Capítulo 30

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Vamos no carro de Peter até a marina onde o barco do pai de Steve está. Estou sentada no banco do passageiro e Chris e Steve estão no banco de trás do carro.

Mal dobramos na esquina, os dois já estão se beijando de forma quase indecente no banco de trás. Eu e Peter havíamos feito a mesma coisa naquele banco há alguns dias atrás, mas estávamos sozinhos.

Peter olha pelo retrovisor para eles dois e revira os olhos, em reprovação, depois olha para mim e dá o seu sorriso debochado, aquele que eu havia voltado a amar na noite passada.

Enquanto dirige, uma de suas mãos está entre as minhas, no meu colo, e ele a afasta de vez em quando para passar a marcha do carro, depois a põe sobre as minhas mãos de novo.

Sento-me um pouco virada de lado para observá-lo. Ele ficava um charme quando usava óculos escuros. Peter olha para mim pelo canto do olho de vez em quando e sorri. Parecia que estávamos em uma pequena bolha de felicidade.

No som do carro toca uma música latina que não conheço, mas que combina perfeitamente com o clima de praia.

Chegamos à marina onde o barco do pai de Steve está ancorado. Na verdade o barco é uma lancha bastante moderna.

Steve e Chris sobem no barco primeiro, depois Peter me ajuda a entrar, e entra também.

Na parte externa da lancha há alguns bancos acolchoados, onde eu e Peter nos sentamos. Steve vai até o painel de controle e manobra a lancha, dando a partida em direção ao mar aberto. Chris está ao seu lado. Ela olha para mim de vez em quando e sussurra um "Oh meu Deus". Chris poderia se achar muito madura, mas às vezes parecia uma criança.

O plano inicial era irmos Harley e eu com os dois, mas quando Harley descobriu que iriamos em dois casais, desistiu no mesmo instante.

Olho o horizonte, sentindo o vento forte contra o meu rosto. Fecho os olhos e aproveito aquela sensação de liberdade. Peter está sentado ao meu lado, com um dos braços envolvendo os meus ombros.

Quando já estamos um pouco distantes da costa, Steve para a lancha para iniciarmos o wakeboard.

Peter vai primeiro. Ele retira a camisa, veste o colete salva-vidas e fixa a prancha nos seus pés para entrar na água.

- Covey, preste atenção em tudo o que estou fazendo, ok? – ele pede.

- Ok. – respondo, com determinação.

Eu não era mais uma garota medrosa que não conseguia entrar em uma pista de esqui. Eu iria surfar naquela prancha de wakeboard, ou não me chamava Lara Jean!

Peter entra na água, segurando a corda que está presa à lancha.

Steve dá a partida na lancha devagar e começa a acelerar. Peter fica de pé e de repente está surfando, segurando a corda presa à lancha. Parece ser muito fácil enquanto eu o assisto, mas eu sei que era só porque Peter era muito bom naquilo.

Eu o observo, me sentindo orgulhosa. De repente ele dá um salto com a prancha e cai de pé, sobre a água. Me pergunto em qual esporte ele não se dava bem.

Enquanto Peter continua surfando, Chris se aproxima de mim.

- Você e o Kavinsky voltaram, não foi? – ela pergunta.

- Não sei. Acho que... acho que sim. – digo e não consigo segurar um sorriso que se forma no meu rosto.

- E o que você vai fazer quando terminarem as suas férias? – ela pergunta e meu sorriso some instantaneamente.

Para sempre sua, Lara JeanWhere stories live. Discover now