Parte 37

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O dia passou rápido. Depois da visita ao Nanami, acompanhei o Gojo nas missões da turma do primeiro ano. Me distraí bastante e quando vi, já era noite.

Falei para o Gojo sobre a mensagem, mas não falei ainda sobre as imagens. Ele concordou com minha atitude e me elogiou. Disse que eu estava raciocinando melhor agora. Ele pegou meu celular e ligou o localizador, só por precaução.

"Caso você surte e eu precise ir correndo te acudir!", ele disse como se eu tivesse 5 anos.

De volta à escola, ele me acompanhou até o quarto. Isso tinha virado um costume.

Ele estava seco comigo e eu com ele.

- Você está assim porque eu te pedi para sair do quarto, não é, S/N? - uma hora ele tocou no assunto.

- Sim! Era a primeira visita! Vocês tinham que falar de trabalho? Você foi muito insensível, Gojo! - eu olhei para ele com cara de desaprovação.

- Você só queria ficar a sós com ele, isso sim! - ele esbravejou.

- Gojo, - eu respirei fundo. - eu tenho motivos para estar brava com você, mas e você? Quem não está raciocinando direito agora? Essa sua rispidez toda é ciúmes? - eu o fitei dentro dos olhos, estava enfurecida.

Resolvi encará-lo. Se aquilo era uma crise de ciúmes, eu não ia aceitar ser tratada daquela forma. Ele deu um passo para trás e arregalou um pouco os olhos.

- Para mim, chega! - ele enfiou as mãos nos bolsos e saiu do quarto, sem olhar para trás.

Eu sentei na beira da cama, atônita. O todo poderoso Gojo tinha sérios problemas em lidar com ciúmes? A ponto de não conseguir nem conversar sobre?

O vazio da morteWhere stories live. Discover now