Capítulo 86

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Audrey Bertinelli

Chris e eu permanecemos ali, até irmos levar os meninos para Liz e Owen. Henry não dormiu, já Liam, estava em um sono tão profundo que não quis acordá-lo. Mas não teve jeito, ele acordou assim que Christopher o colocou na cama de Liz. Ele costuma ficar manhoso quando é acordado, mas desgrudou do meu pescoço quando Owen prometeu que iria pedir comida. Eu tentei dizer que queria meus filhos saudáveis mas foi inútil. Ele disse que iria pedir pizza e não importava o que eu dissesse, já que os meninos não comem muito isso.

Chris nem se deu o trabalho de tentar me ajudar, ele sabia que era inevitável. Liz e Owen pensam igualzinho. Só estou surpresa por estarem aqui ao invés de estarem transando. Tenho a impressão de que não se trata apenas de férias.

Quando Chris e eu retornamos à nossa suíte, eu fui me trocar. Estava na hora de irmos e eu ainda precisava me trocar. Eu vesti um vestido longo claro, calcei uma sandália e preferi deixar meu cabelo solto. A maquiagem, leve. Prefiro algo mais suave.

Christopher estava sentado na cama, conversando com Oliver ao telefone. Eu juro que a relação dos dois está melhor já faz um tempo. Eu ainda não gosto dele e nem vou gostar. Mas, Oliver mudou, não é mais aquele homem que transou com a noiva do irmão. Christopher se levantou, antes de caminhar em minha direção, enquanto falava ao telefone.

— Onde está indo? — Perguntei, antes que ele desse mais um passo em direção ao closet.

— Me trocar? — Ele disse, usando um tom obvio. Chris franziu o cenho quando eu o encarei. — O que foi?

— Você não vai se trocar. — Disse, o olhando. — Temos que ir. Eu disse: "nada de telefones". — Eu peguei o telefone de sua mão.

— Quando disse isto? — Ele questionou, confuso.

— Agora. — Respondi, jogando o telefone na cama. — Além do mais, não vai trocar essa bermuda por uma calça.

— Em que momento a minha vida se resumiu à você mandando em mim? — Ele questionou, me olhando.

— Desde que nos casamos. — Disse, dando um selinho nele.

Ele pressionou os lábios, antes de concordar.

— Está bem. Podemos ir? — Ele perguntou, me olhando.

— Sim. — Eu assenti em concordância.

— Espere, isto... — Ele abriu minha bolsa antes de pegar o telefone. — fica. E isto também deveria... — Ele disse, segurando a minha arma. — Quando ia me contar que estava com isso dentro da bolsa?

— Bem... você não perguntou. — Eu encolhi os ombros.

— Audrey... — Ele me olhou sério.

— Ok, antes de começar, ela está com a trava de segurança, descarregada, sem cartucho e os meninos não ficam perto. — Eu disse, o olhando.

Ele abaixou a cabeça antes de respirar fundo.

— Eu acho que não preciso repassar as suas "regras de proteção com os nossos filhos", ou preciso? — Ele questionou arqueando a sobrancelha.

— Você sabe que não. Eu criei. — Disse, o encarando.

— Tudo bem... Não vou começar uma discussão agora. — Ele disse, soltando um suspiro. — Sem brigas, lembra? — Ele disse, antes de beijar minha testa. — Está bem, vamos.

Eu concordei, antes de sairmos da suíte. Chris e eu seguimos até a praia, eu havia reservado uma mesa para nós dois assim que reservei nosso quarto. A mesa estava com uma toalha vermelha, velas e uma garrafa de vinho. Ficava em uma calçada, em frente ao oceano. A noite estava tão clara quanto o dia. A luz da lua deixava o clima mais aconchegante. Chris e eu nos sentamos em nossa mesa. Ele permaneceu sentado ao meu lado, não em minha frente, permanecendo em silêncio, enquanto observava o oceano em nossa frente.

— Você está bem? — Perguntei, antes de acariciar sua mão.

Ele respirou fundo, antes de assentir e me olhar.

— Eu estarei bem se estiver com você. — Ele disse, suavemente.

Eu sorri, levemente antes de me aproximar e o beijar suavemente.

— Não ouse usar essa frase para me despistar. — Eu sussurrei, olhando em seus olhos.

Ele desviou, sorrindo de canto, antes de balançar a cabeça.

— Acho que faz um tempo que não observo o mar com você. — Ele disse, acariciando minha mão com o polegar. — Não me lembro de quando foi a última vez.

— Está dizendo isso por que quer que eu lembre você. — Disse, o olhando com um sorrisinho lascivo.

— Bom, esta é a única opção. — Ele disse, me olhando.

O garçom trouxe nossos pratos para o jantar. Havia uma lagosta, com molhos e arroz de maçã com camarão. Chris ainda parecia incomodado com algo, mas não quis me dizer durante o jantar. E mesmo com taças de vinho, ele não abriu a boca.

Nós decidimos caminhar pela praia. Eu apenas achei que ele precisasse disso e eu também. Estávamos descalços e a agua tocava nossos pés o suficiente para não molhar meu vestido.

— Isso é bom, sabia? — Eu comecei, assim que ele me envolveu em seus braços. — Nós dois, na praia durante a noite. Eu gosto de quando temos tempo de sobra.

Ele escondeu a cabeça na curva do meu pescoço.

— Temos tempo, mas, na maioria das vezes, estamos exaustos. — Ele disse, suavemente. — Ou com os meninos por perto.... — Ele sussurrou, beijando a minha bochecha.

— Bom, esta noite estamos a sós. — Disse, me virando para ele.

— É? — Ele deu um sorrisinho, abraçando a minha cintura. — Então... acho que é melhor aproveitar.

Eu dei um sorrisinho, antes de abraçar seu pescoço e o beijar carinhosamente. Christopher me derrubou na areia. E eu garanto que teria brigado com ele se não tivesse me interrompido com um beijo.

— Eu vou descontar isso em você depois. — Disse, entre beijos.

— Eu lhe garanto que estou ansioso por isto. — Ele disse, antes de descer os beijos para o meu pescoço.

— Eu realmente espero que não pretenda fazer amor na praia com uma chance enorme de sermos vistos. — Eu disse, entrelaçando meus dedos em seus cabelos.

— Eu ainda não tinha pensado nisto. — Ele disse, passeando sua língua por todo o meu pescoço.

— Christopher, é melhor não começar isso aqui. — Eu puxei seus cabelos.

— Você quer subir para o quarto?— Ele perguntou, em meu ouvido.

Eu dei um sorrisinho malicioso.

— Podemos subir e ter privacidade. — Eu disse, o olhando. — Há fotógrafos por todos os cantos neste lugar, é melhor não ver uma foto nossa exposta por aqui.

Ele concordou, antes de sair de cima de mim e me ajudar a levantar. Eu dei um sorrisinho, antes de entrelaçar meus dedos nos seus e o puxar em direção ao hotel.

O Meu Guarda-costasWo Geschichten leben. Entdecke jetzt