Capítulo 61

979 68 10
                                    

Audrey Bertinelli

Eu sorri, entre lágrimas. Me aproximei dele e o beijei, docemente. Ele retribuiu, acariciando meu rosto.

Eu não sabia o quanto precisava disso.

Meus dedos se entrelaçaram em seus cabelos, dando leves puxões. Uma das mãos dele foi parar em minha perna, a apertando fortemente.

Eu gemi baixo.
Ele mordeu o meu lábio inferior.

— Senti falta de beijar você— Sussurrei.

— Você não é a única— Ele deu um sorrisinho, antes de beijar o canto da minha boca— Audrey... se realmente acha que podemos ficar juntos, eu preciso saber que irá levar isso à sério— Ele olhou em meus olhos, sério.— Eu não vou ser como o seu ex.

Eu olhei, pensativa. Segurei o seu rosto e o acariciando, carinhosamente.

— Você não é como ele, ou como qualquer outro homem, Chris. Você é diferente. O que nós temos é diferente— Disse sincera— Eu não quero outra pessoa que não seja apenas você.

Ele assentiu.

— O que a gente faz agora?— Ele perguntou, mordendo a parte de dentro de sua bochecha.

— Você trouxe uma troca de roupa?— Perguntei, passando os braços por seu pescoço.

— Na verdade, não— Ele disse, acariciando meu braço.

— Normalmente você dorme sem roupa mesmo— Eu dei um sorrisinho malicioso.— Mas... não precisamos fazer nada. Eu sei como se sente em relação à morte da sua mãe. Eu vi isso ontem.

Ele assentiu em silêncio.

— Eu não consigo me lembrar de nada do que aconteceu ontem...não depois de ter bebido— Ele disse.

— Acho que é melhor você não se lembrar, Christopher— Disse o olhando.

— Por quê?— Ele perguntou, me olhando.

Eu suspirei. Me levantei e o puxei até o sofá. Me sentei em sua frente, o olhando com atenção.

— As coisas com você ontem não pareciam bem. Ainda mais considerando o estado em que eu te encontrei— Murmurei.

— Olha, eu sei que eu passei dos limites ontem. E eu sei que eu posso ter feito alguma merda— Ele disse me olhando.

— Mas não fez. Pelo menos, não antes de te encontrarmos. Mas quando cheguei, você estava prestes à ter uma crise. Você reclamou da falta de ar, por não conseguir respirar.

— E como parou?— Ele perguntou, receoso.

— Eu tive que beijar você...— Disse, fazendo uma careta receosa.— Desculpe.

— Tudo bem. Não se desculpe por isto— Ele sorriu de canto.

Eu assenti.
O observei, antes de respirar fundo.

— Chris...?— O chamei.

— Sim?— Ele me olhou, curioso.

O Meu Guarda-costasWhere stories live. Discover now