Para sempre sua, Lara Jean

Capítulo 53

Acordo-me no domingo de manhã com a cabeça sobre o peito de Peter. Embaixo do lençol, nossos corpos estão completamente nus.

Estamos nus, em minha cama, na minha casa, com minha família nos quartos ao lado...

Sinto-me a filha mais rebelde do mundo!

Dou um sorriso e abro os olhos, mas quando levanto a minha vista, observo que ele está sério. Peter acaricia o pulso da minha mão que está sobre o seu peito, observando-o com os olhos estreitos. Puxo o meu braço e o ponho embaixo do lençol.

Sei o que ele está olhando. No meu pulso ainda há uma marca roxa por ele ter segurado minhas mãos com tanta força naquele dia, na fraternidade.

- Não sei o que deu na minha cabeça naquele dia... não sei se foi a cerveja, ou a raiva pela situação... só sei que nunca mais vou fazer aquilo!

- Por quê? – pergunto, olhando para ele.

- Por quê? Porque eu machuquei você! Olha o seu pescoço, Lara Jean...

- Besteira. – digo e me aconchego mais em seu peito.

- Não é besteira! Eu sou o quê? Um animal?

- Eu lhe deixo cheio de marcas direto e você nem liga...

- Mas é diferente!

- E por que é diferente?

- Ah! Porque... porque é diferente e pronto!

Sinto suas pernas se mexendo de forma nervosa embaixo do cobertor.

- Pois eu adorei! – digo, olhando para ele. Ele balança a cabeça de forma negativa, como se estivesse me repreendendo. – E daqui a pouco as marcas desaparecem, você vai ver.

- Sei... – ele diz, parecendo contrariado.

Não importa o que Peter achasse, aquele havia sido um dos melhores sexos da minha vida! Acho que só perdia para a vez em que transamos no seu carro. E olha que nessas férias havíamos ampliado bastante o nosso repertório...

Como combinado no dia anterior, na minha festa, vamos almoçar na casa do pai de Peter. Mas antes de ir para lá, pegamos Owen na casa de Peter para ir conosco.

Owen entra no carro e noto mais uma vez como ele havia mudado. Seus cabelos agora estão num corte repicado moderno, e ele havia esticado um pouco. Lembro-me que havia acontecido a mesma coisa com Peter nessa idade.

- Gostei do cabelo, Owen. Ficou muito bonito. – digo.

Ele olha para mim, pelo retrovisor e pisca o olho.

- Obrigado! – ele diz com um meio sorriso.

Noto que sua voz também está em transição.

Abro a boca, me sentindo chocada, e olho para Peter.

Peter sorri e revira os olhos.

- Adolescentes... – Peter diz.

Dou uma gargalhada.

Agora sim Owen estava parecendo o irmão mais novo de Peter Kavinsky.

Quando chegamos na casa do pai de Peter, já noto as mudanças da entrada da casa. Há uma bicicleta encostada na porta da garagem, mas os irmãos caçulas de Peter não tinham idade para andar naquela bicicleta, então só podia ser do Owen.

Quando entramos dentro da casa, mais mudanças.

Primeiro o pai e a madrasta de Peter nos esperam com roupas bastante informais, muito diferentes de como estavam quando estive ali na última vez, no jantar de Ação de Graças.