Capítulo 24

1.4K 88 4
                                    

Audrey Bertinelli

Depois de receber o serviço de quarto, Christopher se sentou no sofá. Parecia mais ausente, pensativo.

— O que acha de dar uma volta? Espairecer?— Perguntei, o olhando.

— Eu estou bem, não preciso espairecer— Ele disse, me olhando.

— Fala sério, vamos. Não seja teimoso— Disse, tentando puxa-lo.

Ele revirou os olhos e se levantou.

— Está bem...— Ele murmurou, emburrado.

Sorri, peguei a minha bolsa e descemos. Alexei estava parado na entrada do hotel. Ele é até bonitinho. Mas perto de Christopher é no máximo ajeitadinho.
Mas não devemos julgar o livro pela capa...

— Bom dia, senhorita Bertinelli— Ele disse, sorrindo.

— Bom dia, Alexei— Eu o cumprimentei.

— Para onde devo levá-la hoje?— Ele perguntou, sorrindo.

— Onde quer ir?— Perguntei, olhando para Christopher.

Ele deu em ombros.

— Onde você quiser ir— Ele disse, sem dar muita atenção.

— Certo... Que tal irmos ao museu de artes?— Perguntei.

Ele assentiu. Alexei abriu a porta para mim, eu entrei. Christopher entrou logo depois.
Alexei entrou, e logo saímos em direção ao museu de artes, que pelo o que eu pesquisei, fica do outro lado da cidade.

— Você está bem?— Perguntei, o olhando.

Christopher me olhou de relance, antes de se virar completamente para mim.

— Estou. Por que está perguntando isto?— Ele perguntou, me olhando.

— Porque você ficou estranho depois do café— Disse, pegando sua mão.

— Isso é outro motivo...— Ele murmurou.

— Outro motivo que não irá me contar, não é?— Perguntei, arqueando a sobrancelha.

Ele deu um sorrisinho amarelo e negou.

— Não é importante...— Ele disse, me olhando.

— Você diz muito isso, mas acho que a verdade é por não querer que eu saiba— Disse, o olhando.

Ele encolheu o ombro.

— Talvez...— Ele disse, voltando a olhar pela janela.

— Sabe que pode me contar o que quiser— Disse, deitando a cabeça em seu ombro.

Notei o olhar de Alexei sobre mim, pelo retrovisor de centro do carro. Ele deu um sorrisinho e voltou a olhar para a estrada.

Christopher permaneceu em silêncio. Alguns minutos depois, chegamos ao museu de artes. Nós entramos, Alexei veio atrás de nós. Christopher parecia tão perdido em pensamentos que mal notou isso. Nós seguimos por um corredor, Alexei ficou perto da porta da sala, ele me encarava com um olhar malicioso. Ou melhor, encarava meu corpo. Ele me deu um sorrisinho e seguiu até uma porta, que tenho quase certeza de que era algum tipo de dispensa.

— Eu já volto— Disse, à Christopher.

Ele apenas assentiu. Eu segui pelo corredor e entrei na porta em que Alexei entrou.

— Achei que não iria vir— Ele disse, com sotaque.

— Não costumo dispensar transar...— Disse, o olhando.

O Meu Guarda-costasWhere stories live. Discover now