Capítulo 61

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O segundo teste de gravidez faço assim como havia feito o primeiro, apenas para confirmar o que eu já sabia.

É isso mesmo, Lara Jean Song Covey, você está gravida!

Eu e Peter permanecemos abraçados no banheiro por um bom tempo. Enquanto eu choro baixinho com o rosto encostado em seu peito, Peter acaricia as minhas costas e os meus cabelos.

- Não foi culpa da gente, Covey...

- Não foi culpa da gente? E foi culpa de quem então?!

- Eu pensava que você ainda estava tomando remédios e você pensava que não estava no período fértil...

- Mas a gente devia ter conversado antes de... antes de...

- Conversado? – Peter diz e dá uma risada. – Você não se lembra como foi naquele dia? Por que eu me lembro...

- Argh!

Levanto o rosto e o fuzilo com os olhos. Nenhuma lágrima. Nenhuma lágrima havia sido derramada no seu rosto. Ele me olha de forma tranquila, como se nada estivesse acontecendo.

- Mas camisinha existe pra isso, Kavinsky. Pra ser usada!

- Sinceramente, Covey, naquele dia você se lembrou disso? Por que eu não me lembrei de nada. Eu só pensava em...

- Eu sei muito bem no que você só pensava! E olha no que deu...

- Agora não tem mais o que fazer. – ele diz, depois beija o meu rosto.

Talvez tenha, penso, mas não digo nada.

Kitty bate na porta do banheiro e aviso que vou sair. Lavo o rosto para esconder os sinais de choro e recolho as caixas dos testes para jogar no lixo. Percebo que só uma das caixas está com o teste dentro.

- Cadê o outro teste? – pergunto, me sentindo apreensiva. Procuro na bancada do banheiro, mas não o encontro.

- Aqui comigo. – Peter diz e o retira do bolso. Tento pegá-lo, mas ele não deixa.

- Peter, eu preciso jogar fora antes que alguém veja.

- Não se preocupe. Ninguém vai ver. – ele diz e o guarda no bolso novamente.

- Que seja... – digo e dou de ombros.

Amasso as caixas e ponho dentro de uma toalha, depois saímos do banheiro.

Kitty não está no corredor, então não nos vê.

Voltamos para o meu quarto. Eu me sento na cama e Peter fica de pé, andando de um lado para o outro, com as mãos na cintura. Eu sei muito bem o que ele está fazendo. Está bolando um dos seus planos infalíveis.

Antes que ele diga alguma coisa, sou eu quem falo.

- Marquei uma consulta para hoje à tarde com a Dra. Suzan.

Ele para de andar e me olha.

- Ótimo. – ele diz, com o rosto sério.

- Você... você vai comigo?

- Que pergunta, Lara Jean. É claro que vou! – ele diz, parecendo aborrecido.

- Ok.

Abraço as minhas pernas.

A única coisa que penso é que a minha vida havia acabado ali, no momento em que Peter havia estacionado o carro naquela rua esquisita no dia da festa de Pammy.

Por que fui para aquela festa? Eu nem queria ir, a Kitty e a Trina quem insistiram...

E depois, por que não neguei a carona de Peter? Por que não o empurrei quando ele me beijou? Por que pulei para o maldito banco de trás do seu carro?

Para sempre sua, Lara JeanWhere stories live. Discover now