Capítulo 53

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Audrey Bertinelli

Maggie e eu saímos da clínica. Eu a olhei, ela parecia perdida em pensamentos.

— Está tudo bem?— Perguntei.

— Está, sim...— Ela respondeu.

— Quer ir à algum outro lugar?— Perguntei— Podemos comprar um café no Starbucks— Ofereci.

— Não, obrigada. Acho que agora eu quero ir para casa— Ela disse, me olhando.— Tudo bem?

— Está bem— Assenti.

Virei em uma das ruas e segui até o Brooklyn.

— Você está preocupada com a sua mãe, não é?—Disse, sem desviar o olhar da rua.

— Como você sabe?— Ela perguntou.

— Você e Christopher tem o mesmo olhar de preocupação— Disse, a olhando.

— Eu sei que ela está morrendo, Audrey. Ele não quer me contar mas eu sei. Louise não teria vindo de longe se não fosse para ver a mamãe— Ela disse triste.

— Aí, ela vai ficar bem. Sua mãe é uma mulher forte. Isso é apenas uma fase— Disse, à olhando.

— Quando a internaram, eu ouvi os médicos dizerem ao Christopher e ao Oliver que tentariam fazer o possível mas que não havia muito o que fazer— Ela disse, desviando o olhar para a janela— O estado da mamãe é delicado. E há chances de que ela não se recupere. E elas são maiores do que as chances dela se recuperar, Audrey.

— Eu sei que está preocupada. Mas ela vai se recuperar, vai ficar tudo bem. As vezes, os médicos se enganam— Disse, oferecendo um sorriso gentil.

Ela não parecia muito convencida disso, mas não tocou mais no assunto.
Nós chegamos em frente ao prédio do loft do Christopher. Eu a acompanhei até a porta de casa.

Christopher atendeu à porta. Ele não parecia feliz em me ver. E nem em saber que Maggie esteve comigo. Era aquele mesmo olhar sério e frio.

— Entre— Ele disse para Maggie.

— Tchau, Audrey. Obrigada— Ela me deu um sorriso antes de entrar em casa.

— Sinto muito pelo o que meu pai fez com você— Disse, o olhando.

— Eu vou ficar bem— Ele disse.

Christopher me encarou, antes de abrir a porta novamente.

—Christopher, por favor— Disse o olhando.

Ele parou suspirando, encostou a porta e me olhou.

— Onde você à levou?— Ele perguntou, me encarando.

— A gente só foi almoçar— Disse o olhando.

— E depois?— Ele perguntou.

— Visitamos Nora.

Ele respirou fundo, antes de massagear as têmporas.

O Meu Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora