Capitulo 68

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LUÍZA

Eu sinceramente não queria que ele morresse, e sim que sofresse na cadeia por tudo o que fez. Principalmente com Miguel, sabia a dor que ele carregava em ter que ser um "corrupto" para prender o assassino do seu pai. O homem que foi comprar o que eu precisava estava demorando, então tentei dar o meu jeito como uma boa enfermeira e ele foi acordando aos poucos, Davi não saiu dali 1 segundo se quer, observou cada passo e movimentos meu e se aproximou do derick quando ele acordou.

Derick: Obrigado por não deixar essa garota me matar maninho. — falou olhando pra Davi e ignorando minha presença ali.

Irmão? Sério isso? Terminei naquele momento e agradeci a Deus quando Davi segurou em meu braço para me levar dali, quando chegamos no corredor me soltei dele e olhei em choque para a cara sinica dele.

Luiza: Então foi tudo uma mentira aquela semana né? Os encontros por puro destino. — falei fazendo cara de nojo e ele me olhou nos olhos dessa vez — E aquele dia? — balancei a cabeça rindo.

Davi: Você ama Miguel, porque isso importa?

Luiza: Você me usou, você é um...

Davi: Você ama Miguel, porque isso importa? Fiz o favor de te deixar viva e não tinha sido essas ordens que eu recebi.

Luiza: Do que adiantou? Se agora vai fazer o seu trabalho bem feito.

Fui andando na frente e pude ouvir os passos dele atrás de mim, parei na porta do quarto onde estava mais cedo e o mesmo abriu a porta. Não dissemos uma palavra, entrei e ele trancou a porta novamente me deixando lá sozinha. Um filme passava na minha cabeça. Tudo o que aconteceu aquela semana, a noite em que estava péssima com Miguel e transamos como se não houvesse amanhã. E Miguel e na nossa noite juntos! Minha cabeça estava uma confusão, sera que ele já sabia que tinha algo de errado? Já era noite e aquela sensação de enjoo e estômago embrulhado não me deixava um minuto se quer.

Dois dias se passaram, e a meu reflexo no espelho era o pior. As olheiras estavam gritando, sentia como se tivesse ali por meses, Davi não apareceu no segundo dia e confesso que senti medo por isso de certa forma me sentia tranquila em ele estar lá por perto, não sei o porque mas eu sentia isso. Um dos homens deles me olhava tão estranho, as vezes parecia que ele queria me dizer algo mas sem oportunidade para ficar comigo a sós. Acordei e fiquei na cama, não me sentia bem, boca enchendo de água como se fosse vomitar, uma dor de cabeça e uma leve cólica. Estava sem meu celular e não tinha nem como ver quando havia sido o meu último ciclo, senti uma pontada no peito. A porta abriu e era o mesmo homem de ontem, ele colocou uma caneca com café e um pão na chapa que o cheiro tomou conta do quarto, era tudo o que precisava, foi o tempo de sair rápido da cama e pegar uma sacola que estava na cabeceira da cama e vomitei tudo ali. Ele ficou parado me olhando mas não disse nada, apenas saiu me deixando lá sozinha. No fundo eu sabia que havia algo de estranho, mas eu não queria ver, não ali e agora nessa situação.

Passei boa parte da manhã me sentindo mal, não consegui mexer no café da manhã e o mesmo homem voltou para me levar até derick e fazer seu curativo. Havia conseguido remover a bala, mas estava muito infeccionado e ele sentia dor isso estava na cara dele e o mesmo fazia de tudo para tentar não mostrar, o que estava sendo em vão.

Derick: Porque isso não está resolvendo? — falou enquanto entregava um dos antibióticos pra ele.

Luiza: Porque hoje é o terceiro dia que você está tomando, será? — falei rápido demais e ele respirou fundo, pude ver a raiva em seus olhos e engoli seco.

Davi entrou com o almoço do irmão e aquele cheiro, meu Deus aquele cheiro. A primeira coisa que vi foi um lixo próximo da cama onde derick estava e corri até lá, todos ficaram me olhando e Davi me observou atentamente até eu terminar de vomitar, ele foi até onde eu estava e pegou o lixo da minha mão.

Davi: Vou te levar pro quarto. — estendeu o lixo para um dos homens.

Derick: Ela precisa fazer o que veio fazer aqui de fato Davi, não da pra você ficar bancando o preocupado.

Davi: Como ela cuida de você estando assim? — eles se olharam — Não estou preocupado com ela, e sim com você. — falou por fim e eu tive vontade de rir na cara dele.

O mesmo saiu comigo mas sem encostar um dedo em mim, fomos caminhando em direção ao quarto e ele abriu a porta entrando junto comigo.

Davi: É a segunda vez que você vomita hoje

Luiza: Como você sabe?

Davi: Tenho olhos e ouvidos por toda mansão Luiza, não esquece disso. — falou irritado.

Luiza: Que dia é hoje?

Davi: 6!

Luiza: Preciso de um teste de gravidez. — falei por fim e ele arregalou os olhos.

Davi: E sério isso? Só o que faltava Luiza. — andou pelo quarto e deu uma risada nervosa.

Luiza: Por favor só quero tirar essa neura da minha cabeça, posso não estar menstruando por estar nervosa e estressada com tudo isso.

Davi: Não fala sobre isso com ninguém aqui! Te trago até a noite.

Ele falou e saiu batendo a porta, corri pra cama e chorei, chorei sentindo todo peso daquilo que estava vivendo naquele momento. Por querer falar com Miguel e querer que ele estivesse presente naquele momento e aquilo doía tanto.

 Por querer falar com Miguel e querer que ele estivesse presente naquele momento e aquilo doía tanto

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