Capítulo 15

1.4K 89 3
                                    

Audrey Bertinelli

Espera... eu ouvi bem?

Vai ficar me encarando com essa cara ou vai dizer algo?— Ouvi James me perguntar, me forçando a sair do transe.

Eu o encarei surpresa, antes de abrir um sorrisinho malicioso.

— Quer dizer que irá comigo?— Perguntei, sorrindo de lado.

— São ordens do seu pai. Achou mesmo que viajaria sozinha?— Ele arqueou as sobrancelhas.

— Por um instante pensei que eu iria ficar na carência— Sorri de canto.

— Tenho certeza de que há russos que podem se interessar por Audrey Bertinelli— Ele disse me olhando.

— Tem razão. Mas não posso. Então terei que me contentar com você— Dei um sorrisinho malicioso.

— Não vai conseguir o que quer. E afinal, por que quer tanto isso?— Ele arqueou a sobrancelha— É irrelevante. Pretende fazer uma lista de funcionários com quem dorme ou coisa parecida?

Revirei os olhos.

— Não. É claro que não, James— Eu disse encarando ele.

— Então por que quer tanto sentar em mim?— Ele perguntou em meu ouvido dando ênfase.

— Porque... bem, já se olhou no espelho? Você é muito gostoso!— Ele revirou os olhos— Quando eu coloco os olhos em alguém e ele me interessa, quero sentar. Mesmo que por uma noite.

— Por acaso sou um prêmio agora?— Ele perguntou, sério— Não vai me usar para se satisfazer.

— Ora, James. Posso satisfazer você e me satisfazer. Não haverá problema nisto— Mordi o lóbulo da sua orelha. Segui em direção à porta e me virei para ele.— Que tal me apresentar à sua mãe? Preciso agradecê-la pelo Deus grego em minha frente.

— Você é muito abusada— Ele murmurou.

— Falando sério, eu só quero saber como ela é. Sou uma pessoa curiosa— Disse o olhando.

— Não bastava me perguntar?— Ele perguntou cruzando os braços.

— Não— Eu disse.

Na verdade, não estou tão interessada em saber sobre a mãe dele. Quero saber dele. Conhecer os seus motivos para ser tão frio e grosso. Quem sabe ele me mostre sua noiva... urgh, eca.

— Eu não posso mostrar a você minha mãe— Ele disse soltando um suspiro, descruzando os braços.

— E por que não?— Arqueei a sobrancelha.

— Ela está internada em uma clínica, Audrey— Ele disse, colocando as mãos nos bolsos.

Sua voz mostrava dor.

— O que houve com ela?— Me aproximei devagar dele.

Ele parou, receoso. Seu peito subia e descia.

— Ela... tem um tumor— Ela desviou o olhar de mim.

— Que tipo?— Perguntei, cuidadosa.

O Meu Guarda-costasWhere stories live. Discover now