A música da campainha ecoou pela casa inteira, e alcançou os ouvidos de Charlotte, que estava sentada no sofá da sala postergando e apenas existindo.Sem fazer a menor idéia do que viria a seguir. Sem noção nenhuma de quem lhe aguardava na porta.
- Pode deixar, eu atendo! - Ela grita, avisando aos outros membros da casa enquanto levanta cambaleando do sofá e corre até a porta.
Smith não se preocupa em perguntar quem é ou até em espiar pela janela. Ela somente encaixa a mão sobre a maçaneta e a puxa para baixo. Abrindo a porta de uma vez e, encontrando quem não esperava atrás da mesma.
- Lucas?! - Charlotte arqueia a sobrancelha. - O que devo a honra de sua visita? Achei que estivesse em Londres.
Ele chegou primeiro.
- É, pois é, eu voltei! Vim visitar a família e pensei em ver você, te levar pra passear um pouco. - Ele diz, com um sorriso amarelo que escondia todo nervosismo.
- Passear um pouco? Tem certeza? Eu e você, assim do nada?
A garota pensa por alguns segundos nos motivos que ele teria para fazer esse convite, mas as respostas são todas fúteis. Ela continua com a sobrancelha arqueada, esperando ser convencida.
- Por que não? Faz tempo que não saímos e conversamos... Como amigos, é claro!
Lucas fazia muitos gestos durantes suas falas, parecia inquieto, ansioso.
- Tá, acho que pode ser! Só preciso avisar ao meu irmão... - Lottie dá a condição e antes que possa se virar, o moreno se pronuncia.
- Não, vamos logo! Ele nem vai notar que você saiu.
- Como não? Eu preciso avisar. Espera só um segundo.
Rapidamente, Charlotte faz o que havia dito e retorna a porta. Carregando apenas o celular, que ela guardou no bolso da calça jeans.
A dupla aperta os passos até o carro parado no meio fio, e logo estão sentados dentro do veículo, lado a lado. E Lucas vira a chave dando partida, ao mesmo tempo envolve a garota em uma conversa superficial e a leva para em direção ao caos. Ao fim.
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( Se desejar, leia ouvindo "Supermassive Black Hole - Muse" durante este trecho)
As duas mãos de Thomas estavam pregadas ao volante, tão firmemente que suas palmas já suavam deixando a pele avermelhada, assim como seu rosto. Mas sua postura e expressão, estavam tensas, rígidas e firmes.
Seu olhar violento e fixado a estrada, seus nervos a flor da pele. Uma mistura de medo, impaciência e raiva incentivava suas ações.
Totalmente cego para o mundo, porém totalmente obstinado ao seu único objetivo. Pegá-la.
Pisando tão fundo no acelerador, que poderia facilmente, travar o ponteiro que media a velocidade do carro. Sua necessidade de chegar rápido, era muito maior que qualquer limite da rodovia.
- Se continuar correndo assim, talvez a gente nem chegue lá. - Liz alerta em tom de preocupação.
- O que vai adiantar ir devagar Elisabeth? Seria a mesma coisa que correr para não chegar.
- Você sofreu uma overdose, nem deveria estar dirigindo.
- Dá pra calar a boca e focar no caminho? Eu não sinto nada além de ódio agora, então não se preocupa.
A morena se cala, guardando a preocupação para si. Mas sua cabeça ainda está a milhão, tentando assimilar toda história que Tom havia contado. Era difícil entender e aceitar que a melhor amiga teria ido embora, porque foi simplesmente forçada.
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Maybe | Tom Holland
FanfictionNo auge dos seus vinte e poucos anos, Thomas é imensamente reconhecido por ser dono de uma das maiores empresas da Inglaterra. Ele divide seu tempo entre trabalhar e transar com mulheres que não vai lembrar o nome no dia seguinte. Thomas é feito de...