Capítulo 58

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Christopher James

Acordei com ressaca, eu passei dos limites. Me levantei devagar, não sei ao certo onde eu estou, nem de quem é esta cama. Me lembro vagamente de ver Audrey, mas não me lembro do que houve depois.

Era um quarto grande, e é bem a cara da Audrey. Acredito que eu esteja na casa dela, mas este quarto é bem diferente do que eu conheço. Notei que eu usava uma bermuda que, aparentemente, é minha.

Ela guardou?

Caminhei até a porta e a abri devagar. Era um apartamento com uma boa vista para a cidade. Assim que desci as escadas, vi Audrey sentada em um dos muitos sofás com um copo de café nas mãos, observando a vista, perdida em seus pensamentos. Me aproximei devagar, e a olhei.

— Audrey?—Eu a chamei.

Ela se virou para mim.

—Christopher. Achei que não iria acordar agora...—Ela disse, corrigindo a postura.

Ela fez um gesto para que eu me sentasse no sofá e assim eu o fiz. Ela brincou com o copo entre as mãos antes de me olhar.

— Onde estamos?—Perguntei, suavemente.

— Em Manhattan, no meu apartamento—Ela disse. Eu assenti—Como você se sente?

Eu respirei fundo antes de encolher os ombros.

— Eu não sei...—Sussurrei.

Ela se aproximou e me abraçou.

—Eu sinto muito, Chris—Ela disse chorosa.

Passei os braços em volta dela e a abracei, com todas as minhas forças.

— Sinto falta dela...—Admiti, fungando.

—Eu sei...—Ela beijou o meu cabelo— Quando ela...?

—Ontem à noite—Respondi.

Ela acariciou meus cabelos, chorando baixinho. Eu tentava me controlar para não acabar caindo também. Não sei por quanto tempo ficamos abraçados. Mas quando me afastei, olhei em seus olhos.

—Como você soube?—Perguntei.

—Maggie me ligou...—Ela disse.

— Achei que ela faria isto—Desviei o olhar dela.

— Foi por isso que você sumiu?—Ela perguntou, segurando minha mão.

— Achei que eu saberia como lidar com isto se estivesse sozinho—Disse, limpando uma lágrima do meu rosto.

— Ficar sozinho nunca é a melhor opção, Christopher—Ela disse, me olhando.

— Como você me encontrou?—Perguntei.

— Sua amiga e eu fomos procurar por você. Se lembra de onde estava?—Ela perguntou, me olhando.

— Me lembro de ir ao cemitério, mas depois é tudo um grande borrão—Disse, brincando com os dedos.

— Você estava na ponte do rio hudson—Ela disse—Eu não sei que você queria fazer lá, e não quero pensar nisso mas estava bêbado.

— E por quê me trouxe para cá?—Perguntei.

— Você estava encharcado por causa da chuva. Acho que eu só queria cuidar de você, garantir que você ficasse bem—Ela disse, me olhando.

— Obrigado—Disse a olhando.

—Não há de quê—Ela sussurrou.— Você sabe que pode ir quando quiser. Mas seu carro não está aqui.

— Onde ele está?—Perguntei.

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