Parte 8

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O Sr. Kento estacionou o carro na frente de um prédio, no caminho de volta. Já estava escurecendo. Ao entrarmos, percebi que era um hotel para feiticeiros. Respirei aliviada. Como ia explicar o meu estado e o estado das minhas roupas? Não tinha parado para pensar nisso.

Era um local simples e discreto. O atendente nos direcionou ao quarto e quando entrei reparei que haviam duas camas. Olhei surpresa para o Sr. Kento que pegou a chave do quarto, agradeceu ao atendente e fechou a porta em seguida.

- Não me olhe assim, Srta. Saito. - ele disse de costas para mim - É um quarto por grupo de feiticeiros. A verba não é alta. Ainda temos sorte de eles disponibilizarem uma cama para cada um. - ele foi afrouxando a gravata com aquela mão enorme e retirando o paletó com bastante cuidado para não respingar aquela gosma no chão. Os ombros dele eram largos e ele era muito mais definido do que o paletó deixava transparecer.

Fiquei desconcertada.

- Posso sobreviver! - me virei de costas, peguei uma muda de roupa confortável na mala e me dirigi ao banheiro, batendo os pés para mostrar minha indignação. Nem perguntei se ele queria usar primeiro. Fechei a porta de uma forma meio rude.

Escutei um suspiro e uma risada do outro lado da porta. Sorri debochada.

Após o banho, vesti um shorts de moletom e uma blusinha de alça preta. Estava muito calor naquela noite. Sai do banheiro com o pensamento alto. Por um instante esqueci que o Sr. Kento estava ali no quarto. O peguei fitando meu corpo enquanto eu saia penteando meus cabelos e cantarolando alguma coisa.

Ele estava em pé ao lado da cama dele. Estava limpando seu relógio com um pano. Sua camisa estava aberta e para fora da calça. O seu cinto estava aberto também, mas ainda pendurado na cintura. Era possível ver um pouco do peitoral e do abdômen dele.

- Pode usar, se quiser. - desviei o olhar e tentei falar normalmente, ainda com aquela imagem na minha mente.

- O que? O banheiro? - ele perguntou com sarcasmo, ainda olhando para o meu corpo - Ah sim! Claro! Obrigado!

Ele se dirigiu até o banheiro, pediu licença e fechou a porta.

"É educado quando quer, né, Sr. Kento?", me peguei gesticulando com a boca de forma debochada enquanto pensava isso. Sorri.

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P.O.V: Nanami

"É sério que ela estava sem sutiã?", pensei enquanto fechava a porta do banheiro. Aquela blusinha estava colada ao corpo, seus seios ficaram totalmente moldados e conforme ela andava eles balançavam de forma deliciosa. A blusinha era preta, mas eu vi o bico dos seios dela saltando no tecido. Eu vi! Dei um sorriso idiota, como se tivesse conquistado um prêmio.

"Que comportamento de adolescente, Nanami!", me reprovei em pensamento.

A Srta. Saito era realmente muito sexy. Não tinha como negar que ela mexia com meus sentidos. Naquela fresta, se não fosse a preocupação com as maldições eu não teria me segurado. O corpo dela estava colado ao meu, os seios dela eram tão macios. Eu sentia ela respirar apressada no meu pescoço. Do jeito que ficamos na fresta, ela não tinha como se defender, eu podia fazer o que quisesse com ela ali ...

"Chega Nanami!". Entrei no box e tomei um banho gelado para acalmar os ânimos.

O vazio da morteOnde histórias criam vida. Descubra agora