Para sempre sua, Lara Jean

Capítulo 49

Peter me arrasta, me segurando pela cintura, até um canto da sala. Observo que Ashley continua dançando sozinha no lugar onde estava, e olha para mim com um sorriso travesso. Ela realmente gostava de provocar. Tom se aproxima dela e a beija. Uma das suas mãos descem até o seu bumbum, bem no lugar onde Ashley havia dado um tapa enquanto dançava.

- Você ficou louca, Lara Jean?! – Peter fala quando já estamos afastados das outras pessoas.

- Por quê? Eu só estava dançando! Suas amiguinhas estavam fazendo a mesma coisa e ninguém reclamou... – falo, o encarando.

Ele respira fundo, passando as mãos nos cabelos.

- Vamos embora! – ele diz, me puxando pelo braço.

- Eu não vou embora!

- Ah, você vai sim! – ele diz, me encarando com o rosto a centímetros do meu.

- Não, não vou. Você. Não manda. Em mim!

Não desvio o olhar. Ele solta o meu braço.

- Tudo bem. Vamos conversar, então? – ele pede. Seu rosto está agoniado.

- Não quero conversar com você agora, Kavinsky.

Olho para Ashley. Tom já se afastou e ela me chama com o dedo indicativo para que eu volte para o salão.

No som está tocando Wap da Cardi B. Indecente era uma palavra suave para a letra daquela música.

Afasto-me de Peter e volto para o lado de Ashley. Ela já está rebolando até o chão ao som de Cardi B. Aproximo-me e desço até o chão também. Acho que começo a sentir o efeito das duas cervejas que eu havia tomado.

Eu queria muito ser a mulher daquela música, que não limpa nem cozinha para um homem. Que é dona do seu próprio corpo e do seu próprio prazer.

Alguns garotos se aproximam de nós duas e nesse momento não gosto muito. Levanto-me e um deles encosta o seu corpo no meu, por trás.

Antes que eu tenha qualquer tipo de reação, vejo Peter se aproximando. Ele empurra o garoto para longe de mim e me puxa pelo braço.

Penso que ele vai me levar para um canto da sala novamente, mas ele não faz isso. Peter me suspende nos braços e me joga sobre os seus ombros.

Os garotos ao seu redor gritam e assoviam.

- Me ponha no chão, Kavinsky! – eu grito, me debatendo sobre o seu ombro.

Ele não diz nada. Continua me segurando firme e caminhando comigo sobre o seu ombro.

Vejo quando ele chega até a escada e começa a subir os degraus comigo.

- Me deixe, Kavinsky! Para onde você está me levando? – reclamo, batendo nas suas costas, mas ele não diz nada.

Caminhamos em um corredor. De cabeça para baixo, vejo algumas portas passando por nós dois. Peter vira-se de lado e abre uma das portas.

- Fora! – ele fala com a voz grave.

Vejo um casal passar por nós dois. Como estou de cabeça para baixo, não identifico quem seriam.

Depois que eles saem, Peter tranca a porta e caminha comigo dentro do quarto.

De repente ele me joga sobre uma cama. Não há nenhuma delicadeza no ato, por isso meu corpo quica sobre o colchão.