De enfermeira em um hospital particular renomeado de Belo Horizonte, para ser enfermeira de uma senhora em uma mansão em São Paulo. Foi quando conheceu Miguel, quando sua vida mudou do avesso, e descobriu que o avesso era sua melhor versão.
Classif...
O caminho até a mansão foi bem tranquilo, viemos conversando sobre a delegacia, Chicago e sobre a nova aquisição do Jota e Mirela. Eles compraram uma casa aqui no condomínio, pensando na segurança deles e do Enzo principalmente.
Miguel: E vocês se mudam quando?
Jota: Queria até antes do aniversário do Enzo mas acredito que não vai dar viu. — ele suspirou — Não lembrava como mudança é ruim. — rimos.
Miguel: Bom agora estou por aqui, após o aniversário do Enzo caímos pra dentro então.
Jota: Demorou!
Chegamos na mansão e minha avó nos recebeu, Sofia reconheceu ela e foi uma emoção. Bernardo também estava lá e aquele sorrisinho em seu rosto eu já sabia o que ele iria falar.
Nara: Vocês dois não comecem em? — falou enquanto levava Sofia do meu colo, a mesma abriu os bracinhos sorrindo para a bisa.
Tirei o dia para descansar, aproveitei que minha avó e Bernardo estavam com energia para gastar com Sofia. Ela iria fazer um ano mas era tão esperta, tinha tanto orgulho da minha pequena.
Acordar e ter aquela mesa de café da manhã farta era o que mais estava precisando, acabei dormindo direto acordando só no outro dia. Sofia já estava se acostumando com a casa, ela abriu um sorriso ao me ver descer as escadas "papa" ela repetiu algumas vezes e senti meu coração disparar. Quando foi que me imaginei vivendo isso? Minha vó olhava emocionada e dei um beijo em sua testa.
Nara: Já falou com Luiza? — ela moveu os olhos para me olhar com um sorrisinho bobo e eu ri.
Miguel: Estava demorando né dona Nara. — coloquei café em minha xícara e balancei a cabeça negando. Ainda não nos falamos.
Nara: E como se sente?
Miguel: Bem, e ansioso confesso. — ela abriu um sorriso e eu ri — Marquei de ir na casa nova do Jota levar um amigo que trabalha com piscina pra ver o espaço.
Nara: Deixei Sofia aqui. — ela sorrio — Estamos nos dando muito bem né princesa da vovó. — falou com voz fofa fazendo Sofia sorrir.
Queria que Daniela voltasse para o Brasil, aqui tudo seria mais fácil. Querendo ou não esse vai e volta para Chicago, fazer Sofia ficar horas em voo não era bom principalmente nessa idade dela. Mas era algo que estávamos conversando, precisávamos entrar em um acordo.
. . LUIZA
Rolei pela cama a noite inteira pensando em Miguel, ela provavelmente já estava em São Paulo mas o meu orgulho não falava comigo e sim gritava. Após longas horas de insônia consegui pegar no sono e acordei com o celular tocando, olhei no visor e era Mirela.
📲LIGAÇÃO M: Luiza! — ouvi e ouvi Enzo falando mama no fundo e ri.
L: Bom dia flor do dia. — falei bocejando e ela riu.
M: Á noite foi boa? São 11h da manhã em.
L: Queria mas não. — levantei da cama caminhando até a janela, abri a cortina e entrou um sol de queimar no quarto do hotel.
M: Se caso você não tiver nenhum compromisso, preciso de um favorzão.
L: Claro Mi, estou disponível.
M: As lembrancinhas do aniversário atrasou e preciso buscar minha mãe no aeroporto, você consegue ir na casa nova pra mim? vai chegar alguns móveis e jota vai se atrasar. — imaginei ela revirando os olhos e segurei o riso.
L: Claro que eu vou, só vou tomar um banho e chamo um uber.
M: Você vai me salvar amiga, te pago o jantar hoje à noite em qualquer restaurante que você quiser.
L: Aí você falou a minha língua. — rimos — Vou te avisando, um beijo. — FIM DA LIGAÇÃO —
Tomei um banho rápido e sai enrolada na toalha enquanto escolhia algo pra vestir, passei um hidratante e coloquei um macaquinho solto nas coxas como se fosse um vestido, uma sandália sem salto e confortável e peguei minha bolsa. Enquanto descia pedi um uber, cheguei no hall do hotel e avistei um homem entrando, ele falava no celular estava de óculos escuro, aparentemente bonito e forte, ele passou por mim me encarando e retribui o olhar. Voltei a real quando um barulhinho tocou no meu celular e era avisando que o motorista já estava lá.
O hotel era próximo da mansão, Mirela havia comentado que compraram uma casa lá por ser um condomínio fechado e mais seguro. O medo que eu estava de encontrar Miguel por lá não estava escrito, o motorista entrou comigo no condomínio e me deixou em frente a casa de Mirela. Era enorme e algumas coisas apenas iriam ser reformadas, desci e a porta estava aberta então entrei. Olhei todos os cômodos, era uma casa ideal para eles três, na verdade logo seria quatro porque ela me contou dos planos deles de engravidarem. Meu celular tocou e era do hospital, fui para o último quarto para atender. Ouvi vozes no andar de baixo e rapidamente fui até lá para ver mas parei no meio do caminho, paralisei ao ouvir a voz dele. A risada, cada barulho que saia daquela boca gostosa me fazia delirar.
Miguel: Luiza! — falou surpreso, olhei para a escada no último de grau e ele estava com mais dois homens.
Luiza: O.. oi! — gaguejei até que saiu e ele abriu um sorriso largo e bonito.
Ele não havia mudado nada em 12 meses, pelo ao contrário. Estava um pouco mais malhado, bonito como sempre e um pouco de olheiras como a de um pai e policial, na verdade delegado.
Miguel: Já encontro vocês na parte da piscina. — falou para os dois homens enquanto eles saiam, desci as escadas, ele me encarou em cada degrau que pisava e senti minhas bochechas corar — Essa sua timidez não muda né. — ele riu e eu fiz careta.
Luiza: Vou precisar concordar com você. — ficamos cara a cara e ele segurou minha cintura me puxando para um abraço.
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