Capitulo 6

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Luisa

As vezes era a única coisa que precisava, o colo da minha mãe. Precisava arrumar minhas malas, coloquei todos os tipos de roupas possível afinal não sabia o que me esperava em São Paulo e precisava estar preparada, não poderia ficar gastando com nada lá. A noite parecia não passar, o relógio havia parado real, as mensagens de Caio e Luana começaram a chegar quando tirei o celular do modo avião e recusei todas. Peguei no sono já era 5h da manhã, o celular despertou as 7h dei um pulo e tomei um banho demorado. Me enrolei na toalha e fiz uma make básica para disfarçar as olheiras, o sol já estava quente lá fora coloquei um vestido que batia na minha coxa e um sapatinho, peguei as duas malas grandes e fui para a cozinha.

Cristina: Tem um super carro te esperando lá fora. — falou entrando com algumas sacolas.

Luiza: Pra mim?

Cristina: Sim, falou que é motorista do senhor Miguel.

Luiza: Não é possível. — segurei o riso e balancei a cabeça.

Me despedi da minha mãe não era fácil, porém seria passageiro estaria de volta em breve, precisava ficar com a Nara esses cinco meses, algo dentro de mim me dizia isso. O motorista do Miguel me levou para a casa de Nara, cheguei por volta das 8h30 e havia um carro maior estacionado colocando as malas no carro e a minha já ficou por lá mesmo, entrei e Nara estava de pé na penteadeira que havia no seu quarto. Ela me olhou pelo reflexo do espelho e abriu um largo sorriso e se virou.

Luiza: Você está triste? Sabe que precisa me contar o que está sentindo, né?

Nara: Luiza, ah minha menina... — ela fez uma pausa e respirou fundo — Sabe que foi a melhor coisa que me aconteceu esse tempo não é? Estou feliz em ficar com os meus netos e com você. Sei que Miguel tem aquele jeito dele, mas não liga tá? — rimos juntas e balancei a cabeça- a beleza dele da um desconto né?

Luiza: Dona Nara. — falei repreendendo e ela riu mais ainda.

Miguel: Qual a graça? — falou entrando no quarto, o seu perfume exalou no ambiente, olhei imediatamente para Miguel e ele estava de camisa social dobrada no braço, uma corrente de ouro fina por baixo, calça e sapatênis. O mesmo olhou para o relógio em seu braço e desviou seu olhar para o meu — Vamos? Já estamos atrasados, o jato está nos esperando.

Nara: Claro, já estou indo. Me esperem lá embaixo por favor. — pediu com educação e assenti saindo do quarto, Miguel saiu logo atrás de mim.

Luiza: Não é fácil pra ela, viveu aqui por tantos anos e deixar tudo para atrás assim.

Miguel: Você é sempre tão exigente assim?

Luiza: Me poupe! — revirei os olhos e passei por ele, sua mão tocou o meu braço e paralisei, olhei para a sua mão e desviei pra ele- algum problema, senhor Miguel?

Miguel: Não baby, vou esperar minha vó aqui, pode ir!

Não respondi, me soltei dele e desci indo em direção ao carro. Bernardo já estava lá, e me juntei a ele ouvindo algumas músicas e dançando brincando, ele era muito meu irmão mais novo.

 Bernardo já estava lá, e me juntei a ele ouvindo algumas músicas e dançando brincando, ele era muito meu irmão mais novo

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