Capítulo 30

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Audrey Bertinelli

Eu levantei a cabeça para olha-lo, profundamente. Christopher não conseguiu me olhar naquele momento.

— Eu não consigo dormir...—Ele sussurrou.

Segurei seu rosto, fazendo ele me olhar.
Seus olhos estavam vermelhos, ele mantinha os lábios entre abertos, respirando pesadamente.

— O que houve com você, Chris?—Sussurrei baixo. Ele permaneceu em silêncio— Você quer se deitar?—Perguntei suavemente.

Ele assentiu, levemente. Eu o puxei até a cama, devagar. Nós acabamos nos sentando, eu esperei que ele se pronunciasse ou que dissesse algo, mas ele não disse nada.

— Eu...—Ele tentou dizer algo, mas se calou, por algum motivo.

— Você... pode me contar o que houve, Chris—Disse, pegando sua mão.

Haviam marcas vermelhas e alguns cortes, não tão profundos em seu punho direito. Quando peguei sua outra mão, estava igual. Mas estava mais avermelhada.

—Não pergunta... por favor—Ele sussurrou.

— Christopher, o que você fez?—Sussurrei, olhando em seus olhos. Me arrependi ao ver seus olhos vermelhos e marejados.

— Eu... eu não sei—Vi lagrimas escorrerem por suas bochechas.

Me aproximei ainda mais e o abracei, acariciando suas costas.

—Está tudo bem... Você pode me contar.—Beijei sua bochecha— Pode confiar em mim.

— Eu confio...—Ele sussurrou, antes de se afastar de mim.

—Então o que houve?—Perguntei, o olhando com os olhos marejando.

— Eu não consegui me controlar... não desta vez— Ele abaixou a cabeça.

— Como assim? —Perguntei, limpando seu rosto.

— Automutilação...—Ele sussurrou, envergonhado. Lagrimas começaram a cair ainda mais em suas bochechas.

Eu o olhei surpresa e assustada. Eu não tinha a menor ideia do que fazer.

—Porque?—Finalmente saiu dos meus lábios.

Ele se encolheu.

— Para controlar uma crise—Ele disse, baixo.

—Você teve outra crise?— Perguntei, tentando não invadir seu espaço.

— Várias...—Ele disse, limpando suas lagrimas.

Eu o olhei, tristemente. Vê-lo assim, me magoou. Ele estava machucado. Não só fisicamente.

— Você disse que estava bem...— Disse, me aproximando lentamente dele.

Christopher se afastou de mim. Eu parei. A forma com ele automaticamente se afastou de mim, doeu. Muito.

—Não quis que soubesse—Ele disse, me olhando.

O Meu Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora