Capítulo 49

828 46 4
                                    

Christopher James

Merda!

Bati contra o volante irritado.

Eu deixei Audrey brincar comigo, deixei ela entrar. Deixei ela se aproximar de mim e o que me restou foi isso. As mentiras dela, sua manipulação. Nunca me senti tão usado quanto agora. Me sentia enganado. Por tudo.
E me sinto um imbecil por ter me deixado apaixonar por ela.

Estacionei o carro próximo ao prédio e subi para o meu loft. Quando entrei, notei o vazio da minha casa. Nada me parecia vazio antes, mas agora é estranho.

Eu precisava me limpar, me rosto estava um pouco ensanguentado, assim como o meu terno. E para acabar de foder o meu dia, perdi o meu emprego. Mas eu não me importo, já não suportaria olhar para Audrey.

Segui até o banho, para me limpar. Depois que saí, vesti uma cueca box, uma bermuda simples e uma camisa qualquer. Precisava fazer curativos. César Bertinelli tem um soco forte.

Peguei uma caixa de curativos em uma gaveta e depois de feito, guardei-as no mesmo lugar. Me sentei no sofá, antes de soltar um suspiro e olhar pela janela.

O cheiro de Audrey está por toda a minha casa. Em todo lugar. Em todos os cantos. Não tenho a menor ideia de quanto tempo perdi olhando pela janela àqueles prédios, só percebi quando meu telefone tocou.

"Maggie"

— Do que precisa?— Perguntei.

Será que pode vir me buscar, Chris? Audrey prometeu que sairíamos hoje— Ela disse.

Eu estou indo buscar você...— Disse, antes de desligar.

Brinquei com o telefone nas mãos antes de me levantar do sofá e ir busca-la. Maggie disse que iria dormir na casa de uma amiga ontem e eu concordei. Eu tinha que ir até aquele maldito evento. Mais um meio de me fazerem de palhaço.

Eu estacionei em frente à casa da amiga de Maggie e logo ela saiu, se despedindo. Assim que abriu a porta, ela me olhou com um olhar surpreso.

— O que houve com você?— Ela perguntou, com os olhos arregalados.

— Nada demais— Respondi.— Alguns problemas.

— Chris, o que houve?— Ela insistiu.

— A gente conversa sobre isso depois, ok?— Disse, à olhando.

Ela concordou em silêncio, enquanto eu dirigia de volta para casa.

Nós entramos e Maggie seguiu direto para o quarto. Por enquanto, ela está morando comigo, apenas enquanto mamãe se recupera.

Logo ela voltou, vestida em outra roupa e se sentou no sofá.

— Você não vai mesmo me dizer o que houve?— Ela perguntou, cruzando as pernas.

Eu suspirei e me sentei no sofá.

— Maggie, isso não é coisa sua. É problema meu— Disse, à olhando.

— E por que não me conta?— Perguntou ela.

— Isso não importa— Disse.— O que você vai querer almoçar?

O Meu Guarda-costasWhere stories live. Discover now