Capítulo 34

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No outro dia à noite estou na sala da minha casa, com Trina, preparando algumas lembranças para um chá de bebê de uma amiga de Trina que aconteceria no outro dia à tarde, e que ela havia ficado encarregada de levar algumas lembranças.

Estamos fazendo pequenas mamadeiras enfeitadas com renda azul clara. Pela cor da decoração, o bebê da amiga de Trina era um menino. Havíamos passado o final da tarde e o restante da noite ocupadas com aquilo.

Se Kitty ainda estivesse nos ajudando, com certeza já teríamos terminado e estaríamos na cama, mas após o jantar ela havia decidido que trabalho noturno seria proibido para menores de idade, então tinha se retirado para o seu quarto.

Olho o relógio da cozinha e vejo que já passa da meia-noite. De repente o meu celular vibra sobre a mesa. Olho o visor e vejo o nome de Peter na tela. Meu coração dá um salto. Pego o celular e o atendo.

- Alô.

- Covey? – ouço a sua voz, e um barulho muito alto ao fundo. – Covey, você está me ouvindo? – sua voz soa um pouco estranha, como se ele estivesse falando um pouco mais lento do que o normal.

- Estou.

- Covey... volta pra mim, volta?! Fica aqui comigo! Não vai embora pra a França não! Eu... eu amo você! – suas palavras saem emboladas e chorosas. – Duvido que esse francês ame você como eu...

Peter estava bêbado.

- Onde você está? – pergunto, me sentindo um pouco preocupada. Sempre odiei quando Peter bebia além da conta.

- Onde estou? Onde não deveria. Num lugar qualquer longe de você.

Respiro fundo e me levanto da mesa. Trina me olha de relance e continua ocupada com o seu trabalho.

- Você está sozinho? Está com alguém?

- Não! – ele fala alto. – Não estou com ninguém! Nada de garotas! Eu pro-me-to! – ele fala de um jeito engraçado. Se não estivesse ficando ainda mais preocupada, conseguiria sorrir.

- Você está de carro? Está dirigindo?

- Não. É o Gabe quem está dirigindo. – respiro aliviada.

- Passe o telefone para ele por favor.

- Por quê? Você não quer falar comigo, é isso?! – sua voz soa chorosa de novo.

- Não. Claro que não é isso. – falo de forma suave, para que ele faça o que estou pedindo.

Ele aparentemente afasta o telefone e fala com alguém. Continuo apreensiva do outro lado da linha.

- Laranjinha! – ouço a voz de Gabe animada ao telefone.

- Gabe, leve o Peter pra casa, por favor. Ele... ele está bêbado!

- Bêbado? Você está bêbado, Kavinsky? – não ouço o que Peter responde. Pela euforia na voz de Gabe ele está bêbado também. – Ele está dizendo que não está.

Respiro fundo, começando a ficar impaciente.

- Gabe, eu estou falando sério.

Gabe não diz nada. Ouço um barulho, como se o celular estivesse passando para as mãos de outra pessoa.

- Quem está bêbado? Eu não estou bêbado! – ouço a voz de Peter falando novamente.

- Vá pra casa, Peter...

- Você quer que eu vá pra casa, Lara Jean? – Peter diz.

- Quero.

- Então vai ter que vir me buscar!

Para sempre sua, Lara JeanWhere stories live. Discover now