro, eu só queria saber o que passa na cabeça daquela mulher.

...

Charlotte on
Segunda-feira 20h45

Depois de passar o dia inteiro sozinha em casa me consumindo de dúvidas e baixa autoestima, eu escutei o barulho da porta avisando que a Liz havia chegado e corri pra sala na intenção de resolver tudo.

- Oi ami...

- O que foi Charlotte? quer brigar mais?

- Não Liz, eu quero resolver. Mas você já chegou na grosseria.

- Justo não é?! Você fez uma merda enorme e agora quer que fique tudo bem e que eu seja boazinha?

- Eu já pedi desculpa, o que mais você quer que eu faça pra melhorar a situação? Eu sei que eu errei mas poxa não é motivo pra você ficar assim.

- NÃO É MOTIVO CHARLOTTE? Caralho, eu fiquei igual uma idiota te procurando lá dentro, desesperadamente preocupada.

- Mas ta tudo bem! Você sabia que o Tom tava lá, quais eram a chances de eu ter saído com ele?!

- EU NÃO TINHA COMO ADIVINHAR e você sabe como eu tenho medo dessas coisas, medo de você sumir! Você sabe muito bem o que passou pela minha cabeça!

- O único cara pervertido que me pegou ontem foi o Tom. - Debochei com o intuito de faze-la rir, mas foi em vão.

- VAI DEBOCHAR MESMO?

Maybe | Tom Holland Onde histórias criam vida. Descubra agora