Dirijo com cuidado até a casa de Peter, e durante o trajeto imagino como conseguiria tirar um homem desse tamanho de dentro do carro de Margot se ele adormecesse. Aproximo minha mão do seu rosto e levanto a sua franja para ver se ele realmente está dormindo. Seus lábios se curvam em um meio sorriso. Retiro minha mão, mas ele a pega e a põe na sua cabeça de novo. Ele gostava que eu mexesse nos seus cabelos. Eu me lembrava disso.
- Para onde nós vamos? – ele pergunta, ainda de olhos fechados.
- Para a sua casa.
Ele dá um meio sorriso de novo.
- Gostei. Lá você fica mais à vontade.
Não sei nem se você vai conseguir sair de pé de dentro do carro, Peter K. Com certeza não vai ter condições de fazer outra coisa.
Chegamos à sua casa e estaciono o carro de Margot. Desafivelo o seu cinto, mas Peter não reage. Acho que pegou no sono.
Droga!
Olho para ele e olho para a casa.
Desculpa, Peter, mas vou precisar de ajuda para tirar você do carro.
Saio do carro e vou até a sua casa. Toco a campainha e aguardo ansiosa, imaginando a reação da Sra. Kavinsky ao me ver parada à sua porta àquela hora da madrugada. Seu carro está na garagem, então com certeza ela estava em casa.
Boa noite, Sra. Kavinsky! Vim trazer o seu filho que estava caído de bêbado em um bar por minha causa.
Não. Não era a melhor forma de eu revê-la depois de tanto tempo.
A porta se abre e respiro fundo. A Sra. Kavinsky fecha mais o robe de algodão que usa por cima do pijama e olha para mim, piscando os olhos como quem acabava de se acordar.
Então o inesperado acontece. Ela sorri.
- Lara Jean?
- Olá, Sra. Kavinsky. – falo sem jeito.
- Olá, minha querida. – minha querida? – O Peter... o Peter não está.
- Eu sei. – ela olha para mim, parecendo não compreender. – Eh... ele... ele está no meu carro... – falo e aponto para o carro de Margot, estacionado na rua. – Ele ligou para mim e percebi que... ele estava bêbado. Então achei melhor trazê-lo para casa.
O olhar da Sra. Kavinsky fica triste e ela balança a cabeça de forma negativa, como se estivesse cansada.
Caminhamos até o carro e abro a porta do passageiro. Peter continua deitado da mesma forma que estava quando saí.
Aproximo-me dele e viro o seu rosto para mim.
- Peter. – digo, com a mão no seu rosto. – Peter, chegamos. – ele não responde nada. Olho para a Sra. Kavinsky, que respira fundo, e olho para ele novamente. – Peter, chegamos na sua casa. – digo e dou algumas batidas no seu rosto.
Ele abre os olhos e me olha, parecendo confuso, depois sorri e me abraça, encostando o rosto em meu peito, como fez no bar.
- Vamos, filho. Levante! – a Sra. Kavinsky fala.
Peter vira o rosto para ela, como se estivesse surpreso em vê-la, depois sorri.
- Você viu quem voltou para mim, mãe? A Lara Jean... – ele fala e se aconchega mais no meu peito.
Olho para a Sra. Kavinsky, sem saber o que fazer.
A mãe de Peter se aproxima e retira o braço dele da minha cintura. Ele olha para ela, parecendo contrariado. Ela põe o braço dele sobre o seu ombro e o retiramos do carro. Peter a encara de cima para baixo.
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Para sempre sua, Lara Jean
FanfictionO destino infelizmente acabou separando os caminhos de Lara Jean e Peter Kavinsky. Nossa garota Song agora inicia uma nova etapa em sua vida em Paris. Será que sua história de amor com Peter Kavinsky realmente acabou, ou os dois ainda terão uma nova...