Capítulo 37

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Estou deitada no sofá quando ouço um barulho de carro estacionando do lado de fora da minha casa. Alguns segundos depois a campainha toca. Trina ainda está ocupada com as lembranças do chá de bebê, então me levanto e vou atende-la.

Abro a porta e Peter está lá, parado, com a mesma roupa que estava na sua casa, respirando de forma ofegante.

Fico paralisada sem saber o que dizer.

- Oi. – ele diz.

- Oi.

Ele olha por cima da minha cabeça, como se estivesse observando se havia mais alguém dentro de casa, depois olha para mim, então me puxa pela mão para a varanda e fecha a porta da minha casa atrás de mim.

Encosto as minhas costas na parede. Peter se aproxima. Seu rosto está à centímetros do meu.

- Você... você não foi na minha casa para saber se eu estava bem, foi? – ele pergunta. Sinto minhas bochechas corando. Mordo o lábio e balanço a cabeça de forma negativa. Ele estreita os olhos. – Eh... o que você queria, Lara Jean?

Respiro fundo, olhando nos seus olhos.

- Quero que você me pergunte de novo aquilo que me perguntou na casa de praia. O que vou fazer depois que o curso na Belle Conseil acabar.

- O que você vai fazer? – ele pergunta. Seu olhar agora parece ansioso.

- Eu ainda não sei, mas... mas se você quiser... eu quero decidir com você. Só não quero que a gente fique longe um do outro. Quero ficar com você.

Mordo os lábios novamente quando termino de falar.

Peter abre um sorriso enorme no rosto.

Suas mãos seguram o meu rosto e ele me beija. Jogo meus braços em seu pescoço e fico na ponta dos pés, enquanto ele me abraça, me apertando com força contra o seu corpo.

Peter me beija, me beija e me beija...

- Já ouviram falar em atentado ao pudor? – ouço a voz de Kitty enquanto ela passa por nós e entra em casa.

Nos separamos com um susto e sorrimos. Antes de fechar a porta, Kitty olha para mim e pisca o olho.

Permanecemos abraçados por um tempo, com nossas testas encostadas. Nos movimentamos de um lado para o outro como se estivéssemos dançando, mas não há música.

- Não faço ideia do que eu disse ontem, mas se soubesse, tinha enchido a cara antes. – ele diz e dou uma risada em resposta.

- Você disse que me amava.

- Ah, Covey... isso não é novidade.

- E que você sempre corria atrás de mim, mas eu nunca fazia isso por você. - Peter fica sério de repente, e estreita os olhos, como se estivesse forçando a mente a se lembrar. – Mas hoje fui eu quem corri atrás de você! E nem venha dizer que você veio atrás de mim depois, por isso não conta. Não tenho culpa se você não me deixou nem entrar na sua casa!

Ele abre um sorriso e balança a cabeça de forma negativa.

- Desculpa por não ter entendido logo. É que eu sou meio... lento. – ele fala.

- O importante é que você está aqui agora.

Peter ajeita o meu cabelo atrás da orelha e me beija novamente. Seu corpo está tão colado ao meu, me imprensando contra a parede da varanda, que mal consigo respirar.

- Não quer... não quer ir pra minha casa? – ele pergunta.

- Quero.

Abro a porta da casa e ponho apenas a cabeça para dentro.

Para sempre sua, Lara JeanWhere stories live. Discover now