Capítulo 32

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Audrey Bertinelli

Assim que abri os olhos, vi uma claridade invadir o quarto.

Preciso me lembrar de fechar a droga da cortina...

Mal consegui ficar com os olhos abertos, mas por fim, consegui abri-los. Eu estava deitada, abraçando Christopher. Achei que nenhum de nós fosse querer manter tal distância.
Nossas mãos estavam entrelaçadas. Seu punho estava enfaixado, com ataduras. Isso vai levar alguns dias até cicatrizar.

Senti o cheiro do seu cabelo invadir meu nariz. Christopher tinha um perfume gostoso. Gosto do seu cheiro.

Eu o observei dormir, impacientemente esperando que acordasse. Achei que fosse preciso pular em cima dele e o acordar com um bom sexo matinal, mas agora não era a melhor hora.

Eu nunca pensei que realmente fosse ver o lado sensível de Christopher, não achei que fosse vê-lo daquela maneira. Ele estava tão... perdido, havia dor em seu olhar.

Mas poder vê-lo se abrir e sentir a sua dor, foi... intenso. Senti que Christopher confiou em mim. Algo que não mostrava tanto assim, antes. Mas... quando o vi se abrir sobre tudo, senti que ele realmente se importa, que confia em mim.

Dei um leve sorriso, assim que esse pensamento passou por minha mente. Pude sentir seu coração pulsar levemente, abaixo de minha mão. O que me fez pensar se seu coração acelera quando está comigo.

Assim que olhei para seu rosto, vi uma expressão serena, de tranquilidade. Seus lábios  rosados e levemente curvados... espera, ele sorriu?

— Porque está sorrindo, idiota?—Perguntei, o encarando.

Ele deu um sorrisinho maior e abriu seus lindos olhos azuis.

— Porque está me encarando?— Ele perguntou, olhando em meus olhos.

Sua mão percorreu pelo meu corpo, por baixo da minha blusa. Seu toque suave fez com que eu sentisse um frio na barriga. Azia, talvez... mas porque eu gosto disso?

— Eu não estava te encarando— Murmurei, me deitando em seu peito.

— Na verdade, estava sim— Ele disse, retirando sua mão.

Chris começou a brincar com os cabelos da minha nuca. Aquela sensação estranhamente gostosa passou a aumentar. Era como se houvesse algo...

Ai, não. Audrey, será que essas são as famosas borboletas no estômago?

Mas seja o que for, eu estou gostando...

Talvez eu goste da forma como Chris faz eu me sentir. Aos olhos dele, eu sou única e especial. Pelo menos, essa é a sua demonstração.

— De qualquer forma, Audrey, obrigado...— Sussurrou ele, sorrindo levemente.

— Pelo o quê?— Perguntei, em um tom preguiçoso.

Levantei minha cabeça para olhá-lo.

— Eu fiz uma pergunta, Chris— Sussurrei, acariciando seu rosto.

— Por ontem—Ele disse, suavemente.

Chris acariciou minha bochecha, me olhando com atenção durante alguns segundos. O brilho em seus olhos estava nítido.

O Meu Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora