Capítulo 63

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Audrey Bertinelli

Eu me virei depressa. E assim, vi meu pai e minha mãe parados nos encarando.

Maldita hora que dei uma chave cópia à eles.

Eu pigarreei.

— O que vocês... o que fazem aqui à essa hora?— Perguntei.

— Pensamos que um café da manhã em família— Minha mãe disse.

— Mas pelo visto está bem acompanhada— Meu pai cruzou os braços antes de encarar Chris— E seminua. O que é isso no seu pescoço?

Meu coração acelerou.

— Nada...— Menti.

Droga, Chris...

Cobri meu pescoço com a mão.

— Não achei que fosse ver vocês agora...—Cocei a cabeça desajeitadamente— Mas... e se formos tomar café da manhã todos juntos?

— Vocês estão juntos agora?— Ele perguntou sério.

— Quanta indiscrição, César— Minha mãe o censurou.

Eu dei um sorrisinho de canto, antes de me encostar em Christopher.

— Estamos— Respondi.

— Você e eu vamos ter uma conversa depois— Papai disse encarando Christopher.

— Está bem...— Ele assentiu.

— Será que vocês dois podem ir se trocar e vestir roupas adequadas?— Ele questionou.

— Estamos indo. A gente já volta— Disse puxando Christopher até o quarto.

Eu não ia deixá-lo sozinho, porque se bem conheço meu pai, ele teria um questionário pronto e muitas ameaças à fazer. Ainda está cedo para isso. E ainda tenho que brigar com ele por causa do chupão que com certeza ficou na minha pele.

Assim que me olhei no espelho, notei o chupão. E era enorme.

— Você- você me marcou?— Questionei o encarando— Que droga...

— Não me culpe pela sua pele sensível...— Ele disse, beijando o meu pescoço.

— Poderia pelo menos ter me avisado...— Sussurrei, inclinando a cabeça levemente.

— Eu não notei, desculpe. Mas você não me parece incomodada com isto— Ele disse, afastando o meu cabelo, mordiscando a pele do meu pescoço.

— Eu estou, acredite. Eu já disse que não deveria deixar marcas no meu pescoço, amor— Estremeci.

— Você não reclamou ontem— Ele disse— Desculpe por isto.

— Eu vou cobrir com maquiagem depois, mas agora, eu preciso de um banho— Disse, me virando para ele.

Abracei seu pescoço, enquanto ele fez o mesmo em minha cintura.

— Está bem— Ele disse, concordando.

— Está com medo de César Bertinelli?— Arqueei a sobrancelha.

O Meu Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora