Capítulo 68

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A Dra. Suzan sai da sala e nos deixa sozinhos. Peter me ajuda a me vestir, depois me põe em seus braços e me beija.

Ele está tão contente, que nem parece que há uma hora atrás estava chegando quase desesperado comigo em seus braços na clínica.

- A cadeira de... – digo, enquanto saímos da sala.

- Não precisa.

Dou um sorriso.

- Você é muito bobo, Peter K. – falo e encosto meu rosto em seu peito, enquanto ele caminha comigo até o carro.

Dessa vez Peter me ajuda a entrar no carro com calma e caminha tranquilamente até o banco do motorista.

Ele entra no carro e olha para mim, com um meio sorriso.

- Eu tenho um plano, Covey.

Reviro os olhos e cruzo os braços.

- Qual o plano, Kavinsky? Porque isto aqui não foi nada planejado! – falo com uma das mãos na minha barriga.

- Primeiro eu preciso saber. Você não vai mesmo voltar amanhã para Paris, não é?

- Como vou voltar, se agora, além de você tem outra pessoa decidindo as coisas por mim?! – ele sorri. – Vou ter que adiar a viagem...

- Covey... – ele me olha, parecendo sem jeito. – Você ouviu o que a Dra. Suzan falou? Que esse deslocamento...

- Descolamento.

- Que isso era comum de acontecer nos primeiros três meses.

- Ouvi.

Eu sabia muito bem onde ele queria chegar.

- Você não acha melhor... cancelar a viagem? – olho para ele, me sentindo alarmada. – Digo pelo menos por enquanto, até... até o bebê nascer.

- Mas o meu curso...

- Lara Jean, e se uma coisa dessas acontecer com você lá? Iria ser fácil pra você? Porque eu iria ficar louco aqui!

Não, não ia ser nada bom. Não me imagino passando pelo que eu passei nessa manhã estando sem Peter em Paris.

Dou um suspiro triste.

- Depois nós decidimos isso. – eu falo.

- Não. – Peter diz e pega uma caneta no porta-luvas do carro, depois pega a receita dos remédios que Dra. Suzan havia prescrevido e a vira. – Nós vamos decidir isso agora.

- O que você está..? – começo a perguntar, mas paro quando Peter escreve a palavra CONTRATO no topo da folha em branco. – Não acredito que você está fazendo isso!

- Estou sim. – ele diz, enumerando o primeiro ponto. – Vamos lá! E então? – ele me olha esperando uma resposta.

- Argh! Tudo bem, Kavinsky. Eu não vou voltar! - ele dá um pequeno sorriso enquanto escreve no primeiro ponto "Lara Jean não vai voltar mais para a França". - Pelo menos por enquanto. – eu digo. "Até o bebê nascer", ele acrescenta. - Que droga! – eu digo.

Ele olha para mim.

- Ouça, Covey. Depois que o bebê nascer, a gente pensa como vai fazer para você terminar o curso.

- Depois que o bebê nascer é que eu não vou terminar esse curso mesmo! Em poucos meses você vai estar no time profissional. Como eu vou para lá?

- A temporada dura pouco tempo. Só de dezembro a abril.

- Mas tem a preparação antes. – eu rebato.

Para sempre sua, Lara JeanWhere stories live. Discover now