Capítulo 38

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Audrey Bertinelli

— Você pelo menos comeu algo antes de ingerir todo aquele álcool?—Christopher perguntou, enquanto íamos para o Brooklyn.

— Você mora no Brooklyn?—Perguntei, olhando para ele.

— Responda a minha pergunta, Audrey—Ele disse, sem desviar a atenção do volante.

Droga...

— Não, eu não comi nada—Disse, encarando as ruas, pela janela.

— Então não pode colocar a culpa na comida daquela senhora—Ele disse.

Eu o olhei, ele me encarou e eu fui forçada a ceder.

— Está bem. Agora você me responda—Disse, o olhando.

— Você tem algo contra o Brooklyn?—Ele perguntou.

— Fora a parte de que delinquentes e marginais vem daqui. Não, não tenho nada contra—Disse, encolhendo os ombros.

— Bem, esses "delinquentes e marginais" fazem o que podem para viver por aqui. Notou que nem todos tem a sua vida, não é?—Ele questionou, me encarando.

— Está bem, Chris. Eu entendi...—Murmurei, cruzando os braços.

— Certo...—Ele disse, sem dar a mínima atenção.

— Eu sinto muito—Sussurrei, olhando para ele.—Por isso.

Ele apenas assentiu, antes de continuarmos seguindo pela periferia do Brooklyn. Após alguns minutos, paramos em frente à um prédio grande e não tão alto. Ele desceu, dando a volta pelo carro e depois me ajudando a sair. Eu realmente não tinha forças.

— Não vomite em mim enquanto subirmos às escadas, por favor—Ele pediu.

—Escadas outra vez?—Resmunguei.

—Sim, escadas, outra vez—Ele disse, antes de seguirmos até o hall pequeno e subirmos as escadas.

Ainda bem que eram apenas três andares, mas considerando a forma como estou hoje, isso se tornou uma escadaria de mil andares. Mal conseguia ficar de pé. Depois de subirmos, ele nos guiou por um corredor. Paramos em frente uma porta, de cor clara. Chris pegou as chaves do bolso e a abriu.

— Viu? Nem você se sente seguro neste lugar—Disse, me encostando ele, enquanto ele destrancava a porta.

— Há coisas que não podem ser substituídas aqui, Audrey—Ele disse, assim que abriu a porta.

Estava prestes a questionar, mas quando ele abriu a porta, me fazendo dar de cara com um loft decorado de forma simples, me detive. Era bonito. Simples, mas bonito. Havia uma vista para os prédios do outro lado da cidade. As paredes eram pintadas em um tom branco, que trazia uma sensação de paz. Christopher tinha um sofá grande, rodeando os cantos das janelas. Uma mesa de jantar que dividia o cômodo com a sala e a cozinha.

—Simples demais para você?—Ele sussurrou, em meu ouvido.

— Não. Isso é... bonito. Mesmo sendo simples e com um cômodo dividido—Disse, olhando para ele.

Ele deu um sorrisinho envergonhado.

— Você pode entrar. O que está esperando?—Ele perguntou.

— Você acha mesmo que eu consigo me manter de pé sozinha? Não tenho um mísero nutriente para manter meu corpo de pé hoje—Dramatizei, olhado para ele.

Ele deu uma leve risada.

— Está bem. Venha—Ele disse, assim que entramos— Seja bem vinda—Ele sussurrou.

O Meu Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora