Capítulo 47

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Estou na cozinha da casa de Peter batendo claras em neve. Decidi começar fazendo a pavlova que havia montado com Kobbi para saber a sua opinião, afinal seria a minha primeira sobremesa autoral servida em um restaurante.

Peter está sentado em uma das cadeiras da cozinha mexendo no seu celular há um bom tempo. Não pergunto o que ele tanto fazia, pois ele tinha direito à sua privacidade. Não era porque estávamos juntos, que ele teria que começar a me dar satisfação de tudo o que fazia.

Ele se levanta da cadeira e mexe nos armários, depois se aproxima com um avental nas mãos.

- Vai me ajudar? – pergunto.

- Claro que vou! – ele responde, depois se aproxima e me abraça, por trás. – Eu sei cozinhar muito bem, não lembra? Eu até fiz o seu bolo de aniversário no ano passado...

- Verdade.

- E estava bom, não estava?

Dou um sorriso e me viro de frente para ele.

- Não estava ruim... – ele faz um bico, parecendo triste. – Brincadeira! Foi o melhor bolo de aniversário da minha vida.

Jogo meus braços sobre o seu pescoço e o beijo.

- Gostei. Com certeza estava melhor do que o bolo que aquele lá deve ter feito no seu aniversário desse ano.

- Fui eu quem fiz o meu bolo esse ano, seu bobo.

Ele sorri.

- Foi de quê?

- De baunilha com cobertura de battercream e recheio de chocolate com amêndoas.

- Esse você nunca fez pra mim... – ele fala, com seu bico pidão.

- É receita nova.

- Ei! Você podia fazer um desses hoje. Daí a gente podia cantar os parabéns pra você...

Dou uma risada, balançando a cabeça de forma negativa.

- Vou ter dois aniversários esse ano?

- Vai sim. Com direito a soprar as velas e fazer um desejo.

Nesse momento me lembro de que no meu aniversário, após os parabéns, quando soprei as velas não consegui fazer um desejo, pois o rosto de Peter apareceu na minha mente.

- Já ganhei o que pedi no meu aniversário esse ano.

- O que foi? – ele pergunta, parecendo curioso.

Mordo o lábio antes de responder.

- Você.

Peter me olha e não há mais divertimento na sua expressão. Seus olhos estão cheios de promessas não ditas, mas nítidas em seu semblante como uma declaração de amor.

Ele solta o avental que até agora estava em suas mãos sobre o balcão, entrelaça seus dedos nos cabelos da minha nunca e me beija.

Seus lábios, que pela manhã se movimentavam gentilmente sobre os meus, agora me devoram, com direito a mordidas, do jeito que eu gosto.

Ele desamarra o meu avental e o retira, depois abre o meu short.

- As claras em neve... – eu digo. Ainda estou com o fuê que estava utilizando para bate-las na minha mão.

Ele toma o fuê e o joga sobre a pia, depois afasta a vasilha com as claras em neve com a mão. Não sei se haviam sido derramadas, mas com certeza eu precisaria fazer outras, pois estas não ficariam no ponto ideal.

Para sempre sua, Lara JeanOnde histórias criam vida. Descubra agora