Capítulo 70

706 47 4
                                    

Christopher James

Eu estava confuso e assustado. Não sei como Anthony a pegou. E não sei como encontrá-la. Me recuso à ver aquele vídeo novamente, mas sei que preciso ver. Preciso descobrir onde ela está. Preciso de uma mínima pista de como encontrá-la.

— É bom que esteja pensando em como encontrar a minha filha e acabar com aquele desgraçado. Porque, caso contrário, eu vou acabar com vocês dois— César avisou, assim que retornou.

— Precisamos de mais pistas para encontrá-la— Disse, o olhando.

— Temos que descobrir onde ele a pegou— Ele disse, antes de pegar o telefone.

— O que está fazendo?— Perguntei.

— Avisando a polícia— Ele respondeu, ríspido— É a minha filha.

— Eu quero Audrey de volta, tanto quanto você. Mas se envolver a polícia nisto e Anthony abrir a boca, tudo vai se voltar contra você. Sabe disto— Disse o olhando, preocupado.— Temos muita coisa para lidar. E Audrey vai querer o pai dela por perto quando a encontrarmos. Porque vamos. É apenas questão de tempo— Disse, firme.

— É por isso que eu tenho policiais à meu favor dentro da delegacia— Ele disse.

— Não todos— Disse o encarando.

Ele bateu o telefone com força contra a mesa.

— Sugere que eu faça o quê? Que me sente aqui enquanto aquele psicopata está colocando as mãos sujas na minha filha?!— Ele me encarou irritado— Se não vai fazer nada, não permaneça em meu caminho. Ou você vai me conhecer, de verdade— Ele disse, rígido com os olhos furiosos em mim.

Eu engoli em seco.

— Que gritaria é essa?— Ouvimos alguém perguntar.

Quando olhamos, vimos Donna. Ainda de pijama e com uma cara de quem havia acabado de acordar. E considerando a situação em que estamos agora, essa é a pior hora para ela aparecer.

— Eu fiz uma pergunta aos dois— Ela cruzou os braços contra o peito, nos encarando.

— É trabalho, querida— César respondeu, rápido.

— É mesmo?— Ela nos olhos desconfiada— E por que Christopher está aqui às duas da manhã ao invés de estar dormindo?— Donna se aproximou de nós com uma cara nada boa.

— Eu...hã... tínhamos que conversar— Respondi.

— Eu perdi o sono e por coincidência, encontrei ele correndo pela nossa calçada— César disse.

— Não me parece roupa de corrida— Ela disse, ríspida— O que está acontecendo, César?

— Por que você não volta à dormir e conversamos amanhã?— Ele perguntou, gentilmente.

— Se eu quisesse dormir, estaria na cama. Estou falando sério, César Bertinelli— Ela apoiou as mãos na cintura e nos encarou— Não deveria estar com Audrey? Dormindo?— Ela questionou, me olhando.

— Sim... eu deveria— Cocei a cabeça.

Não saberia entrar neste assunto com ela. Como iria contar à ela que a filha desapareceu?

O Meu Guarda-costasWhere stories live. Discover now