Capitulo 63

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LUÍZA

Davi: Posso? — ele falou deixando o elevador fechar e estendeu a mão para a minha bolsa.

Luiza: Por favor. — falei envergonhada e entreguei a minha bolsa pra ele.

Davi só precisou tirar a minha carteira e meu batom e lá estava meu cartão grudado no canto da bolsa, ele estava sério e concentrado pelo menos era o que parecia. Tirou o cartão e se aproximou de mim para chegar até a porta, ouvi o barulhinho da porta liberando e ele estava perto demais, eu podia sentir a sua respiração. E aquele jeito sério? E aquele olhar misterioso? Nunca havia passado por essa situação e era tão excitante, era libertador poder viver isso pensando apenas em mim ou na verdade não pensar em nada e nem ninguém.

Luiza: Obrigada! — falei quando ele colocou o cartão dentro da minha bolsa sem tirar os olhos de mim.

Ele não disse nada, apenas envolveu suas duas mãos no meu rosto e me beijou. Eu me entreguei, me envolvi com uma pessoa totalmente desconhecida, mesmo de salto precisei ficar na ponta dos pés para alcançar perfeitamente a sua boca e ele foi me guiando para dentro do quarto e fechei a porta. Sem nos desgrudar, sem tirar a boca dele da minha, nossas línguas brincavam e dançavam como se estivesse seguindo uma canção, deslizei minha mão pela tuas costas até chegar embaixo e subir de baixo da sua camisa. O seu corpo definido me fez suspirar, enquanto uma de suas mãos descia pela minha cintura até chegar na minha bunda e claro, ele não pensou duas vezes antes de aperta-lá e me segurar com força me levantando em seu colo, o meu vestido nessa altura do campeonato já estava na minha cintura e minha calcinha molhada so com um único toque dele e pude sentir o suspiro saindo da sua boca, e um gemido tomou conta do quarto quando ele me apoiou na parede e penetrou 2 dedos. Minhas unhas apertaram-o com uma certa força e ele sorriu entre o beijo. Um verdadeiro canalha, um verdadeiro cafajeste e Davi cheirava isso, e eu sabia que seria apenas por uma noite.

E que noite, que sexo, que homem. Gozei e ele gozou. Foi gostoso mesmo com camisinha e olha que usamos mais de uma, eu estava tão bebada, tão chapada que não vi ele saindo do quarto apenas acordei com a luz invadindo o quarto e quando por fim consegui abrir os olhos pude ver os rastros pelo chão do hotel e sua camisa.. sim, sua camisa. Estava vestida com ela e gargalhei enquanto caminhava até o banheiro e me olhei no espelho.

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MIGUEL

A situação com Luiza era mais difícil do que imaginava que seria. Fui embora do buffet me sentindo a pior pessoa do mundo, Sofia foi dormindo o caminho todo no colo da minha avó e quando chegou ela pediu para dormir com ela no quarto e apenas assenti que sim. Fui até o bar da mansão e enchi um copo de wisk, caminhei até a piscina e me sentei na mesma cadeira onde já estive com Luiza por diversas vezes e quando menos esperei Bernardo estava indo na minha direção, também com um copo de wisk, ele sentou do meu lado e quebrou o silêncio.

Bernardo: Luiza, né?

Miguel: O que?

Bernardo: Na tua cabeça, claro. — dessa vez ele falou sério e não riu, não soltou piada, pelo ao contrário meu irmão estava sério e aparentemente preocupado.

Miguel: Afastei a única mulher que amei na vida! — olhei pra ele enquanto falei e desviei o olhar para a piscina.

Bernardo: Não é bem um afastar, conhecendo Luiza e convivendo com ela por um tempo isso se chama dor, machucados. Ela saberia cuidar se fosse físico, mas é mais do que físico. Talvez ela iria preferisse que fosse.

Miguel: Vocês conversaram?

Bernardo: Não. — ele falou ainda me olhando e sério — Mas está na cara dela, perder um filho sinceramente não tenho noção da dor mas ela enfrentou a barra sozinha mano. Mesmo que não tenha sido proposital porque eu sei que você tinha uma responsabilidade que não poderia largar de mão e não te culpo por isso, mas sim olhando pelo lado dela agora que a poeira abaixou.

Miguel: Não sei o que fazer para mudar isso. — senti os meus olhos queimarem e um nó se formando na minha gargantas.

Bernardo: Se tiver vontade chorar, você precisa disso. Você também aguentou essa barra sozinho, precisou fazer escolhas diferente do que você queria seguir e viver, se permita passar e sentir isso, mas entenda mano. — ele fez uma pausa — O tempo está passando, vocês dois precisam enfrentar e encarar a realidade e no meu ponto de vista que conheço os dois, precisam passar por isso juntos.

Não conseguia falar mais nada, não conseguia nem mesmo segurar o choro que eu estava segurando por tanto tempo. Bernardo colocou o copo dele e o meu no chão e me puxou me dando um abraço, um abraço que eu não ganhava desde quando o nosso pai se foi, e foi a melhor coisa que poderia acontecer naquele momento.

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LUÍZA

Desliguei o celular e passei o dia todo em off, havia avisado Mirela pra ela não ficar preocupada. Precisava arrumar as minhas malas e tentar me desligar um pouco, pós a longa noite que tive com Davi precisava de tudo menos encarar ele ou Miguel, mas precisava devolver a camisa dele. Terminei tudo o que precisava e desci para o andar de baixo com a camisa dele passada em minhas mãos, quando cheguei até o número do quarto em que ele estava a porta estava aberta.

Luiza: Davi! — falei antes de entrar e a faxineira do hotel apareceu e me olhou com um sorriso no rosto,

XxX: Senhora este quarto está vazio, será que errou o quarto?

Luiza: Não, na verdade não sei. — tirei uma mecha de cabelo do meu rosto e respirei fundo — A pessoa que estava saiu hoje?

XxX: O quarto foi liberado as 10h. — olhei no celular e já era 14h30 da tarde, engoli seco.

Luiza: Obrigada.

Falei por fim e ela sorrio mais uma vez e sumiu pelo quarto, voltei para o meu para deixar a camisa e desci para almoçar, precisava real pós noite de bebedeira. Fui o caminho pensando porque ele foi embora desse jeito? O que será que aconteceu? E o mais engraçado? Não trocamos números. Ótimo, uma noite deliciosa de sexo com um desconhecido. Me perdi nos meus pensamentos mas voltei rapidamente quando vi Miguel sentado na parte do bar que tem no restaurante, engoli seco e senti um nó na garganta. Era como se ele sentisse que eu estava ali e se virou olhando diretamente pra mim, ele soltou o copo que estava segurando e virou completamente pra mim e caminhei até ele.

Luiza: Oi. — falei sem jeito.

Miguel: Oi linda! — ele falou com aquele jeito que amo e sorrimos juntos — Você sumiu, estava preocupado.

Luiza: Porque não pediu para intefonarem no quarto?

Miguel: Não queria incomodar, você quase nunca desliga o seu celular. — ele passou a mão entre os cabelos — Mas precisava ver se você estava bem.

Luiza: Me desculpa!

Miguel: Porque? — ele perguntou enquanto me olhava sério e atento.

Luiza: Pela bagunça que causei na sua vida, há um ano e ontem principalmente.

Miguel: Linda.. — ele falou com a voz rouca e segurou a minha mão.

 — ele falou com a voz rouca e segurou a minha mão

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