Capítulo 56

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Peter me acorda no outro dia de manhã bem cedo. Abro os olhos e vejo que ele já está arrumado, com uma blusa xadrez e uma calça jeans. Fecho os olhos e cubro a minha cabeça com o lençol.

- Vamos, Covey! A gente não pode demorar...

- Só mais cinco minutos. – peço.

- Eu nem lhe dei trabalho ontem à noite. Você não tem desculpas para querer dormir até mais tarde.

- Estou cansada... – digo. E estava mesmo. Se Peter não tivesse me acordado, eu podia muito bem dormir mais algumas horas facilmente. – Não sei por que essa pressa toda para ir embora, já que hoje você nem tem treino...

- E quem disse que nós vamos para casa?!

Descubro o meu rosto.

- Não vamos? – pergunto.

Peter me encara, com a sobrancelha arqueada.

- Não. Não vamos. Agora levante esse corpinho lindo dessa cama e vá se arrumar. Agora! – ele fala e dá alguns tapas em meu bumbum.

Reviro os olhos, mas me levanto e corro até o banheiro.

Quando volto, Peter está borrifando um pouco de perfume no pescoço.

O cheiro do perfume penetra nas minhas narinas, me causando um pouco de náusea.

- Que perfume é esse? – pergunto, cobrindo o nariz com uma das mãos.

- É um perfume novo que a minha mãe trouxe da viajem. Você não gostou?

- Não. Não gostei nenhum pouco.

Ele se aproxima de mim, mas eu o empurro, ainda tampando o nariz com uma das mãos.

- Sério, Covey?! – ele diz, parecendo aborrecido. – Que merda, hein?! Gostei tanto desse perfume...

- Vai poder usá-lo à vontade enquanto eu estiver em Paris. Mas agora... – falo e balanço a cabeça, de forma negativa.

- Argh! – ele grunhe e sai do quarto.

Enquanto me visto, espero que Peter tenha ido se lavar para retirar um pouco do cheiro do perfume, que parece impregnado no ambiente.

Da próxima vez trago um perfume para ele de Paris, observo mentalmente.


Paramos em uma lanchonete e tomamos café da manhã rapidamente, depois seguimos nosso destino para onde quer que Peter estivesse me levando.

Alguns minutos depois descubro que nosso destino era a cidade de Asheville, que ficava aqui mesmo na Carolina do Norte.

Eu nunca havia visitado Asheville, mas a cidade era famosa por suas atrações naturais, como montanhas e trilhas, e por suas cervejarias. Lembro-me que a cidade também era famosa por ser o refúgio favorito de alguns dos nomes mais influentes da literatura do Século XX, como F. Scott Fitzgerald e Edith Wharton, além de ser a cidade natal de Thomas Wolfe, um dos meus escritores norte-americanos favoritos.

A arquitetura das casas me lembra muito a arquitetura de Paris, assim como o clima mais ameno devido à altitude.

Peter dirige e me olha a todo momento, me observando com um meio sorriso. Eu observo a cidade pela janela do carro, me sentindo feliz como uma criança em uma viagem à Disney.

Ele estaciona o carro em frente a um hotel. É um prédio grande, com quatro andares. Sua fachada é inteira de pedras, o que dá ao hotel uma aparência rústica e sofisticada ao mesmo tempo.

Para sempre sua, Lara JeanWhere stories live. Discover now