Capitulo 62

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LUÍZA

Nara: Que bom que veio Luiza. — ela falou levantando para me dar um abraço, o que era bem reconfortante já que ela melhor que ninguém sabia de tudo.

Luiza: Mirela me mataria. — eles riram.

Bernardo: E aí princesa. — ele falou me olhando e deu um sorrisinho lindo e eu retribui claro, dei um beijo em seu rosto e agachei no chão ficando na altura de Sofia que estava em seu colo.

Luiza: Oi princesa. — falei com delicadeza e baixinho para ela escutar.

Sofia: Titia. — ela falou batendo palminhas e jogou a cabeça para trás olhando Miguel e ele abriu um sorriso.

Miguel: Lembra dela pequena? — Sofia balançou a cabeça e riu, nossos olhos se encontraram e engoli seco quando ele bateu na cadeira ao seu lado.

Luiza: Titia? — perguntei baixo em seu ouvido quando me sentei ao seu lado.

Miguel: Desde quando ela nasceu mostro nossas fotos pra ela, desde sempre quis que ela soubesse quem era você.

Luiza: E Daniela?

Miguel: Ela me ajudava. — ele falou confiante e abriu um sorriso.

Eu continuei calada, era muita informação. Eu me sentia ridícula no fundo, e envergonhada também. Sera que Daniela fazia isso pra agradar Miguel? Porque ela faria isso? era um misto de sentimentos que no fundo eu sabia que não estava preparada para vivê-los. Mas engoli, engoli seco tudo que estava sentindo naquele momento e fui aproveitar a festa com Enzo. Passei a maior parte do tempo com ele nos brinquedos e em alguns momentos Sofia também estava sempre com Bernardo, era como se Miguel estivesse evitando que visse os dois juntos e isso me doía ainda mais. Depois das fotos e do parabéns foi o momento dos adultos, comecei em uma taça de gin, tequila e finalizei no wisk. Era fácil esquecer de tudo aquele momento, e não queria chegar no hotel e ter que dormir com aquele vazio então o álcool me ajudaria com certeza.

Miguel: Posso te levar para casa?

Luiza: Casa?

Miguel: Sim, o seu quarto está vazio na mansão. Na verdade você deveria ter ficado lá desde quando chegou.

Luiza: Não vou ficar em um lugar onde não me encaixo mais, lindo! — olhei fixo em seu olhar enquanto ele me encarava.

Miguel: Sabe que não é verdade, preciso saber como você se sente. Por favor Luiza!

Bernardo: Miguel, sofi vomitou um pouco deve ter comido muito. — ele fez uma careta e Miguel não tirou o olhar de mim.

Luiza: O seu dever de pai te chama Miguel! — falei friamente e ele balançou a cabeça afirmando e foi até Sofia.

Senti uma pontada e uma raiva tomou conta de mim. Peguei minha bolsa e sai sem ninguém ver, chamei um uber em direção ao hotel. O caminho até o hotel foi tão longo, e para a minha sorte ou não o uber estava ouvindo umas sofrencias tão pesadas que sentia dor na alma. Eu havia bebido tanto, há 1 ano atrás eu não faria isso, eu teria consciência e saberia lidar com tudo, com qualquer situação. Mas há 1 ano atrás, muito tempo né? Aqueles milhões de pensamentos pesavam dentro de mim. Estava tão distraída com tantos pensamentos que quando dei por mim ele estava passando direto pelo hotel.

Luiza: Ei!! A corrida termina aí! — falei alto e ele virou a cabeça para me olhar.

Ele dava medo, confesso. Não tinha cara de boa pessoa, tudo bem que julgar o livro pela capa não é bom. Mas ele? Dava arrepios e o nível de álcool estava tão alto que eu não me dei conta disso e nem de mandar print da corrida pra ninguém.

Uber: Calma gostosa, pensei que poderíamos estender a corrida e...

Não esperei ele falar e quando fui abrir a porta ele deu partida com o carro novamente, consegui abrir a mesma a tempo e me joguei do carro em movimento. A pancada só não foi pior porque ele não estava em alta velocidade, estava sentada no asfalto olhando minhas mãos quando vi ele dando ré, tentei levantar mas foi em vão até que Davi surgiu em um carro parando no meio da rua e foi correndo até mim, os seguranças do hotel vieram rapidamente até que Davi foi até o carro e deu um murro na cara do Uber quando ele foi abrir a boca para cobrar a corrida. Ele voltou até onde eu estava como se nada tivesse acontecido e com delicadeza me ajudou a levantar, ele olhou os poucos ralados que ficou no meu braço e falou algumas coisas com os seguranças que eu não entendi muito bem. Eu odiava beber, eu passei a não ter controle mais dos meus atos e isso era perigoso. Ele entrou comigo no elevador, e quando a porta fechou nos encaramos.

Luiza: Obrigada! — por fim consegui falar.

Davi: Estou aliviado de ter chegado a tempo. — ele falou e se aproximou de mim, senti que prendi a respiração por alguns segundos e continuei a encara-lo — Você não quer mesmo ir para o hospital fazer um raio x?

Luiza: Não. — falei rápido demais, não queria que ninguém soubesse desse episódio — Estou bem, sou enfermeira e saberia se algo estivesse errado.

Davi: Olha só... — ele falou e abriu um sorriso — Com uma enfermeira dessa eu iria querer estar na emergência quase todos os dias.

Não teve como não rir, encostei a cabeça no espelho do elevador e percebi que meus movimentos estavam em câmera lenta, na verdade Davi estava. Olhei para o lado e ele havia colocado apenas o meu andar e logo o elevador abriu, ele parou no meio para segura-lo enquanto estendia a mão para pegar a minha, estendi retribuindo o gesto e sai do elevador. Fiquei procurando o cartão na minha bolsa mas estava difícil de achar, me virei pra ele.

Luiza: Pode ir eu... — fiz uma pausa para respirar — Vou sentar um pouco e procurar o meu cartão. — ri de nervoso e ele abriu um sorriso.

 — ri de nervoso e ele abriu um sorriso

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