Capítulo 72

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Christopher James

Venham comigo— César disse aos seguranças assim que saímos para o jardim.

Nós entramos em um SUV preto. Oliver, César e eu estávamos no banco de trás, enquanto os seguranças estavam nos bancos da frente. Os dois seguranças era quase do meu tamanho, fortes e morenos. Eles estavam bem armados, com M16. Não sei como ele tem tanto acesso à armas militares, mas não é algo que eu me atreva a perguntar.

Seguimos até o prédio em que Oliver disse que estava o carro dela. Era um dos prédios da Gucci, uma das marcas que Audrey é embaixadora.

O seu carro era o único que estava estacionado em um canto. Nós nos aproximamos devagar. O carro estava destrancado. Eu o vasculhei mas não encontrei nada.

— Senhor, encontramos isso— Ouvi um dos seguranças dizer.

Quando me virei, vi o telefone e a bolsa dela na mão deles. Perdi o ar, outra vez.

O que Anthony quer?

O telefone estava quebrado, mas a bolsa nem sequer havia sido tocada.

— Onde encontraram isso?— César perguntou, pegando as coisas cuidadosamente.

— Em uma lixeira próxima ao elevador— Um deles disse.

— Certo...— Ele observou a bolsa.

— Não há nada no carro. Nem dentro, nem fora. Mas o pneu está furado. Deve ter um estepe no porta-malas— Disse o olhando.

— Eles realmente não queriam que ela saísse daqui— Oliver disse, olhando para uma parede— Pena que não são tão inteligentes— Ele apontou para uma câmera escondida no canto escuro.

— Eu não tinha visto esta câmera— Disse, coçando a cabeça.

— Você costumava ser mais calculista, maninho— Ele disse me olhando— Eu preciso emitir um mandato para poder vasculhar as filmagens do prédio.

— Não vou esperar a porra de um mandato— César disse, engatilhando a arma.— Vamos encontrar a sala de controle do prédio— Ele disse, seguindo até o elevador com os seguranças.

— Ele não é muito paciente, não é?— Oliver questionou.

— Não. E não gosta de muitas perguntas também— Disse, antes de seguir até as escadas.

Oliver e eu subimos até o térreo pelas escadas. Não havia ninguém lá, apenas um guarda noturno.

César se aproximou dele, junto com os seguranças armados.

— Em quê posso ajudar...?— O guarda perguntou, olhando para César.

Diria que ele se assustou com os seguranças e um homem aparecendo do nada em um prédio vazio às três da manhã.

— Está sozinho?— César perguntou.

Ele não respondeu.

— Descubra se há outro guarda— César ordenou.

Um dos seguranças saiu, para vasculhar o andar.

O Meu Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora