Para sempre sua, Lara Jean

Capítulo 46

Logo cedo pela manhã desço até a cozinha para preparar o nosso café da manhã. Estou sentindo uma leve dor de cabeça, mas nada que um analgésico não esteja resolvendo.

Peter continua dormindo no seu quarto.

Era a primeira vez que eu conseguiria levar um café na cama para ele.

Pego a bandeja no armário e ponho os pratos de forma organizada. Já me sinto novamente habituada à cozinha da Sra. Kavinsky.

Preparei um pouco de tudo o que Peter gosta. Rabanadas, panquecas, ovos com bacon. Torradas com um pouco de geleia de framboesa que havia encontrado na geladeira. Uma taça com salada de frutas um pouco modesta, que consegui fazer com as frutas que encontrei. Para beber, faço um cappuccino gelado, do jeito que ele gosta. Se tivesse mais tempo, faria um pouco de chantili para pôr no cappuccino, mas tenho medo de que ele se acorde.

Subo as escadas até o seu quarto, morrendo de medo de tropeçar com a bandeja em minhas mãos. Graças a Deus isso não acontece. Abro a porta do seu quarto com cuidado, tentando equilibrar a bandeja nas mãos, e com muita dificuldade consigo.

Peter continua dormindo, deitado de bruços sobre a cama apenas de cueca. É uma visão bastante privilegiada a que tenho naquele instante.

Ponho a bandeja sobre a cômoda e me aproximo da cama. Sento-me ao seu lado, mas fico com um pouco de pena de acordá-lo.

Aproximo o meu rosto e dou um beijo em seu ombro, depois encosto o meu rosto sobre ele. Peter se mexe e se vira para mim, abrindo os olhos. Assim que me vê, abre um pequeno sorriso.

- Ainda não está acreditando, não é? – pergunto.

- Não. Agora sei que é verdade. – ele diz, enquanto põe a cabeça em meu colo e abraça a minha cintura, com o rosto encostado em minha barriga.

- Tenho uma surpresa. – digo e me levanto.

Ele se senta na cama e vou até a cômoda, depois volto com a bandeja nas minhas mãos.

- Café na cama? Pra mim? – ele pergunta, com um enorme sorriso.

Peter amava ser mimado daquela maneira. Eu iria me permitir mimá-lo um pouco mais a partir de agora.

- Você nunca me deixava fazer isso, então aproveitei que você estava dormindo tão pesado.

Ponho a bandeja em seu colo. Ele aproxima o seu rosto do meu e me beija.

- Está querendo me compensar por ter me deixado na mão ontem, não é?! – ele fala, enquanto roça o nariz no meu pescoço.

Acho que Peter estava muito mais interessado em outra coisa do que no café da manhã que eu havia preparado com tanto carinho.

- A comida vai esfriar, Peter K. – digo e ele sorri.

- Você sabe o que dizem sobre as ostras, não é? Que são afrodisíacas...

Pego uma rabanada e coloco na sua boca.

- Pois nada de ostras para você, Peter K. Você não precisa delas! - Peter dá uma gargalhada enquanto mastiga a rabanada. - Você nem prestou atenção em tudo o que eu fiz... – reclamo, apontando para a bandeja.

- Eu estava olhando pra você. – ele fala e mexe nos meus cabelos, jogando-os para trás.

Eu estava vestida com a sua blusa que ele havia usado na noite anterior e uma calcinha. Eu não me lembrava direito como tinha trocado de roupas antes de dormir na noite anterior, mas me lembrava de que ele gostava de me ver vestida com as suas roupas.